Estilo de vida
29/06/2020 às 11:00•2 min de leitura
Em uma ação ultrarradical, o padre Sergei Romanov, com o apoio de seus fiéis e das forças armadas de Ecaterimburgo, cidade dos Distritos Urais, tomou posse de um mosteiro local, depondo a atual abadessa, Varvara, e ocupando o cargo de poder para espalhar sua palavra contra a pandemia e contra as atuais medidas sanitárias de lockdown e isolamento.
Em discurso publicado por companheiros, foi dito que as instituições religiosas russas perderam sua identidade e não são mais administradas por cidadãos de fé relacionados ao patriarcado, mas sim por médicos sanitários que estão "blasfemando contra o Espírito Santo" e "trabalhando com os precursores do anticristo", acusando-os de traidores da fé após a limitação de serviços prestados em templos religiosos.
Chegando a amaldiçoar os que acreditam no coronavírus e declarando que não há pandemia, o padre desafiou as autoridades, duvidando de sua capacidade de retirá-lo do atual poder no convento de Sredneuralsk. Segundo o padre, os combatentes do exército que estão lhe apoiando não dormem no templo, mas estão prontos para o conflito imediato caso sejam convocados. "Não vou a lugar algum... eles terão que me perseguir com a polícia e a Guarda Nacional", desafia Sergei.
“Não deve haver covardia em nossa fé. Deve haver determinação e amor em nossa fé. Nossa fé agora deve começar com o sofrimento. Um mundo moribundo pode ser salvo não pela diplomacia, mas pela determinação de sofrer. Somente o sofrimento pessoal ou outro pode abrir os olhos para a salvação", disse Sergei, em sermão. "A mídia liberal escreve que eu capturei o mosteiro. Soa estranho."
Com um passado sombrio e problemático, o padre chegou a passar, segundo fontes da imprensa, 13 anos preso por assassinato, até ter sua punição dada como encerrada e tornar-se um servo da religião. Impedido de pregar por conta de seus discursos calorosos e ultrarreacionários, o padre chegou a ser excomungado da Igreja Ortodoxa, sendo proibido, inclusive, de utilizar cruzes.
(Fonte: TASS/Reprodução)
Negacionista completo da atual pandemia, Sergei sempre tentou forçar os cidadãos a descumprir as recomendações e ordens sanitárias contra a covid-19, chegando a acusar o presidente Putin por supostamente instalar "chips de vigilância" nas pessoas para que testassem positivo para o coronavírus, que classifica como um complô "satânico e fascista".