Artes/cultura
25/03/2024 às 15:18•2 min de leituraAtualizado em 05/04/2024 às 11:53
Uma tempestade geomagnética "severa", anunciada no domingo (24) pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), continua afetando a Terra nesta segunda-feira, desencadeada por recentes erupções solares, que ejetaram porções de plasma em direção ao nosso planeta.
Além de iluminar os céus com auroras incomuns, que podem atingir baixas latitudes, o fenômeno tem o potencial de atingir um período de longa atividade geomagnético, conhecido como Índice K Geomagnético de 5. Isso implica a possibilidade de impactos nas redes elétricas e operações de satélites, como o GPS.
Inicialmente classificado como G4, considerada extrema na escala que mede a magnitude das tempestades geomagnéticas, o evento foi rebaixado para G2, embora ainda tenha potencial para aumentar durante a segunda-feira. Mas, o que significam esses termos e quais os riscos que nós, humanos, estamos correndo? Entenda.
Para contextualizar o fenômeno, vamos às suas origens astronômicas. No dia 22 de março, às 11h37 (horário de Brasília), o Sol entrou em erupção, com uma poderosa explosão de classe X, a mais forte e energética possível. Isso resultou na emissão de uma barragem de plasma superquente (ejeção de massa coronal ou CME em inglês) em direção ao nosso planeta.
O "ataque" de energia chegou na Terra às 11h37 do domingo (24), provocando a tempestade severa G4, considerada a mais forte desde 2017. Portanto, as tempestades geomagnéticas, ou solares, são perturbações do nosso campo magnético, o escudo invisível que nos protege das radiações solares.
A NOAA classifica essas tempestades em uma escala que vai de G1, mais fraca, com efeitos leves e transitórios, como atividade auroral perto dos polos e pequenas interferências em rádios e radares, até o nível G5, considerado "extremo", e capaz de provocar apagões em larga escala, panes em satélite e GPS, interrupções em redes de comunicação, além de auroras boreais/austrais intensas, durante horas.
Segundo o boletim mais recente emitido pelo Centro de Previsão do Clima Espacial (SWPC) da NOAA, grande parte da intensidade da tempestade geomagnética de domingo diminuiu com o passar do tempo. Após atingir seu pico na virada de 24 para 25 de março, a atividade solar acabou regredindo nas primeiras horas da segunda-feira.
Além disso, a tempestade geomagnética teve uma duração bem menor do que o previsto inicialmente. Seus efeitos se dissiparam antes mesmo que o Sol começasse a iluminar o hemisfério ocidental, sendo o momento onde esse tipo de fenômeno se apresenta mais forte, embora possa afetar igualmente o lado escuro do planeta, dependendo da intensidade da tempestade.
Com isso, o impacto da tempestade foi menos grave do que o previsto. Segundo os especialistas, até o momento, não foram relatados apagões significativos ou transtornos sérios. Embora a velocidade do vento solar ainda esteja elevada, o risco da tempestade G2 é baixo, ela está diminuindo e seus efeitos, aos poucos, se dissipando.
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