Estilo de vida
24/09/2019 às 14:00•1 min de leitura
A grande dúvida de todos os brasileiros após um novo episódio de queda de barragens, como os acontecimentos de Minas Gerais em Mariana e Brumadinho, são sobre as ferramentas que poderiam ter sido utilizadas para monitorar e prevenir os episódios. Em resposta à essa preocupação, um grupo de cientistas criou um novo projeto no Observatório Nacional que visa monitorar o mais minuciosamente possível toda a estrutura de barragens ao longo do tempo.
Segundo a equipe, o projeto prevê o uso de sensores em toda a extensão de uma barragem, de modo bidimensional e tridimensional, possibilitando o monitoramento até mesmo em 4D — o que leva em consideração o tempo, além da parte física. Com a medida, a estrutura e suas eventuais alterações em virtude, por exemplo, de vazamento de líquidos, poderão automaticamente emitir alertas a uma base de monitoramento para que medidas sejam tomadas muito antes de causar problemas ainda mais alarmantes.
Embora conter esse tipo de estrutura continue sendo um desafio, o geofísico líder do projeto, Emanuele La Terra, ressalta a importância da criação de meios de monitorar com maior frequência e detalhes: “É bom lembrar que essas falhas costumam estar associadas à ausência ou mal funcionamento dos dispositivos de monitoramento”, reforça La Terra. O projeto segue em desenvolvimento e seus próximos testes deverão ser realizados no país em barragens e minérios e rejeitos – seu grande foco para salvar novas vidas.