Embora o holandês com cérebro de quase 3 kg seja o recordista absoluto no Guinness World Records, isso não significa que ele possuía uma inteligência privilegiada.

Se você tem medo de saber o peso do seu cérebro, saiba que, na pior das hipóteses, a sua CPU natural tem por volta de 1,35 kg podendo eventualmente chegar a 2 kg. Mas é pouco provável que chegue a tanto porque, ultimamente, os cérebros humanos têm encolhido, e o motivo parece ser a expansão da inteligência coletiva nas sociedades humanas, segundo um estudo de 2021.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124398-cerebros-humanos-vem-diminuindo-de-tamanho-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cérebros humanos vêm diminuindo de tamanho há 3 mil anos?</a></li></ul>No entanto, para nos humilhar, o Guinness World of Records&nbsp;registrou um homem cujo cérebro era mais do que o dobro da média mundial: 2,85 kg. Segundo a publicação que registra os maiores recordes mundiais, o homem de nome desconhecido morreu em 1899, no Asilo de Meerenberg, com apenas 21 anos de idade.Nesse caso, tamanho não significou uma melhor qualidade, e ele acabou internado nessa instituição psiquiátrica com diagnóstico de deficiência intelectual.<h2>Em se tratando de cérebro, tamanho é documento?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/20/20175649459025.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Será que cérebro grande é sinal de evolução?. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>As pessoas normalmente pensam que o crescimento do nosso cérebro é que fez com que nos diferenciássemos dos outros animais. E isso é parcialmente verdadeiro, pois, comparados com o de outras espécies com tamanho similar ao nosso, nossos cérebros são enormes.&nbsp;Na verdade, o cérebro humano quase quadruplicou de tamanho nos seis milhões de anos desde o tempo em que compartilhávamos um ancestral comum com os chimpanzés. No entanto, quando nos tornamos Homo sapiens, essa tendência de crescimento se reverteu, e os nossos cérebros vêm encolhendo nos últimos 100 mil anos. &nbsp;Falando à BBC, Jeff Morgan Stibel, do Museu de História Natural da Califórnia, explica que passamos os últimos milênios criando ferramentas e tecnologias que permitem fazer um download da nossa cognição em artefatos, como os atuais computadores. "Mas isso não significa que nós, como espécie, coletivamente, estamos nos tornando menos inteligentes", pondera o cientista cognitivo.<h2>O tamanho do cérebro determina a inteligência?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/20/20183820602000.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A qualidade das conexões determina a inteligência. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Uma das maiores provas de que não foi o tamanho do nosso cérebro que nos distinguiu dos outros animais é, com cerca de 1,5 kg de massa cinzenta, nosso aparelho neural é cerca de duas a três vezes menor do que o de um elefante. Chega também a ser até seis vezes menor do que o cérebro de algumas baleias e golfinhos.Ou seja, há certamente alguma coisa mais acontecendo, que é bem mais importante do que algo tão rudimentar quanto a simples questão de volume.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118662-cientistas-reavaliam-a-relacao-entre-tamanho-do-cerebro-e-inteligencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cientistas reavaliam a relação entre tamanho do cérebro e inteligência</a></li></ul>Esse diferencial pode ser, segundo os especialistas, o chamado "conectoma", uma espécie de Google Maps do nosso cérebro, com todas as conexões neurais dos cerca de 86 bilhões de neurônios. Hoje muitos neurocientistas acreditam que é a qualidade do padrão dessas conexões, e não o tamanho do cérebro, que determina o desenvolvimento da cognição humana.

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O homem com o cérebro mais pesado do mundo, segundo o Guinness

Para entregar ao mundo o relógio mais fino já feito, Konstantin Chaykin teve que reduzir as peças de seu ThinKing sem comprometer sua durabilidade.

Caríssimos, os relógios finos são procurados por uma sofisticada combinação de design, conforto e inovação técnica. Mas, em alguns casos, como o do relógio Bulgari Octo Finissimo Ultra Mark II,&nbsp; fineza e finura se combinam para produzir um acessório ultrafino por ser extremamente delgado (1,70 mm de espessura), combinando design e engenharia perfeitos e precisos.Recentemente, o relojoeiro russo independente Konstantin Chaykin superou a poderosa marca italiana, apresentando o protótipo do seu ThinKing, uma verdadeira joia com apenas 1,65 mm de espessura que, de tão delicado, necessita uma pulseira especial para ser usado.&nbsp;<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124031-por-que-os-relogios-se-movem-no-sentido-horario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que os relógios se movem no sentido horário?</a></li></ul>Embora o risco de o ThinKing ser dobrado durante o uso seja baixo, Chaykin desenvolveu uma pulseira de couro de jacaré especial com inserções elásticas e suportes flexíveis de titânio, que limitam o impacto de força sobre o relógio durante o uso, absorvendo alguns dos choques, torcendo e dobrando.<h2>Como o relógio mais fino do mundo funciona?</h2><iframe width="315" height="560" src="https://www.youtube.com/embed/9H7_jUlAyng" title="the ThinKing | Konstantin Chaykin" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Diferentemente do que ocorre com os relógios digitais, os relógios mecânicos demandam um conjunto de engrenagens, molas e peças interligadas para funcionar. No caso do ThinKing, explica Chaykin em seu site, sua espessura finíssima deve-se a um tambor de mola principal muito fino, sem tampas.O modelo atual é feito com aço inoxidável e carboneto de tungstênio, um composto excepcionalmente rígido, apesar de leve. Mas o seu criador já pensa em materiais alternativos, que continuem extremamente resistentes mesmo em espessuras finíssimas. Uma aposta, também "fina", é a utilização futura de safiras ou diamantes.Além do design, o ThinKing traz algumas inovações técnicas interessantes, como seu barril de corda ultrafino e um sistema de roda de balanço duplo, que resultam não apenas em uma espessura mínima, mas também em um peso de apenas 13,3 gramas. Para se ter uma ideia de sua dimensão, a espessura do relógio é a mesma de uma moeda de R$ 0,05.<h2 style="text-align:left;">Por que o relógio se chama ThinKing?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/09/09100138526000.jpg" alt="x. (Fonte: Konstantin Chaykin/Divulgação)"><figcaption>O nome do relógio reflete as horas que o criador pensando (thinking) em soluções. (Fonte: Konstantin Chaykin/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Em seu site, o sempre brincalhão Konstantin Chaykin explica a operação de nomear o novo relógio recordista, o que j[a é, por si só, uma verdadeira engenharia logológica (estudo do jogo de palavras). Ele diz que, pelo fato de ter passado muito tempo pensando ("thinking" em inglês) durante seis meses com milhares de informações, optou por essa palavra.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290626-dispositivo-medicao-ultrapreciso-combina-relogios-atomicos-computadores-quanticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dispositivo de medição ultrapreciso combina relógios atômicos e computadores quânticos</a></li></ul>Mas há aí uma pegadinha, pois, ao colocar o "k" em letras maiúsculas, separou a palavra em "thin" (fino) e "king" (rei).“Por que não dar a ele um nome apropriado? Em algum momento, percebi: ThinKing. A agradável ambiguidade desse nome permite que ele seja interpretado como ‘O Relógio Nascido do Pensamento’ e ‘O Rei dos Relógios Finos’”, explica Chaykin.

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Relógio russo bate recorde mundial de espessura com apenas 1,65 milímetro

O uso da éfedra, na Idade da Pedra, confirma o consumo de plantas silvestres pelos primeiros humanos como remédios e não só comida.

A éfedra, uma droga medicinal utilizada no passado como remédio para asma, e atualmente proibida na maior parte dos países, foi encontrada por pesquisadores em “macrofósseis vegetais excepcionalmente preservados, recuperado de depósitos arqueológicos de aproximadamente 15 mil anos, na Caverna dos Pombos, no Marrocos", diz o estudo.No local, um dos mais importantes sítios arqueológicos do Paleolítico Superior no norte da África, arqueólogos descobriram, entre 2005 e 2015, &nbsp;esqueletos de vários adultos e crianças sentados ou reclinados na parte de trás da caverna.&nbsp;<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124397-5-drogas-recreativas-comumente-usadas-na-antiguidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 drogas recreativas comumente usadas na antiguidade</a></li></ul>Um deles, de um homem adulto de 19 a 20 anos, foi encontrado enterrado ao lado de bens raros, ossos de animais, pedras e restos carbonizados de éfedra. Esse gênero de arbustos nativos de regiões áridas, produz alcaloides, como a efedrina e a pseudoefedrina, ambas utilizadas na medicina e também como inibidores do apetite.&nbsp;<h2>Éfedra: de remédio para asma a droga viciante</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/11/11171929214279.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>A efedrina foi usada no passado recente como remédio para asma. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>A efedrina já foi usada no passado como um fármaco para tratar resfriados, doenças respiratórias, narcolepsia e obesidade, além de utilizada também para evitar quedas de pressão arterial durante anestesias.O seu efeito como estimulante do sistema nervoso central na redução do apetite, pois acelera o metabolismo e aumenta o gasto energético, fariam da planta uma campeã de vendas nas farmácias. No entanto, os efeitos colaterais da droga, como aumento da pressão arterial, palpitações, convulsões e até mesmo mortes, determinaram a suspensão de suas vendas.Mas, antes que alguém tenha ideias de cultivar o arbusto, é bom saber que, além de proibida pela FDA em 2004 (em suplementos dietéticos), a substância é controlada, pois pode ser usada na produção de metanfetamina, uma droga estimulante altamente viciante e ilegal.<h2>Comprovando o uso da éfedra na pré-história</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/11/11175633151290.jpg" alt="x"><figcaption>Esqueleto do homem enterrado na caverna (em azul) com fragmentos de éfedra (em vermelho). (Fonte: J Morales et al., Scientific Reports 2024)</figcaption></figure></figure>Face aos múltiplos usos potenciais da éfedra como medicamento, os autores ficaram intrigados por que o homem teria sido enterrado com restos carbonizados da planta, mas logo teorizaram que o consumo da efedrina “poderia ter sido explorado para fornecer vários benefícios simultaneamente, como mitigar a fome e manter a saúde", escrevem os autores no estudo.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125109-cabelo-da-idade-do-bronze-provou-o-uso-de-drogas-na-antiguidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cabelo da Idade do Bronze provou o uso de drogas na Antiguidade</a></li></ul>Para comprovar sua tese de que a planta foi usada para fins medicinais, os pesquisadores encontraram vestígios de algumas cirurgias rústicas, como extrações dentárias e trepanação craniana (espécie de craniostomia). Pelas suas propriedades como vasoconstritor, a efedrina pode ter sido usada como medicamento pelos iberomaurusianos.Embora os autores do atual estudo reconheçam que jamais poderemos entender o que seres humanos que viveram há 15 mil anos pensavam ou sentiam ao consumir a planta, há muitas evidências sugerindo que ela possuía um papel especial nos rituais funerários daquela época.O estudo foi publicado na revista Nature Scientific Reports.

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Droga ilícita atual era consumida há 15 mil anos em caverna na África

O novo estudo propõe que os dinossauros bem preservados da Formação Yixian não foram vítimas de erupções vulcânicas, mas de deslizamentos de terra.

Uma teoria arqueológica mundialmente aceita a respeito da maior coleção de dinossauros preservados do mundo acaba de ser contestada. Segundo um estudo recente, publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, o excepcional estado de conservação desses fósseis não foi o sepultamento repentino por vulcanismo, como se acreditava.&nbsp;Os chamados fósseis de Yixian, região do nordeste da China, são datados entre 120 e 130 milhões de anos, e representam a maior fonte global de conhecimentos sobre os dinossauros do Cretáceo. Descobertos pelos moradores da região na década de 1990, esses dinossauros, pássaros, mamíferos, insetos, sapos, tartarugas e outras criaturas foram disputados a tapa, no que ficou conhecido como a corrida do ouro fóssil.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/existiram-minidinossauros-minusculos-ovos-de-dinos-sao-encontrados-na-china" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Embrião de dinossauro perfeito é encontrado em ovo fossilizado na China</a></li></ul>O que torna esse conjunto tão diferente dos demais é que os animais foram desenterrados completos, com órgãos internos, penas, escamas, pelos, e líquidos estomacais.&nbsp;Isso sugeriu que eles pudessem ter sido capturados em um processo vulcânico parecido com o que ocorreu com os habitante de Pompeia, durante a erupção do monte Vesúvio no ano 79 d.C.<h2>Investigando as mortes misteriosas em Yixian</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/20/20161120414006.jpg" alt="Paleontólogos dataram os dinossauros com zircão. (Fonte: Getty Images/Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Paleontólogos dataram os dinossauros com zircão. (Fonte: Getty Images/Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para datar os fósseis de Yixian, o autor principal do estudo, Scott MacLennan, da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, analisou pequenos grão de zircão, mineral resistente que tem a capacidade de reter elementos radioativos como urânio e tório por bilhões de anos.Usando um novo tipo de espectroscopia de massa chamada CA-ID-TIMS, ele apurou que os fósseis e o material circundante datavam de 125,8 milhões de anos, fixados mais ou menos em um período de 93 mil anos.Como se tratava de um período marcado por muita umidade, muitas dessas criaturas enterradas vivas foram seladas nesses locais, e o oxigênio, que normalmente alimentaria a decomposição dos corpos, não penetrou nas tumbas.<h2>Qual foi a verdadeira causa da morte dos dinossauros e Yixian?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/20/20154858383003.jpg" alt="Dinossauros muito bem preservados em Yixian podem ter morrido por asfixia. (Fonte: Jun Liu/Academia Chinesa de Ciências/Divulgação)"><figcaption>Dinossauros muito bem preservados em Yixian podem ter morrido por asfixia. (Fonte: Jun Liu/Academia Chinesa de Ciências/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Para o coautor do estudo, Paul Olsen, da Escola do Clima da Universidade de Colúmbia, nos EUA, embora estas descobertas sejam as mais importantes dos últimos 120 anos, afirmou o paleontólogo, o que foi dito sobre elas reflete um viés humano de "atribuir causas extraordinárias, ou seja, milagres, a eventos comuns quando não entendemos suas origens".&nbsp;<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/existiram-minidinossauros-minusculos-ovos-de-dinos-sao-encontrados-na-china" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Existiram "minidinossauros"? Minúsculos ovos de dinos são encontrados na China</a></li></ul>Os indícios levantados no estudo atual mostram que, na verdade, esses corpos foram preservados por colapsos repentinos de tocas. Segundo os pesquisadores, como os núcleos de rocha ao redor e dentro dos esqueletos são fininhos, isso significa que havia oxigênio suficiente em seus "túmulos".&nbsp;Quanto aos icônicos dinossauros terópodes, "congelados" em posição de confronto, sua batalha final pode ter ocorrido, segundo os autores, quando um deles invadiu a toca do outro para tentar devorá-lo ou seus filhotes, especula MacLennan&nbsp;

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Dinossauros fósseis intactos não foram enterrados por vulcão, diz estudo

O estudo propõe remover o gado de pastagens em áreas desflorestadas, para promover o sequestro de carbono na vegetação em crescimento.

A produção de carne é tida normalmente como um dos vilões das mudanças climáticas no mundo, pelo seu potencial de desmatamento, emissão de metano, redução da biodiversidade e degradação do solo. Agora, uma pesquisa recente, liderada por Matthew N. Hayek da Universidade de Nova York, quer inverter isso, e usar áreas de pastagens para sequestrar carbono.Conforme a análise, publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), pequenas reduções na produção de carne bovina podem resultar em uma remoção de 125 bilhões de toneladas de dióxido de carbono da atmosfera, o equivalente a quase três anos de emissões globais de combustíveis fósseis.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121579-o-que-aconteceria-se-a-industria-da-carne-acabasse.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que aconteceria se a indústria da carne acabasse?</a></li></ul>Identificando pastagens em antigas áreas florestais desmatadas, os autores afirmam que, se o gado for removido dessas regiões, os ecossistemas podem não apenas retornar ao seu estado natural de floresta, mas também capturar carbono nas árvores e no solo. Para isso, garantem que bastaria apenas uma redução de cerca de 13% na produção total de carne em países ricos.<h2>Estratégias para sequestrar carbono com pastagens</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/12/12215758760006.jpg" alt="x. (Fonte: Matthew Hayek and Johannes Piipponen/Divulgação)"><figcaption>Verde mostra crescimento de pastagens em áreas que antes eram florestas. (Fonte: Matthew Hayek and Johannes Piipponen/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Para testar suas hipóteses, os autores utilizaram sensoriamento remoto no mapeamento da produtividade das pastagens, avaliando potenciais benefícios climáticos. A equipe descobriu que uma remoção completa do gado de todas as áreas potencialmente florestais sequestraria impressionantes 445 gigatoneladas de CO2 até o final do século, ou 10 anos de emissões globais atuais.Só que não é necessário remover todo o gado, pois 50% desse rebanho poderia continuar pastando em áreas nativas e secas, onde florestas e plantações não crescem facilmente.“Mesmo que duas áreas diferentes possam regenerar a mesma quantidade de carbono em árvores, agora podemos saber quanta pastagem, portanto, produção de carne bovina, teríamos que perder em cada área para cultivar essas árvores novamente”, explica o coautor Johannes Piipponen, da Universidade Aalto da Finlândia, em um comunicado.<h2>Perspectivas para a implantação do estudo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/18/18151151820190.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Redução na produção de carne nos países ricos poderia ser compensada por uma maior produtividade no Brasil. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para os autores, a regeneração florestal poderia ocorrer naturalmente em alguns países, ou por meio de plantio de árvores nativas em ambientes mais degradados, para acelerar o processo.&nbsp;Quanto ao fato de impactar países de renda alta e média-alta, eles sugerem que a perda dessa produção de carne bovina seja compensada por melhorias no manejo do gado na África Subsaariana e no Brasil, ou seja, uma relação ganha-ganha, sem comprometer a produção alimentar global.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123106-qual-e-o-papel-do-agronegocio-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Qual é o papel do agronegócio no Brasil?</a></li></ul>Hayek sabe que o crescimento do ecossistema não substitui os esforços para reduzir as emissões de combustíveis fósseis, mas entende que as descobertas atuais podem dar algumas pistas para novas políticas de mitigação climática e segurança alimentar.

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Menos 13% na produção de carne tira 125 bi de toneladas de CO2 da atmosfera

Divinizado pelas civilizações antigas pelo seu papel primordial na vida da Terra, o Sol (e sua luz) continuam até hoje exercendo um fascínio místico.

Maior fonte de vida da Terra, o Sol tem sido considerado pelas antigas civilizações, desde os egípcios até os gregos, como um deus maior, geralmente associado a práticas de saúde, bem-estar e cura. Embora não exista comprovação de que os nossos ancestrais acreditassem em uma cura direta, via exposição à luz, o calor era certamente utilizado de forma prática.Um exemplo vivo dessa terapêutica, o Papiro Ebers, um rolo de 20 metros que contém 700 receitas e tratamentos médicos, indicava pomadas ativadas pelo calor solar para tratar doenças musculares e tosses. Na Roma Antiga, o médico Areteu da Capadócia, receitava o uso do Sol&nbsp;para seus pacientes com letargia, hoje identificada como depressão.&nbsp;<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/o-que-os-gregos-e-romanos-ja-sabiam-sobre-saude-mental" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que os gregos e romanos já sabiam sobre saúde mental?</a></li></ul>Já no primeiro século da Era Moderna, o filósofo e médico persa Ibn Sina, mais conhecido como Avicena, também reconhecia em seu Cânone da Medicina os benefícios do Sol na saúde humana. Em diagnósticos de doenças físicas e psicológicas, o pensador descrevia o impacto positivo da luz solar em várias doenças, como asma e histeria.<h2>Sol, magia e cromoterapia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/15/15180716856036.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O deus grego Hélios, uma das fontes de adoração do Sol. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Com &nbsp;o passar dos séculos, essas curas pela luz solar continuaram em alta, mas jamais se desvencilharam completamente da abordagem mística do Sol como divindade. Nem com a revelação do espectro das cores da luz solar, no século 17, por Isaac Newton, a linha tênue entre ciência e crenças místicas se rompeu.&nbsp;Já no século 19, a luz solar como agente de cura universal era uma teoria defendida por personalidade díspares como o místico alemão Jakob Lorber e a reformadora de saúde pública britânica Florence Nightingale. O primeiro dizia que a luz do Sol em si curava, enquanto Nightingale defendia que a luz solar podia matar algumas, mas não todas, bactérias e vírus.&nbsp;Na mesma época, o médico e místico americano Edwin Babbitt criou a cromoterapia, uma forma de tratamento que usa cores e luz para promover a saúde e o bem-estar. Para colocar em prática sua teoria, Babbitt inventou um dispositivo especial, o Chromolume, um vitral portátil que filtrava a luz em cores diferentes, para tratar doenças. Em 1946, um upgrade do aparelho, chamado Spectro-Chrome,&nbsp;rendeu US$ 1 milhão ao seu criador.<h2>O uso da luz na estética e na medicina modernas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/15/15182753566000.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Máscaras de LED prometem reverter os sinais de envelhecimento. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Antes reverenciada como mágica e divina, a luz hoje está nos principais "cardápios terapêuticos" da medicina moderna: fototerapia com luz azul para tratar icterícia neonatal, luz branca ou azul &nbsp;para regular a melatonina no transtorno afetivo sazonal (TAS), e luz ultravioleta para aliviar doenças da pele como psoríase.&nbsp;<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128817-afinal-por-que-os-seres-humanos-envelhecem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Afinal, por que os seres humanos envelhecem?</a></li></ul>Já na indústria da beleza, tecnologias como máscaras de LED prometem combater a acne e sinais de envelhecimento. No entanto, os limites entre ciência pura e pensamento mágico ainda continuam um pouco embaralhados.

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A milenar cura pela luz solar: ciência médica ou tratamento místico? 

Uma pesquisa encomendada pela organização de gerenciamento do patrimônio concluiu que o monumento data de 3000 a.C.

Em uma descoberta recente, que está sendo chamada de "grande revelação" da arqueologia na Inglaterra, um grupo de pesquisadores comprovou que o icônico Salão do Rei Artur, um monumento antigo retangular de pedras verticais na região de Bodmin Moor, não tem nada a ver com o lendário rei, pois foi construído quatro mil anos antes do que se pensava.A estrutura é um recinto retangular inclinado em uma área de conservação e patrimônio natural, medindo cerca de 49 metros de comprimento por 21 metros de largura. Ela é cercada por mais de 140 pedras verticais com 1,80 metro de altura, e tem no meio um banco de terra.&nbsp;<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="http://Pedra%20de%20Artur%3A%20o%20elo%20com%20a%20lend%C3%A1ria%20figura%20do%20Rei%20Artur" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pedra de Artur é o elo com a lendária figura do rei&nbsp;</a></li></ul>As datações confirmaram que o Salão do Rei Artur foi provavelmente construído por volta do ano 3000 a.C., no período Neolítico tardio, o que o coloca como contemporâneo de outras formações famosas como Stonehenge. Apesar dessa herança pré-histórica, o local é relacionado ao Rei Guerreira de Camelot pelo menos desde 1583.&nbsp;<h2>Investigando a idade do Salão do Rei Artur</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14230403560000.jpg" alt="Estrutura de pedras em torno do Salão do Rei Artur. (Fonte: Historic England)"><figcaption>Estrutura de pedras em torno do Salão do Rei Artur. (Fonte: Historic England)</figcaption></figure></figure>Embora durante todos esses séculos tenha prevalecido a tese de que o Salão do Rei Artur era uma estrutura medieval, alguns arqueólogos amadores locais começaram a questionar essa datação do monumento feita apenas com base na tradição.&nbsp;Para pôr fim à polêmica, a Cornwall National Landscape, que gerencia as áreas protegidas do condado, encomendou uma pesquisa com especialistas, em parceria com a Historic England, organização pública do Reino Unido responsável pela proteção e promoção do patrimônio histórico da Inglaterra.&nbsp;Usando a técnica de luminescência opticamente estimulada (OSL), os pesquisaram descobriram que o interior do monumento havia sido escavado muito antes do período medieval. Nesse sentido, as pedras verticais, megálitos característicos do período neolítico, foram o primeiro indício que que o local era bem mais antigo do que se pensava.&nbsp;<h2>Por que uma estrutura pré-histórica era relacionada ao Rei Artur?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14231522887001.jpg" alt="Entrada para o Salão do Rei Artur. (Fonte: Mark Johnstone/Historic England)"><figcaption>Entrada para o Salão do Rei Artur. (Fonte: Mark Johnstone/Historic England)</figcaption></figure></figure>Tão misterioso quanto descobrir sua origem é saber por que o Salão do Rei Artur vem mantendo esse nome por mais de 440 anos, mesmo sem ter qualquer relação com o rei, e nem ser sequer um salão. Mas os mesmo historiadores que desmistificaram o monumento, têm uma resposta para a questão.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128311-santo-graal-busca-pelo-objeto-comecou-antes-do-rei-artur.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A busca pelo Santo Graal começou antes do rei Artur</a></li></ul>Segundo o arqueólogo-chefe James Gossip, "A Idade Média foi um período em que o nome Artur começou a ser atribuído a todos os tipos de locais incomuns que a população local da época provavelmente não entendia", afirmou ele ao The Guardian.Apesar de o monumento continuar sendo um enigma, Gossip se diz aliviado em conseguir revelar um pouco mais sobre a estrutura para colocá-la, de forma definitiva, no contexto de paisagem pré-histórica da Cornualha, e não mais como cenário de mitos e lendas. &nbsp;

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Monumento Salão do Rei Artur foi na verdade construído na pré-história 

Muitas metrópoles atuais foram construídas sobre antigas cidades, e conseguiram preservar parte da sua história original; conheça algumas delas.

Há metrópoles modernas cujo maior patrimônio é preservar sua herança moderna e cultural ao longo dos séculos, e estabelecer uma paisagem cultural fascinante. Confira abaixo algumas dessas cidades imperdíveis. &nbsp;<h2>5. Atenas, Grécia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/15/15160611398019.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Atena se tornou a patrona da cidade em uma eleição, onde concorreu com Poseidon. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Berço histórico da democracia, Atenas foi construída sobre antigas ruínas, incorporando à sua estrutura moderna os imponentes templos e praças da clássica civilização helênica, como o Partenon, templo dedicado à deusa Atena, na velha cidade alta (Acrópole). Essa mistura única de antigo e moderno atrai visitantes ansiosos por explorar o berço da democracia e caminhar pelas praças onde Sócrates e Platão estabeleceram as bases da filosofia.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/109364-7-fatos-sobre-a-acropole-de-athenas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 fatos sobre a Acrópole de Atenas</a></li></ul><h2>4. Cidade do México, México</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/15/15155154518016.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Antiga cidade sagrada dos astecas, Ciudad de México é uma das capitais mais prósperas do mundo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em uma área metropolitana com mais de 21 milhões de habitantes, a Cidade do México foi construída sobre as ruínas da antiga capital asteca, Tenochtitlán. Sob suas avenidas movimentadíssimas e arranha-céus imponentes, vestígios do passado pré-hispânico estão presentes, como o Templo Maior, da civilização asteca, e a Zona Arqueológica de Cholula, onde os visitantes podem ver as ruínas da maior pirâmide do mundo.<h2>3. Roma, Itália</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/15/15153533591013.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Mercados efervescentes e ruínas centenárias moldam a Cidade Eterna. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Chamada de "Cidade Eterna", Roma é uma das cidades mais procuradas por turistas. Mas poucos sabem que, por baixo da sua modernidade vibrante, estão pelo menos 90% da cidade antiga, fundada em 753 a.C. E são essas estruturas milenares, como o Coliseu (arena que sediou competições de gladiadores) e o antigo Fórum Romano, que ligam a Roma moderna à sua grandeza histórica.<h2>2. Cairo, Egito</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/15/15114412540010.jpg" alt="xc. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>As relíquias de Tutancâmon estão no Museu Egípcio. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Maior cidade do mundo árabe, o Cairo é um metrópole movimentada, com mais de 10 milhões de habitantes. No entanto, a apenas meia hora do centro da cidade, dependendo do tráfego, fica o Planalto de Gizé, lar das famosas pirâmides (a grande de Quéops, e as de Quéfren e Miquerinos), sem contar a Grande Esfinge. No Museu Egípcio, podem ser encontrados mais tesouros milenares, que incluem as icônicas relíquias de Tutancâmon.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128865-voce-sabia-que-tutancamon-tinha-pe-torto-e-seus-pais-eram-irmaos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Você sabia que Tutancâmon tinha pé torto e seus pais eram irmãos?</a></li></ul><h2>1. Xi'an, China</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/15/15112226435008.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O Exército de Terracota é considerado a maior descoberta arqueológica do século 20. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Uma das quatro grandes capitais da China, Xi'an é uma cidade com mais de 3 mil anos de história, tendo sido o principal ponto de partida &nbsp;da Rota da Seda, que conectou o país ao resto do mundo. Mas sua maior atração turística está em museu subterrâneo: o Exército de Terracota, com milhares de soldados de barro em tamanho real criados há mais de dois milênios para proteger o túmulo do imperador Qin Shi Huang.&nbsp;

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5 cidades atuais que foram construídas sobre ruínas antigas

A ideia de ter um túmulo comum para homenagear todos os combatentes cujos corpos não retornaram do campo de batalha teve uma inspiração singela.

Uma verdadeira instituição nacional em vários países do mundo, o Túmulo do Soldado Desconhecido é um memorial dedicado a homenagear os soldados mortos em serviço militar cujas identidades não puderam ser determinadas.&nbsp;Geralmente, há uma data no ano em que as famílias dos soldados mortos, cujos corpos não foram recuperados, participam de cerimônias nesses locais, como o Remembrance Day no Reino Unido e em países da Commonwealth; o Memorial Day nos EUA; e o Dia da Vitória, na Rússia.&nbsp;<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125461-como-era-a-vida-dos-soldados-nas-trincheiras-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como era a vida dos soldados nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial?</a></li></ul>Pouca gente sabe, no entanto, que essa bela e merecida homenagem começou logo depois da Primeira Guerra Mundial. Durante o conflito, entre 1914 e 1918, a França perdeu um milhão e meio de homens na terrível "guerra de trincheiras". Desse total, cerca de 400 mil combatentes não foram sepultados, pois seus corpos ficaram enterrados sob a lama e estilhaços dos campos de batalha.<h2>Como surgiu a ideia de se criar um Túmulo do Soldado Desconhecido?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14170719973243.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Nos EUA, o Memorial Day é comemorado na última segunda-feira de maio. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Esperando seus entes queridos, que jamais voltaram, tudo o que várias famílias recebiam era só uma comunicação oficial do governo, informando que seu parente estava "desparecido" ou "desaparecido, dado como morto". Sem ter um fechamento digno para o ato de patriotismo dos combatentes, muitas famílias se recusavam a aceitar o seu familiar como morto.Foi na tentativa de se tentar aliviar a dor de tantas famílias angustiadas por estas mortes violentas, que surgiu a ideia de um túmulo do soldado desconhecido. O túmulo único, nesse caso, serviria como o receptáculo simbólico de todos os que morreram sem ter uma sepultura individual.&nbsp;Segundo o jornalista da BBC, Mario Cacciottolo, a ideia original desse monumento veio em 1916, de um pastor inglês que lutava na Frente Oriental durante a Primeira Guerra Mundial. Ele se inspirou em um sepultura rudimentar em um jardim na comuna francesa de Armentieres, cujo epitáfio dizia: "Um soldado britânico desconhecido".<h2>O primeiro Túmulo do Soldado Desconhecido</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14174413560261.jpg" alt="O túmulo do soldado desconhecido, trazido da França, na Abadia de Westminster. (Fonte: Westminster Abbey Library/Reprodução)"><figcaption>O túmulo do soldado desconhecido, trazido da França, na Abadia de Westminster. (Fonte: Westminster Abbey Library/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A implementação efetiva do Túmulo do Soldado Desconhecido só ocorreu em 1920, quando o reverendo David Railton propôs ao capelão da Abadia de Westminster, na Inglaterra, a construção de um túmulo especial que representasse todos os soldados mortos em batalha e não sepultados.&nbsp;A proposta foi que esse memorial ficasse junto aos túmulos dos reis e estadistas da importante igreja londrina.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/caso-resolvido-corpo-de-soldado-da-primeira-guerra-mundial-e-enfim-identificado" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Caso resolvido, corpo de soldado da Primeira Guerra Mundial é, enfim, identificado</a></li></ul>Para que o túmulo tivesse um corpo real, o Exército Britânico mandou exumar quatro corpos dos campos de concentração de Aisne, Somme, Arras (na França) e Ypres (na Bélgica). Transferidos para a capela de Saint Paul, os corpos foram submetidos ao escrutínio do brigadeiro-general LJ Wyatt, que escolheu um deles&nbsp;(de olhos vendados) para ser sepultado na abadia.

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O que é o Túmulo do Soldado Desconhecido? Como essa ideia surgiu?

Personagem da saga do rei da Noruega, Well-man foi um homem jogado no poço para poluir a água da população.

As sagas nórdicas são formas de literatura medieval escandinava que funcionam como registros históricos e genealógicos, sendo geralmente narradas em prosa. No entanto, como foram escritas séculos depois dos eventos, são construídas com base em tradições orais, manuscritos perdidos e uma certa dose de licença poética.Em um estudo recente, pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia em Trondheim, usaram material genético extraído de um dente preservado para fazer um estudo de DNA do personagem-chave da Sverris Saga. Esse relato diz respeito ao rei norueguês Sverre Sigurdsson (1151–1202 d.C.) e o protagonista na história é conhecido como Well-man (Homem do Poço).<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/127521-cadaver-se-torna-mumia-naturalmente-em-16-dias-e-intriga-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cadáver se torna múmia naturalmente em 16 dias e intriga cientistas</a></li></ul>A saga conta que, enquanto o rei Sverre passava o inverno na cidade de Bergen, em 1197 d.C., seus inimigos “Baglers” católicos romanos invadiram seu Castelo de Sverresborg em Trondheim e jogaram o corpo de um homem no poço, para tentar envenenar a água da população. Essa “arma biológica” era o Well-man.<h2>Análise genômica do Well-man</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/06/06144841529209.jpg" alt="Escavando ossos no poço. (Fonte: Instituto Norueguês de Investigação do Patrimônio Cultural/Divulgação)"><figcaption>Escavando ossos no poço do castelo. (Fonte: Instituto Norueguês de Investigação do Patrimônio Cultural/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Em 1938, os restos mortais do Well-man foram encontrados no antigo poço do castelo. A datação por radiocarbono confirmou que o corpo tem cerca de 900 anos, e estudos feitos entre 2014 e 2016 mostraram que se tratava de um homem entre 30 e 40 anos na época da morte.Coautor do estudo, publicado na revista iScience, o professor Michael D. Martin, do Museu Universitário da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, afirma em um comunicado de imprensa que esta é a primeira vez que um personagem histórico descrito em uma saga foi realmente localizado.Para sequenciar o genoma do Well-man, o primeiro autor do artigo, Martin Rene Ellegaard, usou amostras de um dente do esqueleto. A análise mostrou que ele provavelmente tinha olhos azuis e cabelos loiros ou castanhos claros, e também que seus ancestrais vinham da região sul da Noruega.<h2>Limitações da pesquisa do Well-man</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/06/06145715834216.jpg" alt="x. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>A saga de Sverre foi escrita pelo abade Karl Jonsson . (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para fazer a amostragem do genoma do esqueleto, a equipe teve que remover a superfície externa do dente, o que invalidou a amostra para uso em testes posteriores. O procedimento também impediu a obtenção de dados sobre eventuais organismos patogênicos nos restos mortais.Foi uma escolha difícil, comenta Ellegaard em um release, pois tiveram que ponderar entre eliminar os riscos de uma possível contaminação ou preservar ao máximo a integridade da amostra original. "Temos que considerar que tipo de testes estamos fazendo agora, porque isso limitará o que podemos fazer no futuro", explica o pesquisador.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124708-5-mitos-nordicos-que-ainda-ressoam-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 mitos nórdicos que ainda ressoam hoje</a></li></ul>Esse tipo de análise de genoma antigo só foi possível, segundo os pesquisadores, pela disponibilidade de um grande banco de dados genéticos de referência atuais fornecidos pela deCODE Genetics da Islândia. "Quanto mais genomas antigos sequenciarmos e quanto mais indivíduos modernos sequenciarmos, melhor será a análise no futuro", conclui Ellegaard.

Jorge Marin