Ciência
29/03/2023 às 12:00•3 min de leitura
As construções mais emblemáticas em todo o mundo são pedaços vivos da história. Cada uma delas representa o povo que as ergueu, sua visão de mundo e de sociedade. Todavia, se alguns dos aspectos mais significativos destas edificações ficam óbvios a olho nu, outros são segredos guardados a sete chaves - ou quase isso.
Selecionamos edificações que a maioria de nós já tenha ouvido falar, visto foto ou até mesmo visitado, e mostramos a vocês que, mesmo o que já nos parece conhecido, pode guardar uma história não contada. Fique atento e conheça os mistérios que revelaremos sobre essas simbólicas construções.
(Fonte: Wikimedia Commons)
A Grande Pirâmide de Gizé é uma das construções mais conhecidas de todo o mundo, inclusive porque as estudamos na escola. Junto com as demais pirâmides, compõem o complexo da necrópole de Gizé, sendo as mais famosas pirâmides do Egito Antigo. Ela tem sido objeto de fascínio e muito estudo por milhares de anos, sem contar o número inacreditável que turistas que por lá passam.
O que muitos não sabe é que ela não foi a primeira construída. Seneferu, pai de Quéops, tentou erguer várias. Ao todo, mandou serem construídas três, sendo que a Pirâmide Vermelha, a última delas, ficou próxima do que ele queria, e serviu de parâmetro para o que o filho mandaria construir.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Um dos locais mais visitados em Atenas, o Partenon foi um templo construído por Péricles no ano de 447 a.C., objeto de grande controvérsia à época de seu levantamento. Calícrates e Ictinos, arquitetos responsáveis pelo projeto, foram astutos ao considerarem imperfeições do olho humano para fazer com que as colunas do Partenon parecessem perfeitamente retas.
Sim, caro leitor. Essa linda edificação que guardava uma estátua da deusa Atena foi erguido um tiquinho torto, e de propósito. O que os arquitetos fizeram foi criar colunas mais largas no meio, e um desnível interno leve e praticamente invisível, que tornava o templo plano.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O segredo que contaremos sobre a suntuosa Grande Muralha da China não é que é lenda a possibilidade de ser vista do espaço - uma fake news antiga criada pela revista National Geographic há 100 anos. O que queremos te contar sobre essa construção imensa e milenar é que ela é comestível. Calma, vamos explicar.
Pesquisadores da Universidade de Zhejiang descobriram que, na composição do material da muralha, foi usado congee, uma espécie de sopa de arroz pegajoso. O uso teria se dado porque ele conteria amilopectina, que combinada com carbonato de cálcio criaria uma microestrutura compacta tão forte que resistiria a todas as intempéries. Ela é considerada a primeira argamassa composta na história da humanidade.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Considerada a maior cúpula de concreto sem suporte do mundo, o Panteão de Roma já abrigou estátuas de diversos deuses. Sua estrutura conta com um óculo, uma abertura redonda em seu pico, por onde a luz e ar fresco entram no edifício. Mas o segredo do espaço não é o fato dele ficar molhado em dias chuvosos por conta do óculo, mas sim o fato de que ele não era o edifício original.
Explica-se: Marco Agripa ergueu um templo em homenagem à vitória de Augusto sobre Cleópatra, porém ele foi incendiado. Então, Agripa reconstruiu o edifício em outro local, justamente o Panteão de Roma.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Construído a pedido do imperador Shah Jahan como mausoléu em homenagem à sua falecida esposa, Mumtaz Mahal, o Taj Mahal levou 22 anos para ser erguido. Esse ponto turístico, visitado anualmente por oito milhões de pessoas, é repleto de ilusões de ótica.
O Portão Real foi projetado como uma moldura visual, fazendo com que o edifício pareça gigante e muito próximo. O Taj Mahal fica ao fim de um enorme jardim, e não no centro, como seria de se esperar. A ideia é que ele seja o grande fruto de interesse dos visitantes, podendo ser apreciado de uma única vez.
Por fim, os quatro minaretes que circunda o edifício foram construídos de modo que, em caso de tombamento, caíam para longe do Taj Mahal.