Ciência
27/08/2024 às 18:00•3 min de leituraAtualizado em 30/08/2024 às 19:16
A humanidade sempre teve fascínio pelas histórias ligadas ao sobrenatural, como as que envolvem fantasmas, espíritos, bruxas e extraterrestres. Em 2022, um estudo comandado pelo economista americano Boris Gershman, da American University, e que foi realizado em 95 países, mostrou que 40% das pessoas acredita em algum fenômeno paranormal.
E de onde surge todo esse interesse, que atravessa diferentes culturas? Certamente, essa crença tem múltiplas causas. Mas uma delas diz respeito a alguns livros que ajudaram a popularizar e a moldar a visão que temos até hoje sobre as atividades paranormais.
Em A Viagem Interrompida, o americano John G. Fuller trouxe ao mundo um dos mais influentes livros sobre abdução alienígena. Na obra, ele narra a experiência de Barney e Betty Hill, que dizem ter sido abduzidos por um OVNI em 1961.
O relato foi captado e escrito por Fuller com o uso da hipnose, e tornou-se um marco nas narrativas desse tipo, que logo se ficaram muito populares na televisão e no cinema. O livro inclui, aliás, descrições detalhadas de extraterrestres e da tecnologia que eles supostamente usavam.
Ed e Lorraine Warren se tornaram mundialmente conhecidos por conta de franquia de filmes Invocação do Mal. Em Ghost Hunters: True Stories from the World's Most Famous Demonologists, que foi lançado em 1989, eles narram a sua vida como investigadores paranormais e os casos que enfrentavam.
Por serem católicos devotos, eles acreditavam ter sido escolhidos para confrontar as forças do mal. Por isso, realizavam trabalhos em casas mal-assombradas, confrontando espíritos em possessões, que encarnavam até em objetos como bonecas.
Em 1974, o escritor e arqueólogo americano Charles Berlitz lançou o livro O Triângulo das Bermudas, que ajudou a popularizar a crença de que o Triângulo das Bermudas, que é uma área do Oceano Atlântico, estaria propenso a causar o desaparecimento misterioso de navios e aviões.
A obra se tornou best-seller, e foi publicada em 30 idiomas, vendendo quase 20 milhões de cópias. No livro, o autor registra relatos sobre navios e aeronaves que teriam desaparecido sem deixar vestígios enquanto passavam pela área, o que ele atribui a causas sobrenaturais.
Dotado de uma escrita sensacionalista, o livro cativou leitores, mas foi acusado muitas vezes de trazer explicações pseudocientíficas. De todo modo, até hoje o Triângulo das Bermudas segue cercado de mistérios – e boa parte da responsabilidade nisso é o livro de Berlitz.
Robert E. L. Masters apresenta, em Eros and Evil: The Sexual Psychopathology of Witchcraft, uma argumentação no mínimo problemática: ele sugere uma relação entre a sexualidade e a bruxaria, teorizando que a histeria em torno dos julgamentos das bruxas se devia a uma manifestação da repressão sexual e da psicopatologia.
O autor examina na obra o papel dos demônios sexuais, da possessão e da magia erótica nesses julgamentos, focando sobretudo nas mulheres. Elas seriam possuídas por demônios sexuais femininos que buscam o sêmen de seus amantes masculinos.
Por mais maluco que tudo isso pareça, Eros and Evil foi um livro muito influente que inclusive foi bastante debatido na academia, popularizando certas percepções acerca das dimensões psicológicas da bruxaria.
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