Artes/cultura
10/01/2020 às 07:00•1 min de leitura
Imagine o choque de passar por um transplante para salvar sua vida e depois descobrir que seu DNA foi substituído com o do doador? Foi o que aconteceu com Chris Long, xerife de Washoe, em Nevada.
Long tinha leucemia mieloide aguda e síndromes mielodisplásicas e precisava de um transplante de medula óssea. Felizmente, ele conseguiu um doador - um homem da Alemanha que nunca conheceu, e apenas trocou algumas mensagens antes da cirurgia. Mas o xerife não sabia que iria adquirir mais do que uma medula óssea alemã.
Quando seus colegas descobriram que ele tinha feito um transplante, decidiram testar seu DNA para ver quais foram as mudanças, e o resultado foi surpreendente.
Apenas três meses após a cirurgia, todo o DNA no sangue dele havida mudado. Após quatro anos, uma comparação usando amostras de antes e depois do procedimento comprovaram que suas informações genéticas seminais eram iguais ao do doador, assim como partes de seus lábios e bochechas. Long se transformou basicamente em uma quimera, ou seja, ele tem dois conjuntos de informação genética.
Essa transformação chegou até a ser tópico em uma conferência internacional de ciência forense, levantando a dúvida: será que uma quimera poderia cometer um crime e enganar a investigação? A resposta para essa pergunta ainda precisa de mais estudos científicos.
Long afirmou não sentir nenhuma mudança e que está muito feliz em estar vivo. O xerife planeja viajar para Alemanha em breve e agradecer pessoalmente o seu doador.