Estilo de vida
22/04/2024 às 14:00•2 min de leituraAtualizado em 22/04/2024 às 14:00
O Titanic naufragou na noite do dia 12 de abril de 1922, em um episódio que todos nós conhecemos. O navio “inafundável” tinha no comando o capitão Edward John Smith, um renomado marinheiro britânico.
Conhecido como “Capitão do Milionário” por prestar serviços na White Star Line, uma companhia que transportava muita gente rica, Smith foi personagem de uma de muitas teorias sobre o Titanic, que o apontava como o responsável pelo triste fim do navio, por ter mantido a embarcação acima da velocidade e ignorar avisos da existência de icebergs.
Uma investigação realizada no Reino Unido um século após o acidente, porém, isentou o capitão da culpa pela tragédia. O inquérito concluiu que o capitão britânico seguiu as melhores práticas de navegação, uma abordagem coerente com a sua longa experiência no mar.
Edward John Smith nasceu em uma família de classe trabalhadora em Hanley, Staffordshire, Inglaterra, em 27 de janeiro de 1850.
Sua jornada para se tornar um dos capitães mais famosos da história naval começou quando ele se juntou à Marinha Mercante Britânica como aprendiz aos 17 anos. Sua dedicação e habilidades rapidamente o levaram a progredir na hierarquia marítima.
Smith ganhou uma reputação de competência e confiabilidade entre seus colegas e superiores. Apesar disso, ele falhou no teste de navegação na sua primeira tentativa de promoção ao título de capitão, em 1887. Isso não o impediu de tentar uma segunda vez e conseguir o cargo.
Durante a Segunda Guerra dos Bôeres, iniciada em 1889, Smith serviu na Reserva Naval Real, transportando tropas do Império Britânico para a Colônia do Cabo. Ele foi comissionado como tenente na Reserva Naval Real.
Em 1904, aos 54 anos, Smith foi nomeado capitão da White Star Line. Ele comandou algumas das embarcações mais impressionantes e avançadas tecnologicamente da época, como o RMS Olympic, o maior navio da história até então. Esse navio, inclusive, representa o primeiro arranhão na história do capitão que se orgulhava de nunca ter visto um naufrágio: ele colidiu com o HMS Hawke, um navio da marinha britânica.
Apesar disso, Smith se destacou como um capitão seguro e experiente, ganhando a confiança de passageiros e autoridades, o que levou a escolha natural para o comando do Titanic.
O Titanic, que zarpou em sua viagem inaugural em 10 de abril de 1912, representava o ápice de sua carreira. O navio era um símbolo de engenharia e luxo, mas também carregava consigo desafios desconhecidos, como sua enorme escala e a confiança excessiva em tecnologias de segurança.
Durante a colisão com o iceberg, o comportamento do capitão foi caracterizado por coragem e liderança. Smith permaneceu no convés do navio, supervisionando as operações de resgate e garantindo que as ordens fossem seguidas da melhor maneira possível.
O capitão Smith morreu no naufrágio do Titanic com mais de 1.500 pessoas. O fato marcou o fim de uma carreira notável, mas sua história continuou a ressoar através das gerações. Ele é lembrado como um exemplo tanto da bravura quanto das falhas humanas, e sua vida e legado continuam a fascinar e inspirar muitos até hoje.