A história do "filho de Sam", o serial killer que aterrorizou Nova York

07/10/2024 às 18:003 min de leituraAtualizado em 07/10/2024 às 18:00

O nome real dele é David Berkowitz, mas o mundo o conhece como "Filho de Sam" ou "Assassino do Calibre .44". Isto por causa do seu passado terrível: entre 1976 e 1977, este serial killer aterrorizou Nova York, matando seis pessoas e ferindo outras onze.

Condenado seis vezes com a pena de prisão perpétua, Berkowitz foi para a prisão em 10 de agosto de 1977 e segue lá até hoje. Aqui, contamos sua história de vida e de seus crimes – que já foram retratados até em filme.

A história do "Filho de Sam"

(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)
David Berkowitz recebeu esse nome após ser adotado. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)

Nascido em 1 de junho de 1953 no Brooklyn, Nova York, David Berkowitz foi colocado para adoção por seus pais. Depois de resgatá-lo, seus pais adotivos mudaram completamente seu nome. Registros falam que, desde pequeno, ele mostrava ter uma inteligência acima da média, mas era desinteressado na escola e tinha comportamentos violentos.

Quando Berkowitz tinha 14 anos, sua mãe adotiva morreu de câncer. Quatro anos depois, ele entrou para o exército americano e serviu na Coreia do Sul até ser dispensado com honras. Depois disso, resolveu localizar sua mãe biológica, mas logo perdeu o contato com ela.

Sua longa trajetória de assassinatos começou no dia 24 de dezembro de 1975, quando ele esfaqueou duas mulheres usando uma faca de caça. Seis meses depois, ele voltaria a atacar duas jovens, dessa vez utilizando um revólver Bulldog calibre .44.

Poucos meses depois, o homem tornaria a agredir um casal, que sobreviveu, mas disse não ter visto o atirador. Já em novembro de 1976, duas adolescentes também foram alvejadas e sobreviveram com grandes ferimentos. Em comum, os casos tinham o fato de que as balas vinham de uma arma calibre .44. Além disso, o atirador parecia ter como alvo mulheres jovens com cabelos longos e escuros. 

Nasce o Filho de Sam

Carta escrita pelo
Carta escrita pelo "Filho de Sam". (Fonte: Daily News / Reprodução)

Vários ataques já haviam ocorrido quando, em 17 de abril de 1977, a polícia encontrou na cena de um crime uma carta à mão endereçada ao capitão da polícia. Nela, Berkowitz referia-se a si mesmo como o Filho de Sam, e dizia que voltaria a atirar.

Isso possibilitou que a polícia delineasse um perfil psicológico para o suspeito, que foi descrito como alguém neurótico e que provavelmente sofria de esquizofrenia paranoica, acreditando estar possuído por demônios.

Em 30 de maio de 1977, Jimmy Breslin, que era colunista do jornal Daily News, recebeu a segunda carta do Filho de Sam. No envelope, lia-se: "Sangue e Família – Escuridão e Morte – Depravação Absoluta -–.44". Já na carta, o Filho de Sam dizia que era um leitor da coluna de Breslin e fazia referência a várias das vítimas anteriores, além de zombar da incompetência do departamento de polícia. 

A carta finalizava com uma pergunta que dizia "o que você vai comer em 29 de julho?", o que parecia ser um aviso. Nessa data, completaria um ano do primeiro tiroteio. Com medo, várias mulheres com cabelos longos e escuros resolveram mudar o penteado.

Só que, em 31 de julho de 1977, Berkowitz atirou novamente, atacando Stacy Moskowitz (que morreu) e Robert Violante (que sobreviveu). Contudo, Moskowitz não tinha cabelos longos ou escuro como as outras vítimas.

Em 10 de agosto de 1977, a polícia chegou ao carro do suspeito. Nele, os oficiais encontraram um rifle, munição, mapas de cenas de crime e uma carta não enviada do Filho de Sam. A equipe resolveu então esperar David Berkowitz sair de seu apartamento para abordá-lo. Sua frase à polícia teria sido: "Bem, vocês me pegaram. Como é que demoraram tanto?".

Em seu apartamento, havia pichações satânicas nas paredes e diários que falavam de 1.400 incêndios criminosos. Ao ser levado para o interrogatório, ele se declarou culpado de todos os assassinatos. 

Mas o mais bizarro é a explicação que Berkowitz deu para o codinome "Filho de Sam". Segundo ele, seu antigo vizinho, Sam Carr, tinha um cachorro que estava possuído por um demônio, e que teria dito a Berkowitz para matar. Condenado a 25 anos de prisão por cada um dos assassinatos, ele segue preso até hoje.

 

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