Artes/cultura
08/04/2022 às 13:00•3 min de leitura
Com origem incerta, já que pesquisadores se dividem sobre sua origem ter sido na China ou no mundo árabe, os jogos de cartas de baralho foram introduzidos na Europa no distante século XIV, e se popularizam já no século seguinte, quando o desenvolvimento e aperfeiçoamento de processos de impressão e fabricação de papel.
A versão de baralhos utilizada nos dias atuais tem origem na França, isso após superar o padrão português, que foi o vigente entre os séculos XV e XIX, ainda que japoneses, indonésios e indianos tenham difundido as cartas no Oriente, sendo reproduzidas e adaptadas às realidades locais. Conheça mais sobre o baralho através de 6 fatos curiosos.
(Fonte: Pexels)
Já parou para pensar qual a razão para que um baralho possua 52 cartas? Sinto informar que não há uma explicação prática para isso. Ao longo dos séculos, o número de cartas foi sendo modificado. Já vivemos períodos em que o padrão eram 24, 36, 40 e 48 cartas, e existem alguns baralhos ainda em vigência que utilizam número maior.
Contudo, apesar de muitas teorias, a mais aceita está relacionada à era das grandes navegações. Quem defende essa tese diz que as ações além-mar de britânicos e franceses desempenharam papel preponderante em espalhar mundo afora o padrão do baralho francês, que possuía 52 cartas.
(Fonte: Reprodução/US Playing Card)
A United States Playing Card Company é considerada a maior fabricante de cartas de baralho do mundo, sendo a escolha preferencial dos principais cassinos no mundo. Muitas marcas famosas são fabricadas por eles, como Aviator, Bee e Tally-Ho.
Existe uma empresa belga chamada Cartamundi que tenta reivindicar o posto de maior fabricante mundial de baralhos. Contudo, a empresa atua em outros mercados além de cartas de jogos, logo não atingem a mesma tiragem que a empresa norte-americana.
(Fonte: Pexels)
Os baralhos usados em cassinos possuem uma ligeira diferença da maioria dos comercializados ao grande público, isso porque eles são feitos 100% de plástico. A principal razão para tal é diminuir o desgaste que cartas de papel sofrem.
Como cassinos manuseiam cartas para jogos como pôquer com muita frequência, eles não podem permitir que elas fiquem sujas ou com dobras, por exemplo. A relação, é bom pontuar, é total com a segurança, já que o material feito de plástico dificulta a vida de trapaceiros.
(Fonte: Reprodução/Bicycle Cards)
Além da maior fabricante, os Estados Unidos possuem a marca de baralho mais icônica, ao menos é o que jogadores de todo o mundo consideram. A Bicycle é apontada como o conjunto de cartas mais famoso de todos os tempos, e isso tem relação direta com a Segunda Guerra Mundial.
À época, quando soldados norte-americanos eram feito prisioneiros, as cartas do baralho eram utilizadas para ajudá-los a escapar. Posteriormente, tornou-se uma espécie de símbolo místico, com os soldados que combateram no Vietnã utilizando o Ás de Espadas em seus capacetes.
(Fonte: Reprodução/Casino)
Em exibição no Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, você encontra o exemplar mais raro e antigo do mundo. Trata-se de um baralho de tarô pintado à mão, com origem na Holanda de meados do século XV.
Em excelentes condições, as cartas foram adquiridas pelo museu na década de 1970 ao custo de US$ 143 mil. A título de curiosidade, na Universidade de Yale, você encontra um banco de dados sobre baralhos.
(Fonte: Pexels)
Quando falamos de cassino, Las Vegas vem à mente. E esse fato vale para lá, mas também para qualquer cassino no mundo. Nestes locais, cartas são utilizados por, no máximo, 12 horas antes de serem descartados - ou mesmo vendidos.
Isso ocorre por motivo de segurança, já que impede que jogadores "marquem" as cartas, isto é, identifiquem imperfeições ou outros detalhes marcantes em cartas específicas que permita que obtenham vantagem sobre o cassino. Em dias muito movimentados, a troca pode ocorrer em tempo ainda menor, cerca de uma hora.