Estilo de vida
16/09/2020 às 15:30•1 min de leitura
A recente descoberta de um possível sinal de vida em Vênus, anunciada por pesquisadores britânicos, americanos e japoneses, na última segunda-feira (14), já começou a despertar o interesse em relação ao planeta. Um dos países que pode retomar o envio de missões para lá, em breve, é a Rússia.
Durante um evento em Moscou, na terça-feira (15), o chefe da agência espacial russa Dmitry Rogozin chamou Vênus de “planeta russo”, referindo-se às missões lançadas pela então União Soviética (URSS) nas décadas de 1960, 1970 e 1980, com o objetivo de explorar nosso vizinho espacial.
O líder da Roscosmos também revelou que a instituição tem planos de voltar ao planeta, inclusive lançando uma missão independente, sem a participação de qualquer outro país. “Os cientistas estão analisando a viabilidade de uma missão exclusivamente russa”, comentou Rogozin, que ainda não descartou a reativação do projeto Venera D, uma antiga parceria com os Estados Unidos.
Vênus foi chamado de "planeta russo" pelo chefe da Roscosmos.
Apesar de animado com essa possível viagem, ele se manteve cético a respeito do anúncio da descoberta de fosfina em nuvens venusianas, que sugere a existência de vida na atmosfera: “A espaçonave russa coletou informações sobre o planeta e é um inferno lá”, contou Rogozin.
No início dos anos 1960, a URSS foi pioneira em lançar uma missão a Vênus. Aconteceram vários lançamentos até 1984, alguns deles com falhas e outros bem sucedidos.
As missões Venera 4 e Venera 7 foram as primeiras a pousar no planeta, em 1967 e 1970, respectivamente. Esta última ficou marcada pelo pouso bem-sucedido e o envio de dados à Terra durante pouco mais de 20 minutos, até não resistir mais ao clima hostil do lugar e parar de funcionar.
A NASA, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Japonesa (JAXA) também já se aventuraram por lá, mas sem a mesma ênfase dos soviéticos.
Rússia planeja retomar o envio de missões de exploração a Vênus via TecMundo