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28/04/2022 às 06:30•2 min de leitura
Em 27 de setembro de 1922, no Cinema do Hotel Ambassador, em Los Angeles (EUA), a plateia se reuniu para assistir à estreia do filme The Power of Love, o primeiro longa-metragem exibido com a tecnologia 3D, desenvolvida pelo diretor de fotografia Robert F. Elder.
Mas foi só na era dourada do cinema hollywoodiano, entre 1952 e 1955, com os avanços tecnológicos e industriais proporcionados pela Segunda Guerra Mundial, que o mundo experimentou o período de maior "boom" do cinema 3D, com filmes como Museu de Cera e Disque M para Matar liderando as bilheterias do novo gênero.
(Fonte: Calgary Movie/Reprodução)
Nos Estados Unidos, o mercado foi alavancado mais uma vez entre as décadas de 1980 e 1990 devido aos cinemas IMAX de alta qualidade e locais com temáticas da Disney. Até hoje o mundo desfruta da tecnologia de maneira exacerbada, por vezes a trocando pelo comum 2D para poder desfrutar melhor do que está nas telas.
Segundo um levantamento feito pelo Statista, só em 2021, havia quase 126,34 mil salas com a capacidade de reprodução do 3D em todo o mundo, em contraste com 82,92 mil em 2016, representando um aumento de 52% em apenas meia década.
Mas como será que toda essa tecnologia funciona por detrás das lentes?
(Fonte: The Economic Times/Reprodução)
Visto que a tecnologia dos óculos 3D têm se tornado parte do cenário da mídia do século XXI, podendo ser levada até mesmo para as telas de televisão no aconchego de sua casa, é comum que surja a dúvida sobre como esse mecanismo funciona, ainda mais quando você pode tê-lo cada vez mais perto.
É bom saber que, seja na sala de cinema ou em sua casa, os princípios por detrás de como funcionam os óculos 3D são os mesmos. O objetivo dos óculos é enganar o cérebro e interpretar uma imagem plana como um objeto 3D, mostrando uma imagem diferente para cada olho. As lentes trabalham lado a lado com a TV ou o projetor para garantir que cada olho obtenha a imagem adequada para dar a aparência de profundidade.
(Fonte: The Conversation/Reprodução)
Os cientistas chamam isso de triangulação. O cérebro usa o deslocamento nessas visualizações para conseguir determinar a distância de um objeto, assim triangulando entre os dois olhos, portanto, se segurar um dedo na frente do rosto enquanto cobre um olho, a posição do dedo saltará à visão.
Eles também acreditavam que a computação acontece no córtex visual, onde as células cerebrais individuais parecem mais sensíveis às distâncias específicas entre os olhos, usando-as para calcular a profundidade. Então os óculos recriam isso para alimentar os olhos com imagens distintas, aproximando os deslocamentos conforme o quão longe as coisas estão, e mesclando as imagens com contornos azul e vermelho para que o cérebro crie a percepção de profundidade.
São as lentes que controlam o que cada olho vê, filtrando a luz que vai para cada um, deixando apenas certos comprimentos de onda passarem.