Arrokoth, o planeta mais distante de nós já explorado

25/11/2019 às 11:002 min de leitura

O planeta mais distante que se tem notícia foi alcançado pela New Horizons, da NASA, ainda no dia 1º de janeiro. Ele foi encontrado no Cinturão de Kuiper e se trata de um pequeno objeto remoto. Mas agora, ele ganhou um nome totalmente novo e a alcunha escolhida tem um grande peso histórico e cultural para os norte-americanos: Arrokoth.

O nome, que foi submetido à União Astronômica Internacional e ao Minor Planet Center, é um termo nativo americano que significa céu na língua powhatan. Antes de submetê-lo, a New Horizons teve o consentimento dos anciãos e representantes tribais de Powhatan. O nome oficial foi anunciado em uma cerimônia na sede da NASA, na capital americana.

A diretora da Divisão de Ciência Planetária da NASA, Lori Glaze, vê o nome como um presente do povo Powhatan e destaca a importância e força que carrega. “Atribuir o nome Arrokoth significa a força e resistência do povo algonquiano indígena da região de Chesapeake. Sua herança continua a ser uma luz orientadora para todos que buscam significado e compreensão das origens do universo e da conexão celestial da humanidade”, ressaltou.

Arrokoth é comporto por dois planetesimais. (Fonte: NASA)

Arrokoth tem 36 quilômetros de comprimento e é composto por dois planetesimais que se fundiram de forma bastante peculiar. O planeta orbita o Sol a cada 298 anos e foi encontrado pela New Horizons quando estava a 6,49 bilhões de quilômetros do astro. Este é o sobrevoo planetário mais distante da história, recorde que deve durar décadas.

Para Alan Stern, pesquisador principal da New Horizons do Southwesr Research Institute em Boulder, Colorado, o nome Arrokoth reflete a inspiração de olhar o céu e pensar sobre as estrelas e os mundos além do nosso. “Esse desejo de aprender está no centro da missão New Horizons, e estamos honrados em nos unir à comunidade Powhatan e ao povo de Maryland nesta celebração da descoberta”, disse.

O planeta Arrokoth foi descoberto em 2014 por Marc Buie e, de acordo com as convenções de nomenclatura da IAU, a equipe responsável pela descoberta tem o direito de escolher o nome do objeto. A escolha foi para associar esse “planeta” à linguagem dos povos nativos que habitavam Maryland, base de operação do Telescópio Espacial Hubble e da New Horizons.

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