Ciência
27/11/2019 às 10:00•1 min de leitura
Uma mulher brasileira de 73 anos de idade recebeu um diagnóstico de câncer de pulmão após examinarem suas mãos, que tinham uma textura como se elas fossem de "veludo".
A mulher, cujo nome não foi revelado, havia ido até uma clínica de dermatologia para solucionar a coceira e dor que sentia nas mãos. Segundo consta, havia nove meses que ela apresentava os tais sintomas nas palmas das mãos. Foi durante a análise das mãos da idosa que notaram a textura "aveludada" e que as linhas delas eram mais escuras que o normal.
Essas características ocorrem por conta de uma condição muito rara, que recebe o nome de queratodermia palmoplantar.
A queratodermia plantar nada mais é do que uma doença cuja característica é o espessamento incomum das palmas das mãos ou então das solas dos pés. Em outras palavras, essas duas regiões do corpo, em decorrência dessa condição, ficam mais grossas que o normal.
Trata-se de uma condição super rara. Segundo a DermNet NZ, uma instituição que efetua estudos e pesquisas sobre a pele, 90% dos casos nos quais a queratodermia ocorre são em pacientes com câncer de pulmão ou de estômago. Essa mazela pode sumir, ao se findar o tratamento dos tumores, em 1/3 dos casos.
Determinados pesquisadores acreditam que o câncer de pulmão pode acabar incentivando uma produção celular excessiva nas palmas das mãos. Contudo, essa hipótese ainda não foi comprovada cientificamente.
A senhora de 73 anos fumava um maço de cigarro por dia, há 30 anos já. Como se sabe, o consumo de cigarro é a principal causa de tumores malignos no pulmão.
Além disso, a mulher das "mãos de veludo" fez quimioterapia e radioterapia, mas mesmo assim a doença não recuou. Ela também não apresentou nenhuma melhora nas palmas das mãos, mesmo tendo aplicado uma pomada apropriada.
Ao que tudo indica, ela iniciará uma nova rodada de quimioterapia, com outros medicamentos.