Hubble revela morte de estrelas no interior de nebulosas

22/06/2020 às 14:302 min de leitura

Estrelas devoradas pelas companheiras, ejetando gás quente em sua agonia: é esse cenário de morte e destruição que o telescópio espacial Hubble revelou à equipe do astrofísico do Rochester Institute of Technology (RIT) Joel Kastner, ao examinar duas nebulosas próximas (a NGC 6302 e a NGC 7027) no espectro infravermelho próximo

"As imagens fornecem a visão mais abrangente até agora dessas duas nebulosas espetaculares", diz Kastner, principal autor do estudo publicado agora na revista Galaxies.

No sistema estelar binário no interior da nebulosa NGC 6302, a estrela de menor massa está sendo absorvida pela companheira, uma gigante vermelha, ejetando em sua agonia gás aquecido a 20.000°C. Esse processo aparece nas imagens captadas no espectro infravermelho próximo pelo Hubble como um “S”,  causado pelo emissão de átomos de ferro ionizados. 

A Nebulosa da Borboleta: asas formadas por gás incandescente.A Nebulosa da Borboleta: asas formadas por gás incandescente.

Raridade em nebulosas

"Isso é observado em remanescentes de supernovas, núcleos galácticos ativos e estrelas recém-nascidas, mas é muito raro detectar esse padrão em nebulosas”, explica o astrônomo da Universidade de Washington em Seattle Bruce Balick, coautor do estudo.

"O fato de a emissão de ferro se dar em direções opostas implica que sua fonte oscila com o tempo, como um pião que está prestes a cair. Esse é outro sinal revelador da presença de um companheiro estelar binário", complementa Kastner.

Morte silenciosa

A nebulosa NGC 7027 também está emitindo átomos de ferro ionizados e, silenciosamente, dobrando sua massa e mudando de forma e de estrutura. "Algo deu muito errado em seu centro, com material sendo disparado em direções específicas", explica o astrofísico do RIT.

A Nebulosa conhecida como "Joia do Inseto" está mudando de forma há séculos.A Nebulosa conhecida como "Joia do Inseto" está mudando de forma há séculos.

As novas imagens são semelhantes às captadas pelo Observatório de Raios-X Chandra da NASA em 2000 e 2014 pela equipe do astrofísico Rodolfo Montez Jr. "Essa nebulosa é um ótimo exemplo do que acontece quando uma gigante vermelha engole sua companheira", disse Montez Jr.

A nebulosa NGC 7027 e sua bolha de gás de 3.000.000°C, fotografada pelo Observatório de Raio X Chandra.A nebulosa NGC 7027 e sua bolha de gás de 3.000.000°C, fotografada pelo Observatório de Raio X Chandra.

Hubble revela morte de estrelas no interior de nebulosas via TecMundo

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