Super Bowl: como a final do futebol americano ficou tão famosa?

04/02/2023 às 11:003 min de leitura

No dia 12 de fevereiro, o State Farm Stadium, estádio do Arizona Cardinals, será preparado para receber o Super Bowl LVII, a final National Football League (NFL) — maior competição de futebol americano no mundo. A partida será disputada entre o Kansas City Chiefs e o Philadelphia Eagles, que farão de tudo para levantar o troféu Vince Lombardi.

A final do campeonato da NFL não só é o maior evento de entretenimento dos Estados Unidos a cada ano, como também é uma transmissão assistida por milhões de pessoas no mundo todo — incluindo amantes do esporte e público em geral. Mas afinal, o que é que torna o Super Bowl tão "super" assim? Entenda como esse evento foi tomando grandes proporções com o passar dos anos!

Histórico recente

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Antes de falarmos sobre como o Super Bowl atingiu proporções tão absurdas, é importante destacar um pouco sobre o sucesso recente do evento. De acordo com a NBC Sports, a final de 2022 obteve audiência média de mais de 110 milhões de espectadores — o que inclui 11,2 milhões de pessoas que assistiram ao jogo via streaming.

Os números por si só já são impressionantes, mas podem ser vistos até mesmo como "decepcionantes" se observarmos que a final de 2015 foi assistida por 114 milhões de pessoas apenas na televisão. Inclusive, essa foi a maior audiência para uma transmissão de uma única rede na história do país. O pouso da Apollo 11 na Lua em 1969 atraiu mais espectadores, mas foi transmitido simultaneamente em várias redes. 

Crescimento junto à televisão

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Agora que já é possível dimensionar quantas pessoas dedicam seu tempo assistindo ao Super Bowl anualmente, vamos contextualizar como a grande final da NFL ficou tão famosa. Segundo pesquisadores, o principal motivo para isso ter acontecido é porque a liga se popularizou ao mesmo tempo que o número de aparelhos de televisão cresceu nos Estados Unidos.

Em 1955, apenas metade dos lares americanos tinha um aparelho de TV. Nos anos seguintes, à medida que a programação da TV em cores se tornou mais popular, a grande maioria dos lares do país passou a ter acesso a uma televisão. O primeiro Super Bowl, por sua vez, aconteceu em 1967 — quando 93% dos lares norte-americanos já possuíam uma televisão.

A NFL aproveitou esse crescimento orgânico para capitalizar na hora certa. Como o público estadunidense estava ansioso para poder acompanhar grandes espetáculos em suas telinhas, o futebol americano surgiu como uma grande opção e conseguiu tornar a final não só em uma grande disputa esportiva, mas em um dos maiores eventos de entretenimento do mundo. 

Sinônimo de patriotismo

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Antes de alcançar sucesso global, a NFL precisava conquistar os Estados Unidos. Como o Super Bowl surgiu de uma fusão entre a NFL e sua principal rival, a American Football League (AFL), a rivalidade dentro de campo entre times que não dividiam os gramados anteriormente era um gigante atrativo.

Porém, ainda não era o suficiente. Quando a liga decidiu se associar à imagem da bandeira norte-americana e criou laços próximos com os militares dos EUA, a adesão do público nacional foi enorme. Ao surgir, a NFL montou a imagem de um campeonato feito apenas para os americanos e que celebrava a história do país. Devido à globalização, a liga viu uma oportunidade de expandir seus negócios para outras regiões e conquistou voos ainda maiores.

Equipes nos maiores mercados midiáticos

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Composta atualmente por 32 equipes, um dos grandes méritos da NFL foi ter desenvolvido franquias em vários dos maiores mercados de mídia dos Estados Unidos. Dallas Cowboys e Miami Dolphins foram dois times que dominaram nos primeiros anos do campeonato e trouxeram consigo multidões de fãs.

Nova York conta com dois times, os Giants e os Jets, assim como Los Angeles, com os Chargers e os Rams. San Francisco é casa dos 49ers, Washington possuí os Commanders, Chicago é lar dos Bears e até mesmo Las Vegas virou palco para os jogos dos Raiders. Quando as cidades mais populosas do país recebem times, inevitavelmente o pote de ouro está mais perto.

Oportunidade para anunciantes e entretenimento

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Se toda a estratégia de marketing citada até agora não era boa o bastante, a NFL tinha mais algumas cartas na manga para conquistar mais espectadores: abrir espaço para grandes anunciantes e trazer atrações colossais para tocar no show do intervalo do Super Bowl. 

Com tamanha audiência na televisão, a maior liga de futebol americano no mundo não teve muitos obstáculos para conseguir conquistar empresas que queriam exibir suas marcas nos jogos. Atualmente, estima-se que cada espaço de propaganda na final custe cerca de US$ 7 milhões.

Por fim, o Super Bowl é um grande atrativo até mesmo para quem nem gosta tanto assim de futebol americano porque todo ano o show do intervalo recebe um cantor ilustre para realizar uma apresentação mais que especial para o público global.

Em todas as edições, nomes como Maroon 5, Lady Gaga, Katy Perry, Madonna, Bruce Springsteen, Red Hot Chilli Peppers e Prince são alguns dos exemplos de artistas que se apresentaram para a plateia nos estádios e também na televisão. Em 2023, quem terá sua chance de surpreender a todos será a cantora Rihanna. 

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