5 materiais inusitados que podem ser usados para fazer papel

28/04/2024 às 15:003 min de leituraAtualizado em 28/04/2024 às 15:00

O avanço das tecnologias, acompanhado de maior consciência a respeito de práticas sustentáveis, tornou evidente a importância de diminuir o uso de papel. Essa lógica implica, como consequência, em derrubar menos árvores para fabricar o material.

Produzir papel é uma arte milenar, cujos métodos seguem vivos fora da indústria, e têm sido aprimorados por iniciativas que buscam transformar o mundo, diminuindo o desperdício e o uso de recursos.

Com propostas únicas e inusitadas para evitar o desmatamento e oferecer alternativas ao método tradicional de fabricação, o futuro da produção de papel pode estar a poucos passos, alguns bem estranhos, de ser modificada.

1. Estrume de elefante

(Fonte: Unsplash)
O cocô dos elefantes pode gerar um bom papel. (Fonte: Unsplash/Reprodução)

Um dos métodos mais inusitados de produção alternativa de papel é o que utiliza estrume de elefante. Apesar de estranho, ele é extremamente sustentável, bem como contribui para a preservação do animal ao acrescentar valor agregado a ele.

O processo transforma as fibras presentes nas fezes em material vegetal rico, que resulta em um papel texturizado de qualidade. O esterco é fervido para quebrar as fibras, que são misturadas com fibras não lenhosas para criar a polpa que virará papel – inodoro e durável.

2. Fibra de bananeira

(Fonte: Unsplash)
A bananeira é uma boa fonte para um papel sustentável. (Fonte: Unsplash/Reprodução)

Além de oferecer um fruto delicioso, a bananeira é matéria-prima para a fabricação de papel sustentável. Tornando-se uma opção de destino para esse subproduto agrícola, ele também contribui na redução do desperdício ambiental.

O papel feito da fibra de bananeira é durável e possui uma textura diferenciada, sendo requisitado para artigos de papelaria artesanal e artesanato ecológico. A fabricação envolve a colheita das fibras, que são fervidas, despolpadas e processadas de maneira semelhante aos métodos tradicionais.

3. Jeans usados

(Fonte: Unsplash)
Seus jeans velhos podem em breve se tornar uma folha de papel. (Fonte: Unsplash/Reprodução)

Já imaginou aquele seu jeans surrado e velho virar uma folha de papel? Enquanto o universo da moda transformou esse tecido em um símbolo de estilo e durabilidade, pesquisadores viram nele uma nova possibilidade: transformar suas fibras em um papel ecológico. A transformação do jeans em papel envolve a quebra das fibras de algodão por meio de um processo de polpação semelhante ao método convencional.

O resultado é um papel com textura única, muito forte, cujo destino ideal são cadernos e projetos artesanais. Além de auxiliar ao menor uso de árvores, o papel feito desse material é um exemplo da moda circular, que evite o desperdício têxtil.

4. Fibra de cânhamo

(Fonte: Unsplash)
O cânhamo tem fibras que podem ser usadas para criar papel. (Fonte: Unsplash/Reprodução)

Primo da maconha, o cânhamo é uma planta muito útil quando o assunto é produzir papel sustentável. Ao longo da história humana, suas fibras já foram utilizadas para produzir cabos marítimos, por exemplo, devido ao seu caráter duradouro.

Entre suas principais características, o papel produzido a partir da fibra do cânhamo é resistente, de rápida fabricação e baixo impacto ao planeta. Ainda por cima, como o cultivo e processamento de cânhamo é rápido e requer menos água, ajuda na preservação da qualidade do solo, tornando-o modelo para práticas de agricultura sustentável.

Outra característica do papel de cânhamo é que ele não amarela ao envelhecer, sendo uma boa opção para impressão de arquivos e livros.

5. Copos de café

(Fonte: Unsplash)
Os copos de café para viagem podem ser reciclados para fazer papel. (Fonte: Unsplash/Reprodução)

Em quase toda grande cidade é possível encontrar aqueles cafés para viagem. Se o líquido é muito apreciado, o problema resulta da quantidade de copos que vão parar no lixo – e outros tantos que ficam pelas ruas e calçadas. Tendo isso em mente, pesquisadores desenvolveram um papel feito a partir desses copos, usando um método inovador.

A produção envolve separar o papel presente no copo de seu revestimento plástico, para dar novo uso às fibras. Após coletados, eles são triturados e submetidos ao processo de despolpamento, onde as fibras de papel são extraídas. Na sequência, elas são limpas, branqueadas e transformadas em celulose, de modo a dar origem a novas resmas de papel.

Esse método de fabricação auxilia a diminuição do desmatamento, mas também reduz o desperdício e a poluição, sem contar a economia em recursos e energia empregados na produção tradicional de papel.

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