Estilo de vida
04/04/2022 às 11:30•2 min de leitura
Em 11 de dezembro de 2016, John McCain, ex-senador dos Estados Unidos, chamou Vladimir Putin de “um bandido, um homicida e um assassino agente da KGB”, em entrevista ao Face the Nation da CBS.
Nascido em 7 de outubro de 1952 em São Petersburgo (Rússia), Putin lidera a Rússia desde 7 de maio de 2000, aparelhando vários aspectos do governo para se manter no poder por tantos anos.
Recentemente, seu comportamento e política entrou em evidência mundial ao reconhecer a independência de Donetsk e Luhansk, duas regiões rebeldes ao longo da fronteira Rússia-Ucrânia, anunciando o que chamou de "operação militar especial na Ucrânia", um eufemismo para as palavras "invasão" e "guerra".
Apesar de seu sadismo e implacabilidade, principalmente por estar determinado a anexar a Ucrânia à Rússia, realmente não é de hoje que seu governo é abusivo.
Aqui estão três crimes — de uma lista longa — que ele já cometeu no próprio país ao longo de sua carreira:
(Fonte: The Washington Post/Reprodução)
O político liberal Boris Nemtsov, a jornalista investigativa Anna Politkovskaya e o ex-espião russo exilado Alexander Litvinenko são apenas alguns nomes que figuram na lista de pessoas suspeitas de terem sido assassinadas a mando de Putin ao longo de seu governo.
O fim de Politkovskaya e Litvinenko teria acontecido porque ambos tentaram investigar uma série de atentados a bomba em meados de 1999 que causaram a morte de cerca de 300 pessoas em 4 cidades russas na época em que Putin ainda era primeiro-ministro.
(Fonte: The Business Insider/Reprodução)
A mídia circulou a explicação das autoridades de que os atentados eram "culpa dos rebeldes chechenos" no que provavelmente foi uma "operação de bandeira falsa", visto que usaram isso como pretexto para desencadear uma guerra na Chechênia.
Em 2015, Donald Trump declarou que achava Putin "um líder forte e poderoso". E, diante do histórico de possíveis assassinatos perpetrados pelo homem, Trump disse que os Estados Unidos "matavam muito também", o que deveria eximir a culpa de Putin, de certa forma.
(Fonte: Time/Reprodução)
Presos políticos, dissidentes, espiões, conspiradores, opositores, críticos, jornalistas e concorrentes políticos só têm um destino no governo de Putin: a Sibéria. Quando não são perseguidas e assassinadas, essas pessoas são enviadas para mofar atrás das grades das prisões mais dantescas da região para que o tempo faça o trabalho sujo que o líder, pelo menos daquela vez, não fez diretamente.
Uma lista do grupo russo Memorial dos Direitos Humanos mostrava 102 pessoas detidas em prisões russas em 2016 por suas crenças políticas serem contrárias ao que o presidente prega. Todas elas foram enviadas para a Sibéria ou para campos de trabalho, como na época dos gulags stalinistas.
Entre os nomes famosos está o do cineasta ucraniano Oleg Sentsov.
(Fonte: BBC/Reprodução)
Para ganhar influência no Oriente Médio, Putin não conheceu limites ou escrúpulos ao apoiar militarmente o regime genocida — não muito diferente do dele — do presidente sírio Bashar al-Assad na Guerra Civil da Síria, que começou em 15 de março de 2011. A guerra é considerada um dos conflitos mais mortais do século XXI.
O apoio do líder russo foi fundamental para que Assad pudesse desfrutar de seus massacres, atacando civis de maneira indiscriminada em um movimento verdadeiramente sanguinário, como aconteceu no cerco e recaptura de Aleppo (Síria).
Segundo Samantha Power, então embaixadora dos Estados Unidos e da Organização das Nações Unidas (ONU), a Rússia era a responsável pela carnificina do regime de Assad ao lado do Irã.