Artes/cultura
30/10/2024 às 18:00•3 min de leituraAtualizado em 30/10/2024 às 18:00
Para alguns países, como os Estados Unidos, a festa do Halloween se equivale quase ao nosso Carnaval: é o momento em que as pessoas capricham nas fantasias e saem para zoar e se divertir em festas bem animadas.
O Dia das Bruxas costuma inspirar umas práticas bem sinistras, mas nada se compara ao que acontecia no passado. E aqui temos a prova disso, nesses 4 práticas antigas de Halloween que eram realmente horripilantes.
No passado, muitas brincadeiras do Halloween eram bem perigosas. Um dos jogos era o Snap-Apple, descrito em um texto de 1892 do The New York Times dessa forma: o grupo amarra uma corda no meio de uma vara que é pendurada no teto. Depois, uma maçã é presa de um lado da vara. Na outra extremidade, fica uma vela acesa. Quando se gira o bastão, as crianças tentam dar uma mordida na maçã sem queimar a boca.
Parece selvagem? Pois havia outras brincadeiras neste estilo que também eram praticadas. Em 1870, as pessoas faziam o jogo do Snapdragon. Nela, as crianças "tentam arrebatar pedaços de frutas secas ou fortunas embrulhadas de um prato de álcool em chamas", conforme descrito no livro Trick or Treat: A History of Halloween, de Lisa Morton.
A tradição do “uma guloseima ou uma travessura” não estava ainda em vigor durante o século 18. Ao invés de doces, as crianças ganhavam… repolho e couve. Esse era um costume na Escócia: os pequenos entraram com seus olhos vendados em um campo de repolho e ganhava quem puxasse o primeiro talho do vegetal.
Outra “guloseima” típica do Halloween era aveia seca com sal. Essa mistura era também esfregada no cabelo das crianças durante o Halloween para protegê-las de fadas malignas.
Mas provavelmente o pior lanche da festa envolvia uma agulha. Durante a época vitoriana, na festa do Halloween, as pessoas assavam bolos contendo uma agulha, um dedal, uma moeda de dez centavos e um anel. Se o seu pedaço de bolo tivesse uma agulha ou dedal, isso significava que você estava destinado a ficar solteiro durante a vida toda. Já se achasse um centavo ou um anel, significa que se casaria ou ficaria rico. De todo modo, devia ser terrível sentir uma agulha na boca!
Os chamados truques (que, na época atual, estão mais para brincadeiras e sapequices) eram, no passado, verdadeiros atos de vandalismo e mesmo de violência. Uma das brincadeiras comuns era enfiar um repolho pegando fogo na chaminé ou nas fechaduras da casa de alguém para que o lugar se enchesse de fumaça fedorenta.
Outra “brincadeira” era soltar o gado de alguém que tinha uma criação ou derrubar latrinas (que, às vezes, estavam ocupadas). Já em 1918, algumas crianças fizeram um ato terrível durante o Halloween: elas revestiram os trilhos de um bonde de cera de vela, o que causou um acidente e feriu gravemente uma mulher.
Hoje em dia, há uma verdadeira competição sobre quem consegue criar a fantasia de Halloween mais original. Mas na Inglaterra vitoriana, os adultos realmente radicalizavam. Havia um adorno que se chamava “Cavalo de Pau” e que consistia em um crânio real de cavalo que era acoplado em um cajado e carregado por alguém vestido em pele de animal.
Já no século 19, os irlandeses gostavam de vestir ternos de palha branca e chapéus cônicos, para em seguida se envolver em atos de vandalismo (como roubar comida). E o famoso traje de fantasma usando um lençol também surgiu nessa época, de uma forma sinistra: ele era frequentemente usado por criminosos para torturar vítimas ou como forma de aterrorizar ou agredir sexualmente mulheres na Grã-Bretanha durante os séculos 17, 18 e 19. Sem dúvida, não devia ser nada agradável cruzar com esses brincalhões.