Artes/cultura
01/01/2025 às 09:00•2 min de leituraAtualizado em 01/01/2025 às 09:00
Você já parou para pensar em como medimos o tempo? Para muitos de nós, um ano é simplesmente o tempo entre um aniversário e outro. Mas, para os astrônomos, esse cálculo tem outras camadas, e uma delas é o ano sideral, que usa estrelas como referência para calcular a passagem do tempo.
Parece coisa de filme de ficção científica? Pois é uma ciência fascinante que existe há milênios!
Imagine que você está olhando para o céu à noite, escolhendo uma estrela bem brilhante como referência. O ano sideral é o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa ao redor do Sol, retornando a essa mesma posição em relação à estrela que você escolheu. É como se estivéssemos sincronizados com o grande relógio do universo, medido pelas estrelas.
Agora, aqui vai a parte curiosa: um ano sideral dura cerca de 365,25636 dias, ou seja, é um pouquinho mais longo que o ano solar, que usamos no nosso calendário, com 365,24219 dias. Pode parecer uma diferença minúscula, mas, para a astronomia, isso é um mundo de possibilidades!
Por que temos essa diferença? O ano solar, que usamos no dia a dia, é baseado no ciclo das estações, enquanto o ano sideral olha para o movimento da Terra em relação às estrelas fixas no céu — como Sirius e Polaris. É como comparar um relógio de parede com um relógio atômico: ambos contam o tempo, mas com propósitos diferentes.
Você sabia que civilizações antigas já usavam conceitos parecidos com o ano sideral? Povos como babilônios, egípcios e gregos olhavam para o céu e tentavam entender os mistérios do universo muito antes de termos telescópios ou supercomputadores. E não faziam isso só por curiosidade: os céus eram o "Google Maps" deles!
Foi o astrônomo grego Hiparco, no século 2 a.C., quem percebeu que o ano sideral era um pouquinho mais longo que o ano solar. Ele notou algo chamado precessão dos equinócios, um movimento no eixo da Terra que faz a posição das estrelas mudar lentamente ao longo do tempo.
E por que isso é tão importante? Antes do GPS, os navegadores confiavam nas estrelas para cruzar oceanos. Então, sem as medições precisas no ano sideral, muitas expedições poderiam ter se desviado do curso e se perdido em pleno mar.
Entender o ano sideral ajudou a humanidade a avançar na compreensão do universo, como descobrir que o Sol é apenas uma estrela entre bilhões em nossa galáxia. Não é incrível pensar que um conceito tão antigo continua nos ajudando a explorar as fronteiras do espaço?