A incrível história de Helen Gibson, a primeira dublê de Hollywood

13/05/2023 às 10:002 min de leitura

Nos primórdios de Hollywood, quando as mulheres eram frequentemente relegadas a papéis secundários, Helen Gibson quebrou estereótipos e corajosamente abriu seu próprio caminho como a primeira dublê profissional da indústria cinematográfica.

Apelidada de "a atriz mais ousada dos filmes", Gibson ganhou fama nos anos 1910, cativando o público com suas cenas de ação impressionantes e espírito destemido!

A primeira mulher no faroeste

Rose iniciou sua carreira no circo fazendo truques com cavalos. (Fonte: Wikipédia)(Fonte: Wikimedia Commons)

Nascida como Rose Wenger em 1892, a jornada de Gibson para o estrelato começou de forma inesperada. Enquanto trabalhava em uma fábrica de charutos em Cleveland, ela se encantou por um show do Velho Oeste que passou pela cidade em 1909. Inspirada pelos rodeios que viu, ela embarcou em uma busca para se juntar a um deles.

Apesar de não ter experiência prévia com cavalos, a determinação de Gibson a levou ao show Miller Brothers 101 Ranch Wild West, onde rapidamente aprimorou suas habilidades e impressionou o público com suas cenas perigosas.

O caminho de Gibson se cruzou com a indústria cinematográfica quando o show do Velho Oeste se encerrou. No início, ela ganhava um mísero salário de $8 por semana para cavalgar por horas como figurante. Seu talento e resiliência logo chamaram a atenção dos cineastas, e em 1912 Gibson teve seu primeiro papel creditado em Ranch Girls on a Rampage. A partir daí, sua estrela continuou a brilhar. 

A vida de dublê

Wikimedia Commons(Fonte: Kalem Company/General Film Company/Wikimedia Commons)

Sua grande oportunidade veio quando se juntou ao elenco do popular seriado mudo The Hazards of Helen como dublê de sua protagonista, Helen Holmes. Gibson assumiu cenas perigosas com coragem, pulando de telhados para trens em movimento e realizando saltos que deixavam o público arrepiado.

Com a saída de Holmes e seu marido da série em 1915, Gibson assumiu o papel de protagonista da série e passou a se chamar Helen Gibson por sugestão do estúdio. A cada episódio, Gibson desafiava limites, correndo riscos que deixavam os agentes de seguros ansiosos. Mas ela permaneceu determinada, realizando suas próprias acrobacias com coragem inabalável. 

The Hazards of Helen terminou em 1917, mas Gibson continuou a aparecer em outras séries, melodramas e faroestes nos anos seguintes. No entanto, à medida que a indústria evoluía, as oportunidades para mulheres tanto em papéis na tela quanto nos bastidores começaram a diminuir. Seu último truque veio quase aos 70 anos no filme de John Ford, O Homem que Matou o Facínora (1962).

A jornada notável de Helen Gibson serve como um testemunho duradouro do espírito indomável de uma mulher que desafiou as limitações impostas pela sua época. Seu legado continua a inspirar e empoderar as mulheres hoje, especialmente aquelas que aspiram romper barreiras em indústrias dominadas por homens.

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