Saúde/bem-estar
12/02/2020 às 07:00•1 min de leitura
O que se sabia até então era de que as antigas populações humanas tinham aparecido por último no continente americano, após passarem pelo Estreito de Bering. Mas com a nova descoberta, essa história pode não ser tão verdadeira: no México, quatro crânios foram encontrados, mais precisamente no subsolo de um sistema de cavernas no estado de Quintana Roo.
Os achados são datados entre 9 mil e 13 mil anos, e o estudo completo sobre eles foi publicado na revista científica PLOS ONE. Alguns dos crânios não estavam completos, fazendo com que os pesquisadores pudessem analisar apenas os seus restos.
"Sempre imaginamos que o que aconteceu na América do Sul também ocorreu na América do Norte. Agora, precisamos revisar isso", conta Mark Hubbe, professor antropologia na Universidade Estadual de Ohio.
A nova descobra coloca em cheque informações importantes sobre esses ancestrais, como as rotas que fizeram em todo o continente americano e até mesmo das suas origens biológicas.
De acordo com dados genômicos, os nativos americanos de todo o continente descendem de um mesmo grupo migratório vindo da Ásia. Entretanto, é provavél que os grupos formados na América do Sul e América do Norte sejam bastante distintos entre si. Inclusive, até mesmo os quatro crânios encontrados no México não eram parecidos entre si.
Um fato bastante curioso é que o crânio mais antigo do grupo se parece bastante com os grupos modernos que moram na Groelândia e Alaska. Já o segundo exemplar, mais antigo, se assemelha aos europeus da atualidade.
Os pesquisadores afirmam que apenas quatro crânios não são um número grande de amostras, e que por isso pode não representar com exatidão as populações que viviam em seu tempo. De qualquer forma, as revelações encontradas são importantes e levantarão longos debates sobre a chegada do homem nas Américas.