Artes/cultura
15/12/2023 às 03:00•2 min de leitura
Wolfgang Amadeus Mozart foi um famoso compositor nascido em Salzburgo no ano de 1756. Além das suas muitas composições terem consagrado ele como um expoente da música clássica, circulam muitas histórias sobre a sua vida, como as que tratam a respeito de seu dom para a música ter se manifestado desde cedo — ou melhor, desde quando era criança. Não é à toa que Mozart se tornou sinônimo de genialidade.
Por se tratar de uma figura tão importante, não é de se estranhar que ocorra algo semelhante envolvendo a sua própria morte, que ainda hoje é motivo de especulação. Inúmeras causas já foram apontadas.
(Fonte: Wikimedia/Reprodução)
Mozart morreu no dia 5 de dezembro de 1791, mas alguns meses antes, o famoso compositor dava alguns sinais de que a sua saúde não ia tão bem assim. Em setembro daquele mesmo ano, ele teria viajado até Praga e, em seguida, retornou para a Áustria com o objetivo de concluir e apresentar seus trabalhos.
No entanto, em 22 de novembro, ele teria adoecido. Mozart apresentava inchaço e febre alta, e apesar da breve melhora, ele não resistiu. Na falta de explicações, surgiram teorias. Uma delas aponta que teria morrido em virtude de uma doença renal crônica.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Após a sua morte, ou melhor, alguns dias depois do ocorrido, o boato que Mozart teria morrido envenenado se espalhou rapidamente. Um jornal de Berlim foi na mesma linha ao apontar essa causa bastante polêmica para a sua morte.
Quem teria feito isso? Antonio Salieri, amigo de Mozart, chegou a ser apontado como culpado entre alguns que espalharam essa história, mas a ideia de que tudo não passava de fofoca se mantém forte nos dias atuais.
Salieri, no final da vida, sofria com uma grave doença mental e dizem que ele teria confessado o crime. Mas não é possível atestar nem mesmo este fato, encarado como uma mera lenda retratada na peça escrita por Alexander Pushkin, de 1832.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Muitas outras causas foram relacionadas à morte de Mozart, como sífilis, tuberculose, excesso de trabalho e até mesmo falta de sol. E por que o mistério ainda persiste?
Porque Mozart, apesar de ter desfrutado de certo prestígio, enfrentou dificuldades financeiras nos seus últimos anos. No final das contas, ele foi enterrado em uma vala comum e seus restos nunca foram encontrados. Portanto, não há como conduzir nenhuma análise conclusiva nesse sentido.
Na lista das prováveis doenças, triquinose, uma grave infecção decorrente da ingestão de carne animal mal cozida também já foi relacionada à sua morte.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Ao considerar as evidências obtidas em registros do período, por outro lado, pesquisadores chegaram a uma conclusão diferente: Mozart morreu em virtude de uma infecção por estreptococos, ou seja, o problema teria começado na garganta.
No estudo, publicado no periódico Annals of Internal Medicine, os pesquisadores ainda apontam que esse era um problema relativamente comum no período. Edemas estavam afetando um número maior de homens durante o ano de 1791, sugerindo que doenças infecciosas desse tipo andavam se espalhando.
Para não acabar com a aura de mistério, por incrível que pareça, já houve quem apontasse que o crânio de Mozart foi encontrado. O trabalho, divulgado no Forensic Science International, destaca que o suposto crânio de Mozart apresentava uma lesão óssea. Isso poderia ter relação com a sua morte prematura, aos 35 anos? Bom, ao menos por enquanto, ainda seguimos sem respostas.