Artes/cultura
13/12/2024 às 14:00•3 min de leituraAtualizado em 13/12/2024 às 14:00
A animação Moana 2 (2024) (com a voz de Any Gabrielly na versão em português) leva o público de volta à vibrante e histórica Polinésia, uma região repleta de cultura, mitos e paisagens impressionantes. Se no primeiro filme a jovem navegadora aprendeu a confiar em sua herança ancestral, na continuação, Moana retorna para enfrentar novos desafios ao lado do semideus Maui (dublado por Saulo Vasconcelos). Juntos, eles partem em uma aventura pelos mares traiçoeiros do Pacífico, acompanhados por uma tripulação nada convencional.
Dessa vez, Moana atende a um chamado de seus ancestrais e se lança em uma jornada ainda mais perigosa. Navegando por águas distantes e desconhecidas, ela explora a rica diversidade das ilhas polinésias e suas tradições seculares. Desde vulcões majestosos até praias paradisíacas, a história celebra a beleza e a espiritualidade dessa região, onde o mar é muito mais do que um recurso: é uma parte da identidade cultural.
A Polinésia abrange uma vasta área do Pacífico, composta por mais de mil ilhas agrupadas em três principais regiões: as Ilhas Havaianas, as Ilhas de Páscoa e a Nova Zelândia. Juntas, essas áreas formam o "Triângulo Polinésio", uma das maiores regiões marítimas do planeta, com cerca de 16 milhões de km². Dentro desse triângulo, cada ilha tem sua identidade própria, mas todas compartilham uma ligação profunda com o oceano.
Motunui, a ilha fictícia onde Moana se passa, representa esse vasto cenário polinésio. No filme, o mar não é apenas uma fonte de sustento, mas também um elo espiritual que conecta o povo às suas raízes ancestrais. Assim como os antigos navegadores polinésios, que cruzaram os oceanos com maestria, Moana segue os passos de seus antepassados para resgatar tradições e restabelecer a harmonia com a natureza.
As danças desempenham um papel essencial na cultura polinésia. Elas servem para contar histórias, celebrar momentos importantes e honrar os deuses. Mais do que simples performances, esses movimentos são formas de preservar lendas e valores transmitidos de geração em geração. No filme, essa conexão cultural é retratada fielmente em diversas cenas de celebração na ilha de Motunui.
Estilos de dança como o Hula (do Havaí), o Siva (de Samoa) e o Tamure (do Taiti) aparecem em forma de inspiração para os movimentos apresentados na animação. Cada estilo tem um significado único, seja para celebrar uma colheita, marcar rituais de passagem ou expressar conexão espiritual com a natureza. Em Moana, essas danças ajudam a reforçar a identidade cultural do povo de Motunui.
A Hula, por exemplo, não é apenas uma dança bonita; é uma narrativa visual que fala sobre os deuses e os fenômenos da natureza, como o mar e o vento. Já o Tamure e o Siva são conhecidos pelos movimentos ritmados e expressivos que simbolizam batalhas, caçadas ou celebrações. Essas expressões artísticas são uma ponte entre o passado e o presente, mostrando como a cultura polinésia continua viva e vibrante.
A navegação é uma das habilidades mais admiráveis dos antigos polinésios. Sem mapas ou bússolas, eles desbravaram o Pacífico observando as estrelas, as correntes marinhas e os movimentos dos pássaros. Esse conhecimento sofisticado foi transmitido por gerações e permitiu a colonização de vastas áreas.
Nos filmes, Moana redescobre essa tradição de navegação. Inicialmente, seu povo evitava navegar além dos recifes por medo do desconhecido. Com coragem e determinação, a protagonista resgata essa habilidade, inspirando sua comunidade a voltar a explorar os oceanos. Essa jornada simboliza a reconexão com uma herança rica e cheia de significado.
E se você também quer embarcar numa viagem emocionante que vai muito além da tela e mergulha nas profundezas de uma cultura milenar, aqui vai o recado: Moana 2 já está em cartaz pelos cinemas de todo o Brasil!