As 4 religiões mais comuns no Japão

04/11/2022 às 11:142 min de leitura

A história do Japão compreende um período milenar, o que explica não apenas a sua expressiva riqueza cultural desenvolvida, como também a influência de diferentes religiões no país. Enquanto algumas enfrentaram maior resistência, outras acabaram por se enraizar de forma mais profunda nos costumes e na forma de enxergar a vida por parte dos japoneses. Saiba mais sobre 4 delas:

1.   Xintoísmo

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Foi a religião oficial no período Meiji, o que mudou após a Segunda Guerra Mundial com a defesa da liberdade religiosa e a separação entre Estado e religião. Mas ainda hoje é a principal religião da Terra do Sol Nascente, exercida por cerca de 80% da sua população, ainda que isso não ocorra de forma tão rigorosa. Trata-se de uma religião que compreende a vida sob uma perspectiva diferente, caracterizada pelo politeísmo. Nela, os deuses espirituais, chamados de Kami, assumem a forma de diversos elementos como o ar, a chuva e as árvores, promovendo o culto à natureza e aos antepassados. Um dos papéis dos rituais xintoístas é manter afastado os maus espíritos, realizar a purificação e mesmo as oferendas aos Kami. Além disso, o xintoísmo vê os humanos como essencialmente bons no seu íntimo, se destacando pelo seu caráter mais otimista. 

2. Budismo

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Enquanto o xintoísmo se evidencia na vida dos japoneses em cerimônias relacionadas ao casamento, o budismo se fez mais presente na hora da morte, momento em que grande parte dos funerais adota a cerimônia budista. Originado na Índia, por volta do século VI a.C., abrange cerca de 18% dos japoneses e compreende os ensinamentos de Sidarta Gautama, o Buda. O budismo chegou ao Japão por meio da influência exercida tanto pela China quanto pela Coreia. Atualmente, dois terços dos japoneses se consideram budistas. Um dos seus grandes preceitos é a busca pelo fim do sofrimento para alcançar a iluminação, não sendo uma religião de caráter teísta, mas filosófico, que valoriza a consciência e a clareza.

3. Confucionismo

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

É uma das religiões de destaque na China que foi introduzida no Japão em 285 d.C., sendo também mais considerada como uma espécie de sistema moral. Exerceu bastante influência durante o período Edo (1603-1868) e apesar de ter uma menor representatividade entre os habitantes, ainda hoje pode ser percebida nos costumes. Seus ensinamentos provém do filósofo chinês Confúcio, que viveu entre 551 a 479 a.C. Além de pregar a humanidade, a moralidade, a disciplina e a lealdade, o confucionismo busca promover o desenvolvimento de uma consciência atenta não apenas no que diz respeito ao individual, mas também ao coletivo, se destacando por ter um olhar mais crítico.

4. Cristianismo 

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

A chegada de portugueses no Japão em 1542 foi o que contribuiu para que o cristianismo se espalhasse, sendo inicialmente tolerado e adotado por um número cada vez maior de japoneses. Mas a partir de 1587 um decreto proibiu sua prática, o que resultou numa série de incidentes, como a perseguição a missionários e a morte de cristãos, trazendo instabilidade e fazendo com que se tornasse uma religião praticada em segredo. Hoje, apesar de ser adotada por apenas 1% dos japoneses, a influência do cristianismo pode ser percebida em rituais como o casamento no estilo ocidental, com a presença do vestido branco, na celebração do Dia dos Namorados, e em eventos como o Natal, mesmo este último não sendo um feriado nacional do Japão.

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