Estilo de vida
09/08/2022 às 09:33•2 min de leitura
Tenente de confiança de Osama Bin Laden, Sayf al-Adl é o candidato mais provável a assumir o posto de novo líder da Al-Qaeda, de acordo com a BBC. Seu nome ganhou força após a morte do então chefe da organização terrorista, Ayman al-Zawahiri, na última segunda-feira (1º), no Afeganistão.
Nascido no Egito, al-Adl é o último sobrevivente de um grupo de cinco veteranos da rede extremista que atuavam como vices de al-Zawahiri. Ele também costuma ser listado como um dos voluntários fundadores do grupo, em 1988.
Apesar da posição de destaque, o possível sucessor de al-Zawahiri raramente aparece, dificultando a obtenção de informações em relação à sua vida. Segundo o Departamento Federal de Investigações dos EUA (FBI), o ex-coronel egípcio nasceu em 1960 ou 1963, no dia 11 de abril.
(Fonte: FBI/Divulgação)
Há dúvidas até mesmo a respeito da verdadeira identidade dele, uma vez que o seu nome, cujo significado em árabe é “Espada da Justiça”, seria um apelido de guerra. Em algumas ocasiões, o candidato a novo líder da Al-Qaeda já foi confundido com o também ex-coronel egípcio Mohammed Ibrahim Makkawi.
Os primeiros contatos de al-Adl com futuros membros do grupo teriam acontecido na década de 1980, quando esteve ao lado de Bin Laden contra a ocupação soviética no Afeganistão. Posteriormente, ele treinou militantes para lutar contra a intervenção americana na Guerra Civil da Somália, ajudando na derrubada de dois helicópteros MH-60 Black Hawk.
Também há indícios de que ele tenha participado dos ataques às embaixadas americanas na Tanzânia e no Quênia, em 1998, resultando em mais de 220 mortes, e liderado um grupo de agentes da Al-Qaeda no Irã. O terrorista teria sido preso pelas autoridades iranianas em 2003 e supostamente libertado em 2015, em uma troca de prisioneiros.
(Fonte: Pixabay)
A sua influência dentro da organização continuou mesmo durante a prisão, período no qual auxiliou al-Zawahiri a assumir o cargo principal da rede extremista após a morte de Bin Laden, em 2011. Porém, o prestígio existente antes disso não foi suficiente para mudar a opinião dos chefes em relação aos atentados de 11 de setembro de 2001.
Conforme a Academia Militar dos Estados Unidos, al-Adl se opôs aos ataques realizados em Nova York e Washington, assim como outras figuras importantes da organização. Eles temiam pela invasão do Afeganistão como resposta do governo americano, deixando-os expostos.
Acusado de “conspirar para matar cidadãos dos EUA, assassinar, destruir edifícios e propriedades americanas”, ele faz parte da lista de “terroristas mais procurados do FBI”. Atualmente, há uma recompensa de US$ 10 milhões (R$ 51 milhões pela cotação do dia) para quem tiver pistas sobre o seu paradeiro.
Acredita-se que ele viva no Irã sob prisão semidomiciliar, situação que pode acabar dificultando a sua nomeação como novo líder da Al-Qaeda.