Ciência
21/01/2020 às 12:00•1 min de leitura
Um estudo da Universidade de Turku, na Finlândia, registrou 15 novas espécies da vespa parasitoide, um animal ainda bastante desconhecido, mesmo com comportamento tão peculiar. Todas as amostras que foram descobertas recentemente são provenientes das florestas tropicais da Amazônia e das florestas nubladas dos Andes.
Pertencentes ao gênero Acrotaphus, são caracterizadas por serem vespas de corpo fino e colorido. O estudo conta com o auxílio do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), do Brasil, para somar ao corpo de pesquisa da Universidade de Turku. A descoberta de mais 15 espécies é inovadora, tendo em vista que até então eram listadas apenas 11, e serve para entender melhor a vespa parasitoide, assim como a evolução pela qual os insetos estão passando.
O processo começa quando uma vespa fêmea encontra uma aranha e a paralisa com seu veneno. Nesse momento, ela deposita apenas um ovo no aracnídeo que, após um tempo, eclode e dá origem a uma larva que já nasce no corpo do seu hospedeiro.
Feito isso, a vespa parasitoide se torna, efetivamente, capaz de controlar a aranha como se ela fosse um zumbi, pois toma de conta do sistema nervoso do animal. No período que antecede a morte do hospedeiro, a vespa consegue até mesmo comandar o processo de construção da teia de aranha.
A vespa se aproveita disso para fazer com que a aranha crie teias que protejam suas pupas de possíveis predadores, guardando-as em segurança. Depois de um tempo o hospedeiro morre e o parasita, enfim, se separa.
Esse parasitoide, inclusive, só usa aranhas como corpo hospedeiro, um fato que ainda deixa os cientistas intrigados, mas que pode ser melhor analisado com as novas espécies de vespas descobertas.
The beauty of parasitic birth! ??
— Vannie Bugg (@Vannie_Bugg) January 12, 2020
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