Estilo de vida
12/05/2023 às 04:00•3 min de leitura
As festas têm sido historicamente utilizadas como sinais de status e poder em muitas culturas. Em muitos casos, as comemorações elaboradas e caras eram vistas como uma demonstração de riqueza e prestígio, sendo frequentemente organizadas por reis, imperadores, líderes políticos e outras pessoas influentes.
Os contos de festas de arromba que atravessaram os séculos exigem do leitor uma mente crítica para avaliar sua veracidade. Muitos desses eventos foram registrados por historiadores e cronistas que não estiveram presentes, o que significa que seus relatos podem ser influenciados por boatos e lendas.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Em 879 a.C., o rei Assurnasirpal II decidiu dar uma grande festa de dez dias para celebrar a revitalização da capital do Império Neoassírio e a conclusão do seu novo palácio. Ao invés de convidar apenas a nobreza e pessoas no poder, ele decidiu abrir a festa para todos os 70 mil pessoas.
Para garantir que seus convidados fossem bem alimentados, o rei preparou um banquete com 500 gazelas, mil bois, 14 mil ovelhas importadas e engordadas, além de 10 mil medidas de cerveja e 10 mil recipientes de vinho.
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O último rei da Babilônia, Baltazar, organizou uma grande festa que entrou para os textos sagrados da Bíblia. Ele convidou mil pessoas para jantar e beber em um banquete com taças e tigelas de ouro e prata saqueadas do templo judaico. Os objetos eram troféus da vitória sobre Jerusalém e da destruição do Templo de Salomão.
Ao encher as taças com cerveja de cevada e oferecer a bebida a seus convidados, Baltazar não percebeu que as tropas persas se aproximavam. Os invasores conquistaram a Babilônia, enquanto o rei, bêbado e alheio ao perigo, foi assassinado enquanto dormia.
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O imperador da Macedônia, Alexandre, o Grande, ficou conhecido por sua bravura, inteligência e ousadia militar. Mas sua paixão por festejar e comemorar suas conquistas também é um aspecto fascinante de sua personalidade. Em 330 a.C., quando Alexandre capturou Persépolis, ele organizou uma celebração épica para comemorar sua vitória.
Enquanto os convidados bebiam e se divertiam, uma prostituta sugeriu a Alexandre que queimasse o palácio de Persépolis para ganhar o favor dos gregos. Em um momento de embriaguez e triunfo, Alexandre interpretou isso como um desafio e decidiu cumprir a sugestão. Ele ordenou que o palácio fosse incendiado, destruindo-o completamente.
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Os antigos romanos eram famosos por suas festas selvagens e extravagantes, especialmente aquelas em homenagem a Baco, o deus do vinho e da fertilidade. No início, apenas as mulheres podiam participar dos ritos secretos. Mas, com o passar do tempo, os homens foram convidados e as festas se tornaram mais liberais.
Música alta, vinho e outras drogas eram abundantes, enquanto animais eram sacrificados e atos orgiásticos eram realizados livremente. Depois que o catolicismo se tornou a religião do Império Romano, os bacanais foram proibidos, mas continuaram acontecendo e são lembrados até hoje com sinônimo de festa de arromba.
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Cleópatra, a lendária rainha do Egito, sempre foi conhecida por suas extravagâncias e escândalos românticos. Em uma de suas festas mais icônicas, ela homenageava Marco Antônio, seu amado, enquanto mostrava sua riqueza exorbitante e seu total desrespeito por objetos de valor.
A rainha fez uma aposta com Marco Antônio de que ela poderia gastar 10 milhões de sestércios, uma fortuna na época, em uma única refeição. Para provar sua aposta, Cleópatra pegou um de seus brincos de pérola, descrito como o maior de toda a história, e o deixou cair em um copo de vinagre. A pérola se dissolveu, e Cleópatra a bebeu.
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Calígula, o imperador romano conhecido por sua crueldade e amor pelo sadismo, também gostava de se divertir com festas extravagantes. Ele construiu duas barcaças que tinham jardins, vinhas e canais para banho para dar festas no Lago Nemi, tanto para os amigos quanto para os inimigos, onde eram comuns orgias, adultérios e incestos.
Os navios ficaram abandonados por muitos anos até que, no final dos anos 1920 e início dos anos 1930, o ditador italiano Benito Mussolini se interessou por eles e os recuperou. Mas durante a Segunda Guerra Mundial, as embarcações foram destruídas em um incêndio.