Estilo de vida
13/01/2020 às 13:00•1 min de leitura
A doença celíaca é uma condição incomum, mas se não for tratada pode causar uma série de problemas digestivos e danos ao intestino delgado. Sabemos que pode ocorrer por predisposição genética e ter gatilhos relacionados a fatores ambientais, mas muitas perguntas sobre ela permanecem sem explicação. Agora, os cientistas identificaram que certas bactérias podem estar por trás desse mal.
Quem sofre de doença celíaca não tolera glúten, que são proteínas encontradas em grãos de cereais como trigo e cevada. O sistema imunológico identifica a proteína como uma ameaça, produzindo uma reposta inflamatória no intestino delgado. Os sintomas incluem dores de estômago, inchaço, diarréia, fadiga e anemia por deficiência de ferro, entre outros. Por isso, os afetados não podem comer pão, bolos, doces convencionais e nem cerveja.
Uma equipe de cientistas australianos realizou recentemente um estudo cujos resultados foram publicos na Nature Structural and Molecular Biology. Ao isolarem os receptores de células T (uma célula imune) de pacientes celíacos, perceberam que era possível reconhecer fragmentos de proteínas de certas bactérias.
Quando o sistema imunológico entra em contato com um patógeno, como as bactérias, ele o memoriza, para se proteger de futuras invasões. O que é muito interessante sobre as proteínas bacterianas analisadas é que elas se assemlham a fragementos de proteínas de glúten.
Ou seja, pessoas que possuem predisposição para o mal celíaco provavelmente entraram em contato com esse tipo de bactéria, então quando consomem glúten, o sistema imunológico acredita estar sob ataque e começa a revidar.
Ainda é cedo para afirmar com toda certeza, e nem todos os casos da doença estão conectados a esses pequenos micróbios. Mas os pesquisadores esperam que o estudo possa contribuir para técnicas de diagnósticos e tratamentos melhores no futuro. Diagnosticar esse mal rapidamente é essencial, pois evita danos ao sistema digestivo que podem prejudicar a saúde de uma pessoa. Lembrando sempre, caso desconfie que você possa sofrer dessa condição, consulte um médico.