Saúde/bem-estar
09/06/2023 às 11:00•2 min de leitura
Os seres humanos são capazes de acreditar nas coisas mais bizarras. Há, inclusive, muitas ideias que já carregamos algum dia e que imaginávamos ter um fundo científico, quando, na verdade, eram apenas crendices.
Trazemos neste texto 4 crenças muito estranhas que talvez circulem até hoje.
(Fonte: Seu Amigo Farmacêutico)
A sangria é uma prática consiste em usar sanguessugas ou cortar partes do corpo para remover parte do sangue. Era uma prática médica muito comum até o fim do século XIX. Ela se sustentava na crença de que várias doenças seriam causadas pelo excesso de sangue no corpo - portanto, remover um pouco desse líquido curaria a enfermidade.
Apesar de ineficaz, a sangria foi extremamente popular. Só na França, 42 milhões de sanguessugas eram importadas a cada ano para realizar esse "trabalho". O procedimento era feito por barbeiros e outros profissionais, que usavam água com açúcar, leite e até o próprio sangue para fazer o bicho começar a sugar. Havia quem recebesse na pele até 100 sanguessugas de uma só vez!
(Fonte: Daily Mail)
O psicanalista Wilhelm Reich foi um psicanalista que defendia que a liberação sexual precisava ser priorizada pelo Ocidente. Segundo sua teoria, os orgasmos eram causados por uma energia misteriosa presente na atmosfera chamada "orgone", que seria a energia liberada por tudo que é vivo. Por isso, um bom orgasmo seria capaz de libertar uma pessoa, enquanto um mau poderia torná-lo prisioneiro da própria mente.
Como era austríaco e suas ideias não foram bem aceitas na Europa durante a década de 1930 e 1940, Reich fugiu para Nova York, onde desenvolveu um dispositivo chamado “Acumulador de Energia Orgone” que, segundo ele, era um dispositivo capaz de energizar uma pessoa com orgone. Ela consistia em uma caixa de madeira ou metal forrada com algodão e outros materiais orgânicos que acumulariam a energia.
Acontece que era então a década de 1950, e Reich foi acusado de ser um simpatizante do comunismo. Ele foi proibido de comercializar a sua invenção, mas violou a ordem e foi enviado para a prisão federal, onde morreu abruptamente em 1957.
(Fonte: The Reader)
Ainda no campo da sexualidade, até o início do século XX, havia uma crença médica de que as mulheres não sentiam desejo sexual, ou que isso não tinha grande importância para a sua saúde mental e física. Os orgasmos femininos eram compreendidos como problemáticos: mulheres que só chegavam ao clímax por meio da estimulação do clitóris poderiam se tornar psicóticas. Essa ideia foi endossada pelo próprio doutor Sigmund Freud!
As mulheres que não tinham orgasmos vaginais seriam desequilibradas e teriam algum tipo de problema mental, a chamada "histeria". Para resolver esse problema, os médicos (certamente, todos homens) desenvolveram métodos para tratar a "doença".
É neste contexto que o vibrador foi inventado, para que as pacientes fossem estimuladas ao experimentar o verdadeiro desejo sexual. Obviamente, esta era uma ideia completamente equivocada e que resumia as mulheres a receptáculos da anatomia masculina.
(Fonte: Pinterest)
Todos os avanços tecnológicos costumam gerar temor, e isto é até compreensível. Mas alguns medos que já circularam foram realmente bizarros.
A criação das locomotivas, no fim do século XIX, é um exemplo de invenção que criou um certo pânico. Temia-se que a velocidade delas (de até 80 km por hora) pudesse causar consequências horríveis, como fazer com que os úteros das mulheres saltassem para fora de seus corpos. Por isso, os médicos recomendavam muita cautela ao "sexo frágil" caso optasse por viajar em alta velocidade.
O medo ia além da questão de gênero, e todos os viajantes de trem estariam expostos a riscos. Por isso, recomendava que os passageiros não usassem o transporte com muita frequência, pois isso poderia causar desequilíbrios e até provocar a loucura.