5 fatos misteriosos sobre seitas e cultos antigos

16/12/2022 às 06:303 min de leitura

Quando lemos sobre seitas e cultos antigos, nossa imaginação pode ser levada a pensar em pessoas vestindo roupas iguais, em rituais feitos de maneira escondida, cogitando matar alguém (ou alguns) ou defendendo que o fim do mundo está próximo.

No entanto, seitas e cultos antigos costumavam envolver um número grande de pessoas, quando não toda a população de um país, cidade ou vilarejo. Suas reuniões eram levadas a sério, cheia de regras e rituais. Recentes descobertas jogaram luz sobre alguns desses grupos, de modo que conheçamos mais detalhes sobre seus rituais. Confira.

1. Blêmios ensinam como ferver uma cabeça

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Os blêmios foram um povo nômade que habitou territórios que hoje compreendem o Egito e o Sudão. Como as demais civilizações antigas, possuíam rituais próprios. No ano de 2019, arqueólogos trabalhavam ao longo do Mar Vermelho, quando descobriram registros de um antigo templo, posteriormente associado a esse grupo.

Os pesquisadores descobriram que muitas das crenças dos blêmios foram adotadas dos egípcios, mas que havia um culto muito específico deles, que envolvia ferver cabeças. Mas calma, todas as informações públicas já encontradas mostram que não decapitavam humanos, mas sim pássaros, como parte de um culto ao deus Khonsu.

Havia regras muito específicas sobre o manejo da cabeça, o tempo e o prazo de preparo antes de fazer a oferenda. Além disso, era proibido fazer qualquer manejo das cabeças dentro do templo.

2. Adoração à deusa Mut

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

No ano de 2012, finalmente especialistas deram conta de decifrar um antigo papiro, cuja escrita era em uma forma antiga de egípcio conhecida como demótico. No entanto, a descoberta mostrou que não de tratava de um texto elogioso a um faraó ou um deus, mas sim uma história sobre sexo.

Tratava-se de uma história, até onde se sabe fictícia, que incluía cânticos, festejos, muita bebida e sexo ritual, como um louvor à deus egípcia Mut. Contudo, apesar das aparências, não era com objetivo de entretenimento, mas para adorar a deus e ampliar a discussão sobre ritos sexuais entre religiosos.

3. A hierarquia Inca no culto ao Sol

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

A relação dos incas com o Sol é conhecida, mas uma das mais intrigantes descobertas ocorreu no fim da década de 1990. Registros mostraram que no culto ao Sol, os devotos não eram iguais. Tudo começou com a descoberta de pilares de pedra, os quais registravam a localização do Sol próxima ao horizonte durante os solstícios de junho e dezembro.

Pesquisas conduzidas mostraram que toda a estrutura e disponibilização de recursos foram projetados de forma a separar a elite das classes mais baixas durante o ritual. Enquanto o rei e outros mais nobres ficavam dentro do santuário, o restante das pessoas ficavam na plataforma próxima aos pilares de pedra. Elitismo parece algo bem antigo, não é mesmo?

4. Culto aos esqueletos de Göbekli Tepe

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Göbekli Tepe é o nome de um famoso e antigo local na Turquia, onde há aproximadamente 11 mil anos foi construída uma espécie de santuário. Ao longo dos anos, inúmeros fragmentos de ossos humanos foram encontrados no local, o que intrigava os arqueólogos, já que não há sepulturas, tampouco evidências de que pessoas tenham morado ali.

Porém, foram sete pedaços de crânio de três adultos que deixaram os especialistas confusos. Encontrados em uma mistura de aterro, dentro de uma estrutura de pedra, não foi possível explicar como chegaram até ali.

Marcas de perfuração nos fragmentos indicavam que em Göbekli Tepe um culto era feito utilizando esqueletos, mas sem que fosse possível determinar o propósito do tal culto. Também chama a atenção que o povo que residia no local é conhecido por criar estruturas e artes rebuscadas, enquanto o que foi feito com os crânios era tosco, grosseiro.

5. O culto de Ramsés II a Áries 

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Escavações feitas em Abidos revelação que, ali, o antigo faraó Ramsés II teria praticado um ritual que envolveu o sacrifício de 1200 carneiros. As cabeças dos animais foram descobertas em uma área de armazenamento, com muitos deles embrulhados em panos e um sino em volta do pescoço.

Pesquisadores levantam a possibilidade que o faraó estivesse realizando um culto ao deus Quenúbis geralmente representado por um homem com cabeça de carneiro, que seria o responsável por regular as águas do Nilo, das quais os egípcios eram dependentes para sua sobrevivência.

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