
Ciência
12/12/2020 às 15:00•2 min de leitura
Cientistas do MIT conseguiram captar de forma inédita as primeiras ondas sonoras derivadas de um fluido “perfeito”, capazes de apresentar informações sobre seu comportamento e particularidades.
Considerado raro na natureza, um fluido perfeito possui como característica o mínimo de atrito e viscosidade permitido pelas leis da mecânica quântica, que podem ser determinados através de equações baseadas na massa da partícula fermiônica (aglomerado de partículas férmion) média de que é feito e pela constante de Planck. Acredita-se que seja o comportamento dos núcleos das estrelas de nêutrons e da “sopa” do universo primitivo.
“É muito difícil ouvir uma estrela de nêutrons”, disse o professor Martin Zwierlein. “Mas agora você poderá imitá-la em um laboratório usando átomos, agitar aquela sopa atômica e ouvi-la, e saber como uma estrela de nêutrons soaria”.
Os estudos contaram com a colaboração de uma técnica conhecida como difusão sonora, que é a velocidade com que o som se dissipa em fluidos no estado gasoso, capaz de medir a viscosidade de materiais. As análises surpreenderam os cientistas, que descobriram uma relação estreita entre a difusão e o atrito ao procurarem ressonâncias acústicas.
“A qualidade das ressonâncias me diz muito sobre a viscosidade do fluido, ou difusividade do som”, disse Zwierlein. “Se um fluido tem baixa viscosidade, ele pode formar uma onda sonora muito forte e ser muito alto, se atingido na frequência certa. Se for um muito viscoso, então não tem nenhuma ressonância boa.”
O conhecimento sobre os férmions permitiram que os cientistas “fabricassem” um fluido ideal, no qual os blocos de construção de átomos pudessem colidir o máximo de vezes possível. Segundo o princípio de exclusão de Pauli, essas partículas não podem ocupar o mesmo espaço, então foi necessário congelá-las as temperaturas entre -273,15 ºC e -459,67 ºC.
Após isso, os estudos contaram com o apoio de uma forte intensidade de ondas de luz, que funcionaram como ponto de partida para uma reação em cadeia na qual as ondas sonoras passavam a ecoar através do gás, despertando o contato entre os férmions próximos.
“Descobrir qual é a resistência mais baixa que podemos ter de um gás nos diz o que pode acontecer com os elétrons nos materiais e como se pode fazer materiais nos quais eles possam fluir de maneira perfeita”, concluiu Zwierlein.
Transforme seus pratos e bebidas em um verdadeiro show de luzes com ingredientes simples e um pouco de ciência.
Dependendo de certas situações, o seu chocolate pode ficar um pouco esbranquiçado. Mas dá para comer mesmo assim.
Criado no século 18, o cianômetro uniu ciência e fascinação pelo céu.
Os cientistas ainda não entenderam totalmente por que alguns gatos são malhados e outros não.
A busca por alienígenas exige muita criatividade, já que a vida fora da Terra pode não se parecer em nada com a nossa.
Sob a vasta floresta da Amazônia, existe um rio subterrâneo que desafia as convenções e revela segredos das profundezas da Terra.
De acordo com a ciência, as jogadas com os dados seguem um padrão.
As montanha Candy Cane são feitas de xisto e outras rochas sedimentares que mudaram de cor com base no contato com a água de um antigo mar.
Onkalo é uma caverna subterrânea na ilha de Olkiluoto, preparada durante 15 anos para receber os resíduos nucleares das usinas da Finlândia durante 100 anos.