Estilo de vida
23/07/2018 às 14:01•2 min de leitura
Vira e mexe a gente fica sabendo do lançamento de foguetes levando astronautas e suprimentos até a Estação Espacial Internacional. Mas, você deve se lembrar de que, até recentemente, esse transporte era realizado por meio dos ônibus espaciais — os famosos “shuttles” que iam e vinham do espaço.
O programa administrado pela NASA fez seu último voo no dia 8 de julho de 2011, depois de 30 anos de missões, e a frota de ônibus foi aposentada e hoje se encontra em exposição em diversos museus e instituições espalhados pelos Estados Unidos.
No entanto, tem uma galera que sente saudades da época em que os ônibus espaciais faziam suas viagens espaciais — e um usuário do Instagram (m3murray) compartilhou um impressionante vídeo mostrando o lançamento de um shuttle. Aliás, você tem noção do empuxo necessário para tirar um daqueles ônibus do chão? Assista a seguir:
Só para você ter uma ideia, um shuttle tipicamente pesava mais de 2 milhões de quilos e, para que esses veículos saíssem da base de lançamento e pudessem voltar do espaço, eles contavam com a ajuda de dois foguetes auxiliares, contendo combustível sólido, e um taque de combustível externo — que é o “tubão” laranja que você viu no vídeo —, além de três motores principais, montados na fuselagem do ônibus, e dois sistemas de manobra orbital.
De acordo com Craig Freudenrich, do site How Stuff Works, os foguetes auxiliares eram os que ofereciam o maior empuxo no momento do lançamento, contribuindo com 71% da força necessária para que os ônibus decolassem. Já os motores principais eram responsáveis por aportar os demais 29% de empuxo, enquanto que o tanque principal — o laranjão — carregava o combustível necessário para que a viagem acontecesse.
Um dos shuttles da NASA (ESA/NASA)
Esse tanque principal, que mediam 48 metros de comprimento e 8,4 m de diâmetro, podia carregar quase 720 mil de quilos de combustível — ou um volume equivalente a 2 milhões de litros, mais ou menos, de nitrogênio e oxigênio líquidos, a uma proporção de 6:1. Voltando aos motores principais, eles geravam entre 375 mil e 470 mil libras de empuxo, enquanto, que os foguetes auxiliares geravam mais de 5 milhões de libras simultaneamente.
Os sistemas de manobra orbital, por sua vez, eram usados para alterar a órbita dos shuttles e durante as manobras de reentrada na atmosfera, e podiam gerar até 6 mil libras de empuxo cada um. O mais impressionante é que esse volumoso, pesado e poderoso conjunto de tecnologias levavam apenas 8,5 minutos para levar os ônibus espaciais até órbitas entre os 185 e 643 quilômetros de altitude — e velocidades nessa faixa de quase 30 mil km/h.
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