Ciência
15/10/2022 às 12:00•3 min de leitura
Músicas embalam momentos. Um namoro, uma amizade, uma festa. Se você pensar bem, vai encontrar canções que servem de registros de fases da sua vida. E não seria diferente com as músicas brasileiras, que, além de tudo, contam um pouco sobre a nossa história. Para celebrá-la, a revista Rolling Stone Brasil fez uma lista com as 100 melhores.
A equipe que fez a votação era composta por 92 integrantes, entre pesquisadores, produtores musicais e críticos especializados. A composição foi feita, originalmente, em 2009, mas atualizada ao longo dos anos – ao menos até 2018, quando a publicação mudou de editora e deixou de ser impressa. Confira as 10 primeiras da lista!
Perto do auge da ditadura militar, Caetano Veloso compôs "Alegria, Alegria", canção que seria considerada o marco inicial do Tropicalismo. É considerada uma música que soube unir a contemporaneidade, o pop e elementos da cultura de massa da época.
Baden Powell é uma dos instrumentistas mais cultuados no mundo todo. Em 1966, ele se juntou a outro mestre, Vinicius de Moraes, para gravar um projeto todo inspirado no candomblé, sambas de roda e outros elementos característicos da cultura popular afro-brasileira. Daí sai "Canto de Ossanha", símbolo do sincretismo brasileiro.
Achou que não ia ter o Rei nessa lista? Achou errado. Roberto Carlos e Erasmo Carlos compuseram juntos "Detalhes", uma das canções icônicas do Robertão. Integrante do disco Roberto Carlos, lançado em 1971, fez a crítica especializada se derreter pelo cantor. É considerada o marco da maturidade do músico, que havia acabado de fazer 30 anos.
Apesar de composta por Caetano Veloso e Gilberto Gil, em 1968 "Panis et Circencis" foi ficar famosa mesmo pelo arranjo ao estilo rock psicodélico da banda Os Mutantes. Originalmente, saiu no disco Os Mutantes, e depois como uma espécie de canção manifesto em Tropicalia ou Panis et Circencis, porém com arranjos diferentes.
"Chega de Saudade" é um símbolo da bossa nova, considerada seu marco inicial. Lançada em 1958, unia três gênios da música brasileira: letra de Vinicius de Moraes, música de Tom Jobim e interpretação de João Gilberto.
Composta em 1963 por Jorge Ben Jor, "Mas Que Nada" integra um dos álbuns de maior sucesso da música brasileira, Samba Esquema Novo. É considerada uma das canções brasileiras mais conhecidas no exterior, resultado dos arranjos inovadores que o músico inseriu, fugindo à bossa nova tradicional da época.
Autoria da dupla Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, foi gravada pela primeira vez em 1947. Segundo o Ecad, é a quarta canção mais regravada da música brasileira, com 316 registros. Narra a seca no Nordeste e o impacto dela na vida dos habitantes da região.
Um dos maiores músicos da história da música popular brasileira, Pixinguinha impulsionou o choro como gênero. "Carinhoso" é sua composição mais importante, feita entre 1916 e 1917, e gravada apenas em 1928. Foi tema de diversas novelas, possuindo, segundo o Ecad, 411 regravações registradas.
Um das mais famosas composições de Tom Jobim, foi gravada pela primeira vez por João Bosco, em 1972. Contudo, é a versão em duo com a cantora Elis Regina, no álbum Elis & Tom, que entrou para a história. Conta a história que a inspiração surgiu de um dia cansativo, em que tentava compor outra música, "Matita Perê".
Faixa que batiza o álbum homônimo, "Construção" foi composta e lançada por Chico Buarque em 1971. Escrita durante o período em que o músico vivia exilado na Itália, é uma das canções mais emblemáticas de sua carreira.
Não à toa, ficou em primeiro lugar da lista. Inúmeros músicos em todo o mundo celebram a faixa como um épico, responsável por transformar a maneira como se enxergava a música no hemisfério Sul.