Inventário das tumbas de Mawangdui chega a 27 mil artefatos, diz China

28/08/2024 às 10:002 min de leituraAtualizado em 28/08/2024 às 10:00

Uma atualização do inventário dos artefatos desenterrados nas tumbas de Mawangdui, na China, considerados uma das maiores descobertas arqueológicas de todos os tempos, evoluiu de uma avaliação inicial de 3 mil peças na década de 1970, para 26.937 itens, segundo a emissora estatal chinesa CCTV.

Entre os artefatos catalogados inicialmente, diz a emissora, estavam 1.017 peças de laca, das quais 869 pareciam "muito bem conservadas". Já os artefatos têxteis incluem 24.490 peças, sendo 212 intactas, entre milhares de fragmentos de tecido. Foram também identificados 1.430 manuscritos de bambu e seda, envolvendo livros, pinturas em seda, tábuas de madeira e folhas de bambu.

As tumbas datam do século 2 a.C., e foram localizadas em Changsha, importante centro histórico e cultural no sul do país. O local ganhou notoriedade internacional em 1974, quando os pesquisadores abriram um caixão que continha um cadáver feminino sem nenhum sinal de decomposição. A múmia intacta foi atribuída à aristocrata Lady Xin Zhui, esposa do marquês de Dai, da dinastia Han.

O que foi contado nos relatórios anteriores?

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A múmia de Lady Xin Zhui é a relíquia mais famosa da coleção (Fonte: Museu de Hunan)

Os túmulos Mawangdui foram escavados entre 1972 e 1974, e seus relatórios inicias, divulgados em outubro de 1973 e, posteriormente, em julho de 2004. Ao todo, foram documentados mais de 3 mil artefatos nas tumbas. 

"No entanto, muitos elementos não foram contabilizados nesses primeiros relatórios, especialmente dos Túmulos 2 e 3", explica Yu Yanjiao, diretor do centro de pesquisa e exposição dos Túmulos de Mawangdui no Museu de Hunan, ao Diário do Povo.

Mesmo com as correções feitas em 2004 em relação ao relatório de 1973, que foi divulgado quando a escavação dos Túmulos 2 e 3 ainda estava em curso, ainda permaneceram inúmeras lacunas importantes.

Por que o número de peças saltou de 3 mil para 27 mil?

x. (fonte: CCTV/Museu Hunan/Divulgação)
Manuscritos de seda descobertos nos túmulos de Mawangdui. (fonte: CCTV/Museu Hunan/Divulgação)

Para o diretor do Museu de Hunan, Duan Xiaoming, o enorme salto, de “mais de 3 mil” para 26.937 artefatos, se deve aos avanços em metodologias de pesquisa e capacidades tecnológicas no campo da arqueologia. Ele cita como exemplo que os pesquisadores identificaram recentemente artefatos de seda "tecidos com símbolos auspiciosos". 

Pelo menos agora, a documentação exaustivamente catalogada possui uma base sólida que permitirá não apenas futuras pesquisas, mas também sua própria preservação e utilização. Segundo o executivo, apenas "algumas moedas de cerâmica e fragmentos de bambu" ainda não foram registrados na extensa coleção de artefatos de Mawangdui.

O passo seguinte, diz Duan, será digitalizar toda a coleção, com a criação pelo Museu de Hunan de um centro de dados de pesquisa das tumbas de Mawangdui. O anúncio foi feito durante um simpósio acadêmico internacional por ocasião do 50º aniversário da escavação, no dia 18 de agosto. 

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