Artes/cultura
10/04/2024 às 09:00•2 min de leituraAtualizado em 10/04/2024 às 09:00
O futuro da fotografia é uma incógnita. São tantos avanços tecnológicos que é difícil prever o que ocorrerá em breve: se as câmeras deixarão de existir e usaremos apenas celulares, se os filtros de edição invadirão de vez a técnica fotográfica, e assim por diante.
Mas se não podemos olhar para a frente com total certeza, uma coisa é certa: nunca deixaremos de registrar imagens. O homem sempre teve fascínio por criar permanência às coisas que o cercavam. E, para contar essa história, nada melhor do que rever as câmeras fotográficas mais incríveis (e estranhas) que já fomos capazes de produzir.
A câmera escura foi a primeira máquina fotográfica do mundo: ela data do século IV a.C., e foi criada na China. Consistia em uma caixa escura com um pequeno orifício ou lente. À medida que a luz passava pelo buraco, ela gerava uma imagem invertida na superfície contrária.
Essa tecnologia foi usada principalmente para observar eclipses com segurança. Embora não se conheça registros muito antigos criados por meio dela, há quem defenda que o Sudário de Turim, que mostra uma imagem de Jesus, seja uma foto tirada por uma câmera escura. Mas, oficialmente, a primeira fotografia tirada por esse método surgiu em 1826 ou 1827.
A Zenit Photosniper é uma câmera criada para uso militar, com o formato de uma arma. Ela foi desenvolvida pela União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial e foi projetada para poder aproveitar melhor a destreza dos atiradores para gerar registros úteis para as estratégias de guerra.
O modelo Photosniper FS-2, por exemplo, usava uma coronha de rifle de madeira e um visor de longa distância, parecendo uma metralhadora. Ou seja, ao invés de disparar tiros, essas câmeras "disparavam" fotos.
A Paragraphica, por incrível que pareça, é uma câmera sem lente. É isso mesmo: em vez de trazer uma lente, ela traz um espirógrafo impresso em 3D que é apenas decorativo.
O jeito que ela fotografa é bastante inusitado. As fotos são geradas por meio da combinação do posicionamento GPS e inteligência artificial. Seu criador, Bjørn Karmann, explica o método: a câmera identifica a localização do usuário, adiciona condições ambientais e gera um retrato bastante convincente, por meio do IA, daquilo que ele está vendo na sua frente. Se isso é ou não uma fotografia, cabe então aos especialistas opinar.
A tecnologia fotográfica também está disponível para as pessoas cegas. E, para proporcionar isso, a gigante Samsung criou o projeto da Touch Sight, uma câmera projetada para pessoas com deficiência visual.
Em vez de ter uma tela LCD, a câmera traz um display em Braille que representa a imagem em 3D. Outro recurso trazido na máquina é que ela consegue registrar 3 segundos de som ambiente que funcionam como uma referência auditiva de cada imagem.
Por fim, ela foi projetada para ser posicionada na frente da testa, como se fosse um terceiro olho. Desse modo, os donos da câmera conseguem "sentir" a foto que tiraram e experimentar melhor a sua consciência auditiva e espacial. Sem dúvida, é uma tecnologia incrível que promete trazer inclusão para muita gente.