Artes/cultura
07/02/2024 às 11:00•3 min de leitura
Responsável pela morte de milhões de pessoas durante a Segunda Guerra Mundial, por promover o assassinato em massa de minorias como os judeus e por ter direcionado o Terceiro Reich a cometer o Holocausto, Adolf Hitler é uma das figuras mais simbólicas e mais odiadas de todos os tempos.
Porém, assim como todos os seres humanos, o outrora proclamado "Messias Alemão" já foi apenas uma criança inocente. Então, como esse "menino qualquer" se tornou, sem dúvidas, um dos indivíduos mais repugnantes a pisas na Terra? Vamos entender seu passado.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Nascido no 20 de abril de 1889, Hitler era filho de Alois e Klara Hitler. E embora um dos maiores genocidas da história seja conhecido pelo seu ódio aos judeus, existem teorias que indicam que Hitler teve influências judias em sua própria família. Isso porque o avô do Führer, ou pai de Alois, pode ter sido judeu ou casado com uma mulher judia.
A mãe de Alois, Maria Anna Schicklgruber, era uma empregada pobre e solteira de 42 anos e potencialmente teria tido seu filho com um judeu chamado Leopold Frankenberger. Contudo, diversos historiadores rejeitam essa teoria. Existem dados que provem que Maria Anna teria trabalhado para um judeu chamado Leopold na época em que engravidou, mas nada prova que o homem tenha sido o pai verídico.
De todo modo, a relação entre Alois e Adolf era um tanto quanto controversa. Tratado com extrema dureza e violência durante toda a sua infância, Hitler era o filho do casal que mais desafiava seu progenitor. Inclusive, na abertura do seu livro Mein Kampf, Adolf disse que "honrou seu pai, mas amou sua mãe".
À medida que ele crescia, os dois entravam em conflito cada vez mais e as coisas esquentaram quando Adolf estava determinado a se tornar um artista, enquanto seu pai queria que ele seguisse seus passos trabalhando para a alfândega. Assim, a relação entre pai e filho sempre se mostrou conturbada.
(Fonte: GettyImages)
Devido à carreira de seu pai e ao seu fraco desempenho na escola, Adolf Hitler se mudou várias vezes em sua juventude. Contudo, tudo mudou quando Alois se aposentou em junho de 1895 e comprou uma fazenda perto de Hafeld. Essa aposentadoria, entretanto, não funcionou bem para os membros da família, uma vez que só significava que ele teria mais tempo para ser rígido e violento.
No colégio, Adolf Hitler tornou-se conhecido por ser um aluno dedicado, mas "teimoso, arrogante, dogmático e temperamental". E tudo piorou consideravelmente após a morte do seu irmão mais novo, Edmund, no dia 2 de fevereiro de 1900, vítima de sarampo aos 6 anos. Posteriormente, historiadores afirmam que Hitler teria se tornado mais introvertido e retraído.
De qualquer forma, os problemas de Hitler na escola não estavam centrados na inteligência. Seus professores o descreviam como "talentoso, embora desequilibrado e rebelde". Para a surpresa de ninguém, ele continuou tendo um desempenho ruim no colégio até abandonar os estudos aos 16 anos.
(Fonte: GettyImages)
Hitler só foi capaz de abandonar o colégio por ter prometido ao seu pai que trabalharia como funcionário da alfândega. Porém, quando seu pai morreu aos 65 anos, em 1903, Adolf tornou-se o homem mais velho da casa e, consequentemente, também foi criando uma personalidade ainda mais rebelde.
Em 1907, enquanto sua mãe encontrava-se no leito de morte, Hitler prestou o vestibular para seguir carreira artística na Academia da Alemanhã. Embora tenha passado na primeira fase, ele acabou sendo rejeitado na segunda etapa de testes. No espaço de poucos meses, os sonhos de Hitler foram frustrados, sua mãe sucumbiu ao câncer e sua família estava quase sem dinheiro.
Sem rumo na vida, o jovem Adolf de 25 anos viu uma oportunidade de carreira quando a Alemanha entrou para a Primeira Guerra Mundial. Embora fosse austríaco, ele se voluntariou para lutar pelo lado alemão e partiu para o conflito armado. Após o período de guerras e vendo os alemães arrasados pelas sanções internacionais causadas pela derrota em batalha, Hitler encontrou uma brecha para seguir um rumo político e inflamar massas. Daí para frente, o resto é história.