O Sol está mais ativo do que a ciência imaginava, mas por quê?

24/08/2024 às 12:002 min de leituraAtualizado em 24/08/2024 às 12:00

Se no céu da Terra enxergamos o Sol como apenas uma pequena bola amarela, de perto ele é uma exibição caótica e eruptiva de atividade solar. Contudo, astrofísicos vêm afirmando que o nível de atividade nessa altura do campeonato está muito mais forte do que o esperado. 

Segundo especialistas, os ciclos solares ocorrem tipicamente a cada 11 anos. Nesse período, o Sol oscila da atividade solar mínima para a máxima, atingindo seu pico no meio do ciclo — quando seus campos magnéticos se invertem. O último ciclo solar aconteceu entre 2008 a 2019. Agora estamos no meio do ciclo solar atual e estamos nos aproximando da atividade magnética máxima

Atividade solar intensa

Manchas solares são utilizadas para medir nível de atividade no Sol. (Fonte: Getty Images)
Manchas solares são utilizadas para medir nível de atividade no Sol. (Fonte: Getty Images)

Em entrevista ao Business Insider, o chefe de departamento e diretor do Centro de Pesquisa Solar-Terrestre do Instituto de Tecnologia de Nova Jersey, Andrew Gerrard, afirmou que a atividade solar momentânea é um tanto quanto inesperada. "Não achávamos que o Sol estaria tão ativo neste ciclo em particular, mas as observações são completamente opostas", destacou.

De acordo com o pesquisador, a atividade magnética solar aumentada que vem crescendo nos últimos anos é tão forte que sufoca a energia das profundezas do Sol, impedindo que ela alcance a superfície. Isso faz com que bolsas frias sejam criadas na superfície solar que se parecem com manchas escuras, também chamadas de manchas solares.

Inclusive, essas manchas são usadas por cientistas para determinar os níveis de atividade solar, que vem atingindo recordes máximos no último ano. No início de agosto, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), dos Estados Unidos, relatou que observações preliminares encontraram 299 manchas solares, todas aparecendo em um período de 24 horas.

Impacto na Terra

Auroras boreais e austrais são reflexo do impacto da atividade solar no nosso campo magnético. (Fonte: Getty Images)
Auroras boreais e austrais são reflexo do impacto da atividade solar no nosso campo eletromagnético. (Fonte: Getty Images)

Conforme contam os especialistas, o atual número de manchas solares é o maior registro diário em mais de 22 anos. Rastrear essas manchas é um passo muito importante para a ciência, uma vez que elas servem como marco zero de erupções solares de classe X e erupções massivas chamadas ejeções de massa coronal.

Elas podem representar ameaças à Terra, causando apagões de rádio e interrupções na rede elétrica, interrompendo a navegação por GPS e até mesmo fazendo com que satélites caiam do espaço. Mas isso não é tudo: se o nosso planeta estiver no caminho das explosões solares, há uma chance que as partículas liberadas por elas possam interferir no nosso campo eletromagnético, causando tempestades geomagnéticas.

Essas tempestades geomagnéticas podem também desencadear belíssimas auroras boreais e austrais. As exibições coloridas de luzes no céu têm surgido mais ao sul do que o normal, o que é um reflexo da atividade solar. Porém, são essas mesmas partículas que eventualmente podem gerar caos nas emissões de rádio de alta frequência. 

 

 

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