Ciência
29/09/2023 às 06:30•3 min de leitura
Você pode até mesmo achar que a justiça brasileira não pode ser levada a sério, mas a realidade é que o sistema judiciário nem sempre é completamente coerente no mundo inteiro. Inclusive, em diversas ocasiões, tribunais ao redor do mundo já lidaram com casos bizarríssimos envolvendo fantasmas, demônios, deuses ou outros seres inimagináveis.
Embora seres sobrenaturais façam parte da crença de boa parte da população, é curioso pensar que casos desse tipo já foram tratados como casos reais por um júri, não é mesmo? Para você entender mais sobre o que estamos falando, veja só a lista que nós separamos com cinco casos bizarríssimos envolvendo "seres sobrenaturais" que foram parar na justiça!
(Fonte: GettyImages)
Quando a casa de Betty Penrose, uma cidadã qualquer do Arizona, nos Estados Unidos, foi atingida por um raio e foi incendiada, a primeira reação dela foi culpar apenas uma pessoa: Deus. Com a ajuda de uma equipe de advogados, Penrose abriu um caso contra o "todo-poderoso" na Califórnia em 1969.
Em sua queixa, a mulher pedia US$ 100 mil de indenização ao alegar que Deus controlava a "operação do universo, incluindo o clima no estado do Arizona". Penrose até saiu vitoriosa do julgamento, mas não a transferência foi considerada "inválida" pelo falo de Deus não possuir propriedades e, por isso, não poder ser processado.
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Pavel Mircea, um homem da Romênia, cumpria uma pena de 20 anos de prisão por homicídio, quando passou a alegar que os seus crimes eram na verdade obra de Satanás. Então, o prisioneiro passou a mover um processo judicial contra Deus por não tê-lo protegido da influência de seu arquirrival.
Segundo Mircea, Deus teria ficado feliz em aceitar suas orações e ofertas quando ele foi batizado no passado, mas não entregou qualquer benefício ao longo de sua vida e, portanto, violou um contrato cristão. Os esforços do prisioneiro acabaram sendo em vão e o caso foi arquivado porque Deus não era um cidadão ou empresa na jurisdição romena.
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Em 1919, um homem de sobrenome Hermameyer foi informado pela sra. Burchill que havia uma fortuna em petróleo em sua propriedade. Tudo o que ele precisava fazer para obter parte desse dinheiro era investir na empresa petrolífera dela — o que ele fez oferecendo a quantia de US$ 10 mil.
E como ele tinha tanta fé na descoberta? A sra. Burchill foi informada sobre o petróleo por um médium que aprendeu sobre isso por meio de um espírito. Quando Hermameyer descobriu que não existia petróleo algum, ele passou a processar o espírito mentiroso na esperança de recuperar seu investimento. O tribunal logicamente não concordou com a alegação e declarou que o homem não foi vítima de um golpe, mas seguiu uma crença irreal.
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Em 1804, passaram a surgir relatos de que um espírito estava atacando pessoas na área de Hammersmith, em Londres. Dizia-se que era um homem alto vestido de branco, o que fez com que gangues se reunissem para procurar o fantasma nas ruas. Quando Francis Smith encontrou o espírito vigarista, decidiu usar um revólver para atirar nele.
A bala atingiu o suposto fantasma na mandíbula, que caiu no chão. Posteriormente, ficou claro que o fantasma não se passava de um pedreiro chamado Thomas Millwood vestindo uma roupa branca característica de sua profissão. Smith foi levado a julgamento por assassinato e os rumores de fantasma certamente não o inocentaram.
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Em 1971, um prisioneiro da Pensilvânia, nos EUA, chamado Gerald Mayo apresentou um processo contra o Diabo. De acordo com o processo, o Satanás estava na raiz de todos os problemas de Mayo, causando miséria e colocando obstáculos em seu caminho que o fizeram se tornar um criminoso.
O juiz do caso foi forçado a negar a moção do prisioneiro por vários motivos. Não existia qualquer prova de que o ser sobrenatural vivia no distrito e também não seria possível entregar uma intimação ao tribunal para Satanás. Logo, Mayo seguiu sua vida carceraria normalmente.