
Ciência
03/07/2019 às 08:00•1 min de leitura
Agora uma notícia que vai fazer você subir pelos móveis: as baratas estão comprovadamente cada vez mais difíceis de serem exterminadas. É o que aponta uma pesquisa da Universidade de Purdue, que identificou a resistência a certos tipos de inseticidas em baratas alemãs (espécie mais comum do inseto). Isso significa, que a longa exposição das baratas a venenos fez com que a espécie evoluísse e se torna-se resistente.
Para realizar a pesquisa, os cientistas analisaram diferentes apartamentos e prédios de Danville (Illinois), e em Indianapolis (Indiana), ao longo de seis meses. Nos locais, eles dividiram as baratas em três grupos. O primeiro grupo foi exposto a um único tipo de inseticida; o segundo recebeu dois tipos de venenos; e o último recebeu dosagens alternadas dos três tipos de pesticidas. Além disso, para estudar os efeitos dos produtos aplicados em gerações mais novas, os pesquisadores levaram algumas baratas de volta para o laboratório (após a aplicação do veneno ) e deixaram ela em contato com outras baratas.
Foto: Getty Images/Reprodução 10 Daily
Na maior parte dos casos, ou a população se manteve estável ou se multiplicou, mostrando a ineficácia dos produtos.
Segundo o especialista da Universidade de Sydney, Bryce Peters, a resistência das baratas pode ser explicada pelo seu incrível poder de reprodução. "As baratas têm um ciclo de vida realmente rápido e nas condições certas podem produzir cerca de 400.000 descendentes por ano", disse.
A pesquisa mostrou ainda que as baratas filhotes também se mostraram resistentes a classes de pesticidas a que nem haviam sido expostas, o que comprova a evolução e resistência da espécie.
Foto: Getty Images/Reprodução 10 Daily
Parece que a lenda urbana que diz que apenas uma barata é capaz de sobreviver a um acidente nuclear pode se provar verdadeira, ein? Mas muita calma. A pesquisa poderá ser utilizada para o desenvolvimento de novos produtos que consigam evitar o domínio do mundo pelas baratas.