Ciência
13/05/2022 às 11:00•3 min de leitura
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria se tornou o conflito político de destaque na década de 1940 — além de ser um verdadeiro confronto ideológico entre Ocidente e Oriente. Estados Unidos e União Soviética se opuseram por décadas para tentar conquistar apoiadores e provar quem estava certo na batalha entre capitalismo e comunismo.
Naquela época, o medo de uma guerra nuclear era enorme e até hoje muitos estudiosos têm dificuldade de compreender os pormenores desse capítulo da história. Para você ficar por dentro do assunto, nós decidimos criar essa lista com cinco grandes ideais equivocadas que temos sobre a Guerra Fria. Olha só!
(Fonte: Wikimedia Commons)
Nos livros de história, sempre falamos da Guerra Fria como se fosse o mais perto que já estivemos de uma Terceira Guerra Mundial. Entretanto, vale ressaltar que a única vez em que estivemos perto de novas bombas nucleares foi durante a crise dos mísseis em Cuba no ano de 1962.
Na época, os cubanos haviam feito um acordo com os soviéticos para obter armas nucleares e os EUA decidiram realizar um cerco no país vizinho para impedir a negociação. A situação poderia muito bem ter se agravado caso o presidente norte-americano Kennedy e o líder soviético Nikita Khrushchev não tivessem sentado para conversar pacificamente.
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Embora a Corrida Espacial seja vista como um importante passo para que a humanidade tenha sofrido um grande salto tecnológico, nem todas as pessoas apoiaram John F. Kennedy quando ele prometeu levar um homem à Lua em 1960. Inclusive, ao todo o programa Apollo custou US$ 25 bilhões aos cofres norte-americanos.
De acordo com pesquisas feitas na época, apenas 39% das pessoas acreditavam que era uma necessitado os EUA chegarem à Lua antes da URSS e 53% continuaram achando os gastos desnecessários em 1979. A maioria de apoiadores só foi surgir em 1999, mas mesmo assim apenas 55% das pessoas concordava.
(Fonte: Wikimedia Commons)
É fácil interpretarmos a Guerra Fria como um conflito político próximo a explodir — sobretudo entre 1950 e 1960. Porém, nem tudo foi terror constante ao longo dessas décadas. Principalmente na década de 1970, houve um período quando tudo se acalmou e os países estavam em certa trégua.
Richard Nixon e Leonid Brejnev, líderes de EUA e URSS, trabalharam muito pela paz e queriam reduzir a tensão entre as duas nações. No entanto, a clima tenso voltou a reinar quando Ronald Reagan assumiu o salão oval da Casa Branca e passou a dar discursos atacando os soviéticos em 1981.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Se você realmente acredita que a URSS se blindou por completo do capitalismo e não recebia qualquer tipo de propaganda do mundo ocidental durante a Guerra Fria, saiba que esse não era exatamente o caso. Mesmo que houvesse um conflito de ideologias, os EUA encontraram uma entrada no oriente em 1974.
Naquele ano, a Pepsi passou a ser disponibilizada em território soviético e tornou-se o primeiro bem de consumo norte-americano a existir na região. Como a empresa não podia receber pagamento pelo seu produto, entretanto, a gigante de refrigerantes passou a fornecer concentrado de xarope para que os soviéticos fizessem a bebida por conta própria em troca da vodca Stolichnaya ser distribuída para os EUA.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Existe um grande mito de que os custosos anos da Guerra Fria teriam feito o planeta entrar em um período de paz mundial. Porém, esse dado só é verdade se ignorarmos as guerras devastadoras que surgiram ou foram agravadas por esse conflito.
Exemplos claros disso foram a Guerra da Coreia, a Guerra do Vietnã, as guerras civis na América Central e no sul da África, uma sucessão de guerras no Oriente Médio e a guerra soviética no Afeganistão — que juntas causaram milhões de mortes. A "Grande Paz" só significa que nenhuma outra potência conseguia chegar perto de EUA e URSS.