Saiba mais sobre os motivos que levaram cada vez mais pessoas a consumir azeite ao longo dos séculos e os seus reais benefícios para a saúde

Dentre os vários ingredientes que usamos no preparo de comida, um dos mais antigos de que se tem notícia é o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128846-voce-sabia-que-o-azeite-de-oliva-foi-o-primeiro-lubrificante-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">azeite</a>. Extraído do fruto da oliveira, ele possui diversas gorduras saudáveis, além de compostos antioxidantes.Nas linhas abaixo, vamos falar um pouco sobre o azeite, diferenças entre tipos e até mesmo as vantagens para a saúde.<h2>Consumo do azeite</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/01/01232255531015.jpg" alt="Azeite vem da oliveira, que começou a ser cultivada cerca de 5000 anos atrás. (Fonte: GettyImagesReprodução)"><figcaption>Azeite vem da oliveira, que começou a ser cultivada cerca de 5.000 anos atrás. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Conhecido como "ouro líquido" no Antiguidade, o azeite de oliva é um produto extraído da oliveira. Ela foi cultivada pela primeira vez em aproximadamente 5000 a.C. na Israel antiga, chegando posteriormente em áreas como Egito e Grécia.Desde então, o azeite foi chegando a outros países e continentes, sendo cada vez mais adotado pelas populações destes lugares. Além de seu gosto, descobriu-se com o passar dos anos algumas vantagens associadas a ele, como a redução do risco de alguns tipos de câncer.Para colher seus benefícios, a Organização Mundial da Saúde recomenda o seu consumo em doses moderadas, conforme explica a professora Rafaella Moreira, do curso de nutrição da UNIP."Para um adulto saudável, a Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo de 18 a 36g de azeite por dia. Isso representa de 1 a 2 colheres de sopa", ressalta a docente.&nbsp;A professora também destaca que, independentemente da boa composição nutricional, o azeite extravirgem é uma gordura. Por conta disso, possui alto valor calórico, e o consumo excessivo pode gerar ocorrências como obesidade, problemas gastrointestinais e efeitos na saúde cardiovascular.<h2>O que muda quando comparamos os tipos de azeite?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/01/01232524054017.jpg" alt="Modo de preparo a também afeta os nutrientes entregues pelo azeite. (Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>Modo de preparo a também afeta os nutrientes entregues pelo azeite. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Antes de prosseguir, é importante lembrar que os principais <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125251-quais-sao-os-melhores-azeites-de-acordo-com-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tipos de azeite</a> existentes no mercado são o extravirgem e o refinado. Além de mudanças no modo de preparo, o gosto de cada um deles varia, sendo que a opção refinada acaba sendo menos nutritiva para o nosso corpo."O azeite extravirgem é produzido por meio de prensagem a frio, um processo que preserva sua composição nutricional, incluindo gorduras monoinsaturadas, polifenóis, vitamina E e carotenoides, além de garantir um sabor e aroma intensos e característicos. Por outro lado, o azeite refinado é submetido a processos químicos e altas temperaturas para remover impurezas", explica a professora.Outro ponto importante: aquecer o azeite diminui suas propriedades nutricionais e funcionais. O ideal é usá-lo em preparos em baixa temperatura para que ele mantenha suas características principais.<h2>Quais são os principais substitutos do azeite?</h2>Sabemos que o azeite tem se tornado cada vez mais caro nos últimos meses, fazendo com que diversas pessoas o deixem de lado nos carrinhos de compra. Porém, ainda é possível encontrar substitutos que sejam financeiramente mais viáveis e trazer benefícios semelhantes à saúde, como o óleo de canola e o óleo de girassol."O óleo de canola é uma excelente opção, pois é rico em gorduras monoinsaturadas, semelhantes às presentes no azeite, contribuindo para a saúde cardiovascular. Já o óleo de girassol, também rico em vitamina E e ácidos graxos essenciais, apresenta uma composição nutricional equilibrada e é amplamente utilizado em preparações culinárias", finaliza Rafaella.

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Por que a gente consome azeite?

Surpreendentemente, o jeito que você corta revela novos sabores e aromas.

Já parou para pensar por que aquela fatia de maçã parece mais doce do que um pedaço inteiro? Ou por que uma cebola cortada em fatias finas tem um sabor mais marcante do que uma em cubos? Talvez você nunca tenha se perguntado sobre isso, mas a ciência mostra que a maneira como cortamos os alimentos tem, sim, um impacto significativo no seu sabor e aroma.<h2>O impacto químico do corte</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/27/27001025035019.jpg" alt="O corte ativa reações químicas que intensificam aromas e sabores. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O corte ativa reações químicas que intensificam aromas e sabores. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Quando cortamos um alimento, algo mais acontece além de apenas fatiar ou picar. Muitas vezes, reações químicas que liberam odores e compostos voláteis — aquelas substâncias que fazem seu estômago roncar — são ativadas quando as células do alimento são rompidas.No caso da cebola e do alho, por exemplo, o corte libera uma enzima chamada aliinase, que transforma compostos inodoros em substâncias de cheiro forte, como o sulfeto de alilo. Aquela ardência nos olhos ao cortar cebolas? É culpa dessa reação química.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/culinaria/36536-por-que-cortar-cebolas-nos-faz-chorar-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que cortar cebolas nos faz chorar?</a></li></ul>Quanto mais fino o corte, mais intensa será a reação, tornando o sabor e o cheiro mais fortes. Então, da próxima vez que preparar um molho de tomate, lembre-se: cortar bem fininho pode liberar um aroma incrível!E o alho? Se você gosta de temperar suas receitas com alho picado, vai notar que o corte certo faz toda a diferença no sabor. Um dente de alho amassado libera um sabor muito mais potente do que se fosse apenas cortado ao meio. Então, aquela fatia de pão com alho que você adora pode ter um gosto completamente diferente, dependendo de como o alho foi preparado.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122898-alho-7-coisas-que-voce-provavelmente-nao-sabia-sobre-ele.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alho: 7 coisas que você (provavelmente) não sabia sobre ele</a></li></ul><h2>A textura e a percepção do sabor</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/27/27001254021020.jpg" alt="O corte de uma maçã revela sua textura crocante e sua doçura natural. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O corte de uma maçã revela sua textura crocante e sua doçura natural. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Mas não é só a química que manda nesse jogo. A textura também tem um papel fundamental na forma como sentimos o sabor dos alimentos. Quem nunca se apaixonou por uma maçã crocante ou aquele pedaço de frango suculento e desfiado?Pois bem, tudo isso tem a ver com o jeito que cortamos e preparamos os alimentos. A textura pode enganar o cérebro e influenciar como percebemos a suculência e intensidade do sabor. Quando cortamos um alimento em pedaços menores ou em formas irregulares, como cubos ou fatias finas, sua textura muda, fazendo com que o cérebro o perceba de forma diferente.Por exemplo, tomates e melancias, quando cortados de jeitos específicos, liberam mais aroma e se tornam mais "saborosos" aos olhos e ao nariz. Não é à toa que os chefs adoram fazer cortes finos, estilo julienne, para destacar a "crocância" de vegetais como cenoura ou pepino.<ul><li>Veja:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120095-cozinha-aprenda-a-melhor-maneira-de-cortar-ou-picar-9-vegetais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cozinha: aprenda a melhor maneira de cortar ou picar 9 vegetais</a></li></ul>Então, uma simples mudança no corte pode transformar um prato sem graça em algo digno de MasterChef. Se acha que isso é exagero, experimente cortar um pepino grosso e depois fatie bem fininho. A diferença na textura e no sabor vai te surpreender!

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Você sabia que o modo como cortamos o alimento pode alterar seu sabor?

Uma pitada de sal pode transformar o sabor, e a ciência explica como isso funciona.

Você já deu aquele toque de sal na melancia ou na manga e pensou: “Como isso pode deixar a fruta mais doce?” Parece magia, mas é pura ciência! Por incrível que pareça, além de intensificar o sabor doce, o sal também revela o quão complexas são nossas papilas gustativas.Prepare-se para descobrir o que realmente acontece dentro da sua boca quando o doce e o salgado entram em cena juntos.<h2>Doçura com uma ajudinha especial</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/27/27123148273085.jpg" alt="O sódio ativa a proteína SGLT1, ampliando a percepção do doce. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O sódio ativa a proteína SGLT1, ampliando a percepção do doce. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Tudo começa nas papilas gustativas — aquelas pequenas estruturas na língua cheias de receptores que decifram os sabores. É lá que a ciência acontece. Um estudo publicado em 2020 investigou como o sódio, presente no sal, pode realçar a doçura.Os pesquisadores descobriram que uma proteína chamada SGLT1, responsável por transportar glicose no corpo, também entra em ação na nossa boca. Quando há sódio presente, como em uma pitada de sal, a SGLT1 trabalha dobrado e ajuda a amplificar a percepção do doce.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/42208-7-coisas-incriveis-que-voce-ainda-nao-sabia-a-respeito-dos-doces.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 coisas incríveis que você ainda não sabia a respeito dos doces</a></li></ul>Isso foi comprovado com camundongos. Mesmo quando os genes que codificam os receptores tradicionais de doce foram desativados, os camundongos ainda responderam a soluções açucaradas com um pouco de sal.É como se o sódio abrisse uma rota alternativa para o cérebro identificar o doce. Agora dá pra entender por que o caramelo salgado é irresistível, né?<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123320-cafe-com-sal-combina-a-ciencia-por-tras-da-adicao-de-sal-ao-cafe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Café com sal combina? A ciência por trás da adição de sal ao café</a></li></ul><h2>O parceiro inesperado do sabor doce</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/27/27123213239086.jpg" alt="O cloreto também amplifica o doce ao alterar receptores de sabor e ativar sinais no cérebro. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O cloreto também amplifica o doce ao alterar receptores de sabor e ativar sinais no cérebro. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Se você acha que só o sódio faz mágica, espere até conhecer o cloreto, o outro componente do sal. Em outro estudo, os pesquisadores descobriram que o cloreto também pode influenciar a percepção da doçura, mas, de maneira diferente do sódio, ele se liga aos receptores, altera sua forma e ativa sinais que indicam ao cérebro que algo é doce.<ul><li>Veja:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104713-monte-kali-a-maior-pitada-de-sal-de-todo-o-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Monte Kali: a maior “pitada” de sal de todo o mundo</a></li></ul>O mais curioso é que, quando os cientistas bloquearam esses receptores, os neurônios pararam de reagir. Isso prova que o cloreto tem mesmo um papel importante nessa dança de sabores. Claro, mais estudos em humanos ainda são necessários, mas já dá para ter uma ideia de como o sal age como um tempero mágico.Quem diria que um simples toque de sal na comida poderia desencadear uma reação tão sofisticada no nosso paladar, não é mesmo? Seja pelo sódio ajudando a glicose, seja pelo cloreto ativando receptores, o sal é quase um alquimista do sabor que está trabalhando a seu favor.

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É verdade que o sal pode deixar alguns alimentos mais doces?

Descubra a rica herança culinária da antiga Babilônia com as tábuas antigas em exibição no museu de Yale.

O livro de receitas mais antigo do mundo não se parece em nada com os livros que usamos hoje. Ele é, na verdade, um conjunto de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121007-6-segredos-incriveis-descobertos-na-escrita-cuneiforme.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pequenas tábuas de argila escritas em cuneiforme</a>, encontradas na antiga Mesopotâmia — o que hoje corresponde ao Iraque.Essas tábuas, conhecidas como “Yale Culinary Tablets”, têm cerca de 4 mil anos e registram uma variedade de pratos babilônicos, como sopas, ensopados e tortas. Elas estão em exibição no Yale Peabody Museum, nos Estados Unidos, como parte da Yale Babylonian Collection.<h2>O que as tábuas revelam sobre a culinária babilônica</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/17/17114831008127.jpg" alt="Coleção de livros de receitas e objetos culinários. (Fonte: Yale Peabody Museum/Reprodução)"><figcaption>Coleção de livros de receitas e objetos culinários. (Fonte: Yale Peabody Museum/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Apesar de seu formato rudimentar, as tabuinhas babilônicas trazem uma riqueza de informações sobre os hábitos alimentares de milênios atrás. Ingredientes como cordeiro, beterraba, cerveja azeda e gorduras animais eram comuns, e sugerem que a sociedade já possuía um sistema culinário bastante avançado.Diferente dos livros de receitas atuais, essas tábuas não detalham o modo de preparo, partindo do princípio de que os cozinheiros da época já sabiam como preparar os pratos listados. Os pesquisadores da Yale Babylonian Collection se aventuraram a recriar algumas dessas receitas.Embora os resultados tenham variado, com alguns pratos sendo praticamente intragáveis, outros, como um ensopado de cordeiro com cerveja, revelaram sabores que ainda são familiares atualmente.Além de oferecer uma janela para o que se comia na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127537-babilonios-escreveram-o-teorema-de-pitagoras-mil-anos-antes-do-matematico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antiga Babilônia</a>, os artefatos também nos ajudam a entender mais sobre o comércio e a economia da época. A forte presença de pratos à base de grãos e cerveja reflete o papel da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122339-6-fatos-inusitados-a-respeito-dos-sumerios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mesopotâmia</a> como o celeiro do mundo antigo, e a diversidade de ingredientes revela uma sociedade interconectada.<h2>Conexões culturais e gastronômicas com o passado</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/17/17115006367130.jpg" alt="Obra Eternal Cities, de Mohamad Hafez. (Fonte: Mohamad Hafez/Reprodução)"><figcaption>Obra Eternal Cities, de Mohamad Hafez. (Fonte: Mohamad Hafez/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Inspirado por essas tábuas, o artista Mohamad Hafez criou a obra "Eternal Cities", atualmente exposta no Yale Peabody Museum. Nessa escultura, Hafez estabelece um paralelo entre a culinária moderna do Oriente Médio e as receitas babilônicas, destacando como a comida pode servir como uma ponte entre culturas.Para ele, essas tábuas e os antigos livros de receitas são ferramentas valiosas para compartilhar tradições e histórias. Mesmo com as diferenças evidentes, essas receitas antigas ainda oferecem muito a aprender sobre a vida cotidiana e os hábitos alimentares de uma civilização que há muito desapareceu.O livro de receitas mais antigo do mundo é muito mais do que uma simples lista de ingredientes. Ele representa um fragmento vivo da história cultural, econômica e social de uma civilização que moldou o mundo como o conhecemos.Agora, com a exibição, temos a chance de nos conectar com esse passado distante; e quem sabe, até tentar recriar em nossas cozinhas um pouco da culinária babilônica que atravessou milênios para chegar até nós.

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Conheça o livro de receitas mais antigo do mundo e o que ele nos ensina

As primeiras formas de sushi tinham mais a ver com segurança alimentar do que com a culinária japonesa. 

Um dos pratos mais tradicionais e famosos da culinária mundial, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128455-restaurante-japones-faz-o-menor-sushi-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o sushi, nem sempre foi a deliciosa harmonização de arroz temperado com vinagre</a> (sumeshi) e outros ingredientes. Em suas origens, no Sudeste Asiático entre os séculos III a.C. e II a.C., e conhecido como narezushi, era apenas uma técnica rústica de conservação de peixes.O processo original consistia em conservar o pescado por meio de fermentação lática,&nbsp;na qual os peixes eram salgados e depois enrolados em arroz e sal. Antes do consumo, o arroz era descartado, servindo apenas como um dos meios de conservação. Em uma época onde não havia refrigeração, o método permitia conservar alimentos marinhos por meses.Documentado pela primeira vez na China, o narezushi tornou-se popular também na Coreia e no Japão, países com extensas costas marítimas e uma longa tradição pesqueira. A preocupação com a conservação dos alimentos mostra que as civilizações antigas sabiam que evitar comer comida estragada era importante para evitar pandemias.<h2>As primeiras formas do sushi</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/17/17001843649004.jpg" alt="O edomae zushi é o precursor do nigiri. (Fonte: Akasaka-Hanabusa/Divulgação)"><figcaption>O edomae zushi é o precursor do nigiri. (Fonte: Akasaka-Hanabusa/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Tanto o narezushi, como sua versão japonesa, o funazushi, não eram apetitosos e tinham um forte cheiro ácido. Mas, por volta do século XVII, o Japão criou o hanayazushi, onde o arroz fermentado com vinagre era consumido junto com o peixe. <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124552-terrorismo-do-sushi-ameaca-restaurantes-e-clientes-no-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Essa mudança marcou o nascimento oficial do sushi moderno.</a>No século XIX, surgiu em Tóquio (que então se chamava Edo) o chamado Edomae zushi, que utilizava peixe cru ou ligeiramente processado servido sobre pequenas porções de arroz temperado. Seu formato era parecido com o atual nigiri, um "bolinho" de arroz oval com o topping por cima.Todas essas evoluções tinham um objetivo: não ter que preparar o peixe com um mês de antecedência. Por isso, no período Edo os japoneses abandonaram o processo da fermentação lática do arroz, e passaram a misturar o peixe diretamente com o vinagre e o arroz. &nbsp;<h2>O lançamento do sushi moderno</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/17/17012538674000.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O sushi popularizou-se no mundo inteiro. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>As bases do sushi moderno surgiram no século XIX com as modificações feitas pelo chef Hanaya Yohei no Edomae zushi. Ele decidiu que, em vez da fermentação ou da mistura de vinagre que pudesse resultar em sabor picante, iria marinar o peixe no molho de soja.&nbsp;Sem fermentação, não havia liberação de ácido lático, o que reduziu mais ainda os tempos de preparo, permitindo o consumo imediato do sushi. A técnica de Yohei resultou no nigirizushi, que representou uma revolução para a época, não só pela redução dos tempos de preparo, mas também porque o chef passou a formatar o arroz com as próprias mãos.&nbsp;Mas foi apenas no século XX, principalmente depois da Segunda Guerra Mundial, que <a href="https://www.megacurioso.com.br/culinaria/48058-amantes-de-sushi-testem-seus-conhecimentos-sobre-essa-iguaria-oriental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o conceito de restaurante de sushi se espalhou pelo mundo</a>, impulsionado pela imigração japonesa e a popularização de sua culinária fora do país.

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Sushi: de método de conservação do peixe a sucesso gastronômico mundial

O brownie é um doce delicioso cuja receita surgiu por conta de um acidente.

O brownie é um dos doces feitos com chocolate mais adorados no mundo todo. Com consistência crocante e recheio macio e úmido, esse bolinho é apreciado por muita gente.Mas o seu surgimento é bastante curioso: ele nasceu por conta de um acidente cometido por um cozinheiro, que acabou dando origem a um dos doces mais populares que existem.<h2>O surgimento do brownie</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/13/13184737383313.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Há quem jure que o brownie surgiu por conta de um erro cometido por um padeiro. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Essa deliciosa sobremesa apareceu pela primeira vez nos Estados Unidos em uma data incerta, mas compreendida entre o final do século XIX e o início do XX. Sua primeira receita foi publicada em 1896 no livro The Boston Cooking School Book,&nbsp;de Fannie Merrit Farmer, que até hoje se mantém como referência para a cozinha domésticaE há algumas teorias afirmam que esse bolo surgiu por acidente: um padeiro de Chicago teria esquecido de por fermento na massa, dando origem a um doce que não cresceu. O descuido gerou um bolo "embatumado" e, para disfarçar, cortou-o em quadradinhos. Por sorte, ele estava delicioso e fez sucesso.<h2>A evolução do brownie</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/13/13184713940312.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Ao longo do tempo, a receita do brownie foi sendo testada e aperfeiçoada. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A sobremesa ganhou o nome "brownie" por causa da cor (brown, em inglês, significa "marrom"). Na receita original, ainda não se usava chocolate: o principal ingrediente era o <a href="https://www.megacurioso.com.br/mulher/91675-10-dicas-para-quem-quer-parar-de-comer-acucar-mas-nao-consegue.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">xarope de melaço</a>.À medida que o doce foi ganhando mais popularidade, novas receitas foram surgindo. Uma das mais conhecidas até hoje é a que acrescenta nozes. Mas há ainda versões com manteiga de amendoim, pedaços de caramelo e outros ingredientes.Na década de 1990, os brownies de chocolate branco fizeram sucesso, tirando um pouco o gosto tradicional do <a href="https://www.megacurioso.com.br/boa-forma/81632-10-beneficios-do-chocolate-amargo-para-a-sua-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chocolate amargo</a>. Mas as pessoas não deixaram de inventar, e acrescentaram à massa ingredientes mais inusitados, como hortelã e frutas vermelhas.Caso você queira preparar essa iguaria, saiba que ela necessita de pouquíssimos ingredientes. Basicamente, o doce é feito com farinha, ovos, manteiga, açúcar e chocolate. É a falta de fermento que dá justamente aquele aspecto compacto característico do brownie.De todo modo, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105218-o-melhor-chocolate-do-mundo-sim-ele-existe-e-gracas-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">brownie</a> perfeito nem sempre é fácil de obter. Alguns cozinheiros dão algumas dicas para que se chegue ao ponto certo. Entre eles, está o de não usar ovos demais (o que pode deixá-lo com uma consistência mais próxima de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121396-fica-vai-ter-bolo-conheca-a-origem-do-bolo-de-aniversario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bolo tradicional</a>), não bater a massa na batedeira, e sim à mão, assá-lo em menos tempo do que assaria um bolo e preferir sempre o açúcar cristal. Isso tudo ajudará a chegar naquele brownie deliciosamente crocante que todo mundo gosta.&nbsp;<h2>Pensando em fazer um Brownie? Então aproveite e leia livros sobre!&nbsp;</h2><ul><li>Livro &nbsp;<a href="https://amzn.to/3Z45kaM">História da Alimentação no Brasil, Câmara Cascudo</a> Livro <a href="https://amzn.to/3Xoj6DM">The Ultimate Brownie Cookbook: The Best Brownie Recipes Known to Man, Heston Brown</a> Livro <a href=" https://amzn.to/3yWoiFL">Cozinha Confidencial, Anthony Bourdain</a> &nbsp;</li></ul>&nbsp;

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Qual é a origem do brownie?

Amados no mundo todo, os refrigerantes passaram por um longo processo até chegarem na forma que conhecemos.

Os refrigerantes são bebidas açucaradas e gasosas que foram capazes de conquistar os paladares no mundo todo. Apenas nos Estados Unidos, cerca de 45 bilhões de litros de refrigerante são consumidos todos os anos — o que dá uma média de 144 litros por pessoa.É fato de que elas não são as bebidas mais saudáveis que existem. Mas, se consumidas com moderação, podem ser companheiras de um bom (e refrescante) momento de prazer.<h2>De onde vieram os refrigerantes?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/22/22184749532315.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A criação do refrigerante passa pelo desenvolvimento de um método para gaseificar a água mineral. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Pensar na história do refrigerante é pensar nas bebidas gaseificadas, cujas primeiras receitas (as de cerveja) conhecemos há pelo menos de 4 mil anos. Já nos séculos XVII e XVIII, os franceses e britânicos descobriram que era possível fazer <a href="https://www.megacurioso.com.br/comidas-e-bebidas/80826-aprenda-a-harmonizar-espumantes-com-diferentes-pratos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vinho espumante</a> adicionando açúcar extra à garrafa e iniciando uma segunda rodada de fermentação.&nbsp;Em alguns lugares do mundo, algumas condições geológicas raras foram capazes de criar fontes de água mineral naturalmente gaseificadas. Mas foi somente na década de 1770 que alguém finalmente inventou um modo de reproduzir artificialmente a água com gás natural.O inventor foi um ministro presbiteriano inglês chamado Joseph Priestley. No ano de 1767, enquanto morava em Leeds, perto de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124776-cervejaria-alema-cria-a-1-cerveja-em-po-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cervejaria</a>, ele ficou fascinado pelos gases que eram emitidos pelos tanques de fermentação. Sua criatividade o levou a desenvolver métodos em que combinava ácido sulfúrico com calcário para gerar dióxido de carbono, que era então borbulhado na água, usando uma bexiga de porco como recipiente.<h2>Do gás para o refrigerante</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/22/22184500305313.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>As grandes empresas de refrigerante tiraram proveito dos anos de Lei Seca nos Estados Unidos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Só que Priestley não tinha muito uso para a sua invenção, e nunca tentou comercializá-la. Ainda assim, ele difundiu o seu método, e a água com gás começou a ser bebida pura como tratamento para vários tipos de doenças.Logo as pessoas passaram a ter ideia de misturá-la com álcool, sucos de fruta e xaropes. Uma das primeiras misturas foi com quinino, uma planta de gosto amargo que era usada no tratamento para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/produto/128700-vacina-contra-malaria-comeca-a-ser-aplicada-em-populacao-africana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">malária</a>. Mas, devido ao amargor, alguém pensou em misturar o açúcar – dava-se origem então à água tônica.Outros refrigerantes antigos envolviam o <a href="https://www.megacurioso.com.br/boa-forma/77183-cha-de-gengibre-ajuda-a-combater-gorduras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gengibre</a> (a famosa gengibirra), casca de bétula e raiz de salsaparrilha. Essas bebidas foram chamadas originalmente de&nbsp;soft drinks por serem sugeridas como uma alternativa melhor às bebidas mais "duras", as alcoólicas.Assim, as soft drinks foram aos poucos tomando o mundo, e eram chamadas de várias formas, como "soda", "pop" e "coke", sendo vendidas em farmácias como tônicos de saúde. Mas alguns produtores, como Richard White, logo teriam a ideia de incluir sabores como framboesa, morango, cereja, abacaxi, laranja, gengibre e baunilha, ajudando a expandir os negócios.Com as máquinas portáteis de carbonatação, a distribuição de refrigerantes saiu das farmácias e foi para lojas especializadas que se tornaram muito populares nos Estados Unidos, sobretudo devido à <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119778-lei-seca-nos-eua-quando-o-alcool-foi-banido-por-13-anos-do-pais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lei Seca</a>, entre 1919 e 1933. Foi nessa época que grandes empresas que já existiam, como Coca-Cola, Pepsi-Cola e Dr. Pepper, começaram a aumentar seu negócio ao vender seu xarope ao invés apenas de refrigerante pré-engarrafado. E o resto é história.&nbsp;

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Quem inventou os refrigerantes?

A receita de 3,5 mil anos, encontrada no Papiro Ebers, foi recriada com sucesso.

Qual era o gosto da cerveja saboreada por quem viveu no Antigo Egito? Para descobrir a resposta, um cervejeiro dos Estados Unidos testou uma receita da bebida encontrada no Papiro Ebers, um dos tratados médicos mais antigos do mundo, escrito 3,5 mil anos atrás.O documento, datado do ano 1550 a.C., é repleto de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128107-6-plantas-medicinais-que-voce-deve-ter-em-casa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">receitas medicinais</a> que prometem curar diversos tipos de doenças. Em meio a elas, também há algumas fórmulas ensinando a fabricar cervejas que eram consumidas pelos egípcios há milhares de anos.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/25/25100542398055.jpg" alt="A receita está no Papiro Ebers. (Fonte: Dylan McDonnell/Reprodução)"><figcaption>A receita está no Papiro Ebers. (Fonte: Dylan McDonnell / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Após ver cientistas recriarem e comerem um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/111611-cientista-coleta-leveduras-de-4-5-mil-anos-e-assa-um-pao-com-elas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pão feito com levedura de 4,5 mil anos</a>, igualmente usando uma receita do Antigo Egito, o cervejeiro amador Dylan McDonnell resolveu fazer o mesmo. A diferença é que ele optou por preparar sua bebida favorita, seguindo as orientações do papiro.O especialista escolheu uma das fórmulas que fornecia a lista de ingredientes e as quantidades relativas de maneira mais detalhada. Mas encontrar alguns deles, como o figo-sicomoro e a cepa de levedura datada de 850 a.C., não foi fácil.<h2>Qual é o gosto da cerveja de 3,5 mil anos?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/25/25095419217048.jpg" alt="Ingredientes usados na produção da cerveja. (Fonte: Dylan McDonnell/Divulgação)"><figcaption>Ingredientes usados na produção da cerveja. (Fonte: Dylan McDonnell / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Contando com a ajuda de amigos para reunir os oito ingredientes, McDonnell conseguiu iniciar a fabricação da bebida em janeiro, três anos após ter a ideia. Além dos figos-sicomoro e da levedura, ele precisou de mel Sidr, tâmaras-do-deserto, cominho preto, olíbano, bagas de zimbro e passas douradas.Utilizando um sistema que custou US$ 1 mil, o equivalente a R$ 5,3 mil pela cotação atual, o cervejeiro preparou a bebida com as mesmas técnicas dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120867-como-os-egipcios-antigos-fabricavam-o-papiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">egípcios antigos</a>. O resultado foi semelhante ao de uma cerveja do tipo gose, conhecida pela acidez moderada e levemente salgada, com 5% de álcool, notas de damasco e sabor floral.“Quando bebo, é refrescante e mata a sede. Posso ver como os antigos egípcios apreciariam uma cerveja como esta depois de um longo dia. É um sabor que fica com você. Não que seja ruim, mas é definitivamente diferente da maioria das cervejas que outros já provaram”, disse ele em entrevista ao All That’s Interesting no dia 21 de junho.<h2>Cerveja Sinai Sour</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/25/25095756211052.jpg" alt="Equipamentos necessários para fazer a cerveja egípcia. (Fonte: Dylan McDonnell/Divulgação)"><figcaption>Equipamentos necessários para fazer a cerveja egípcia. (Fonte: Dylan McDonnell / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Apesar do sucesso no experimento, a cerveja egípcia de 3,5 mil anos, batizada de “Sinai Sour” em homenagem à Península do Sinai não estará à venda, por conta das proibições legais do estado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117126-misterio-do-monolito-de-utah-e-finalmente-revelado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Utah</a>, no qual McDonnell vive. Porém, ele planeja realizar degustações privadas para as pessoas interessadas em experimentar a bebida.Em breve, o cervejeiro amador deve divulgar uma receita simplificada da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127359-estudo-diz-que-a-cerveja-foi-a-grande-responsavel-pelo-desenvolvimento-da-civilizacao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cerveja</a> Sinai Sour, com ingredientes mais fáceis de encontrar. Posteriormente, o especialista planeja desenvolver uma versão ainda mais forte, com teor alcoólico próximo de 25%.

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Qual é o gosto da cerveja do Antigo Egito? Especialista recria bebida milenar

Tão tradicionais quanto a camisa de flanela e a toalha xadrez, as comidas e bebidas das festas juninas têm origens em diferentes lugares do mundo.

<a href="https://www.megacurioso.com.br/datas-comemorativas/44683-voce-conhece-a-origem-das-festas-juninas-saiba-isso-e-muito-mais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Festa junina</a> que se preze tem que ter fogueira, bandeiras, toalhas xadrez, chapéu de palha, quadrilha, música caipira e muita comida boa, daquele tipo que você espera o período de festas chegar para comer. Mas se a celebração é bem característica do Brasil, as comidas e bebidas consumidas ali têm origens bastante diversas.Embora muitos produtos utilizadas na fabricação de doces, salgados e bebidas já existissem por aqui quando da chegada dos portugueses, algumas receitas possuem inspiração em outras regiões do planeta. Há, ainda, aquelas que foram adaptadas para o Brasil, substituindo ingredientes ou acrescentando um toque regional.<h2>1. Pé de Moleque</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20203238466005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Doce foi inspirado em um similar de origem árabe, e adaptado pelos portugueses. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O pé de moleque é uma iguaria típica das festas juninas cuja origem possui diferentes histórias. Uma famosa diz que o nome do doce, característico desde o período colonial, teria surgido a partir da reclamação de doceiras que o preparavam e tinham pedaços tomados por crianças. Nessa tese, elas responderiam "pede, moleque", e a repetição da frase teria colado na comida.A versão mais aceita é que o pé de moleque, originalmente preparado misturando amendoim torrado com rapadura, surgiu no século XVI, quando a produção de cana começou a se intensificar no <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123067-como-era-a-vida-da-mulher-no-brasil-colonial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Brasil Colônia</a> e o açúcar começou a ser fabricado no país.Historiadores afirmam que, na Península Ibérica, que compõe a região onde estão Portugal e Espanha, já havia um doce similar, provavelmente tendo origem árabe. Ele era feito com mel e castanhas, e os portugueses teriam trazido o hábito para o Brasil, adaptando a receita para os produtos que encontraram aqui.<h2>2. Paçoca de amendoim</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20203433347006.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Paçoca tem origem ligado à forma como os indígenas preparavam seus alimentos. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O surgimento da paçoca de amendoim, comida típica da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125494-5-paises-que-tambem-fazem-festas-juninas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">festa junina</a>, deu-se pela inspiração que portugueses tiveram no modo que os indígenas preparavam seus alimentos. Paçoca vem da palavra indígena pasoka, cujo significado é "esmagar com as mãos".Eles esmigalhavam a farinha de mandioca com as mãos, e misturavam com outros alimentos. Os portugueses decidiram fazer o mesmo com o amendoim torrado, que, ao se tornar uma farofa, recebia sal e açúcar.Criado também durante o Brasil colônia, a paçoca de amendoim surgiu graças à introdução do amendoim na dieta local por parte dos portugueses. Existem duas teses sobre a origem do grão: uma indica que ele era usado pelos indígenas que habitavam o território que hoje é o Brasil; a outra é que ele teria vindo quando os portugueses exploraram a região entre Bolívia e Peru<h2>3. Arroz-doce</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20203806273007.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Arroz-doce chegou ao Brasil com os portugueses, acostumados a consumi-lo na Europa. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Das comidas típicas de festa junina, o arroz-doce é daqueles com origem em disputa. Há quem defenda uma origem asiática, enquanto outros sugerem ter passado persa. Sua chegada ao Brasil tem relação com os portugueses, que trouxeram o doce da Europa, onde era servido frio ou quente.Na Ásia, o doce era feito com leite vegetal. Já na Pérsia, com leite de vaca, mel e especiarias. Isso torna esta uma receita muito versátil, uma vez que pode ser preparada com leite de vaca, leite de coco, leite condensado, além de permitir a inclusão de especiarias, como canela.<h2>4. Canjica ou mungunzá</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20204412916010.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Prato foi criado com produtos existentes no Brasil e modo de preparo africano. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A depender da região do país, você pode conhecer esse doce típico de festa junina como canjica ou mungunzá. Ele é um prato feito utilizando milho branco cozido em leite de coco, que pode ser substituído por leite de vaca e açúcar, ou até mesmo leite condensado.De acordo com historiadores, o mungunzá se tornou um prato comum no Brasil com a chegada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125158-quando-comecou-a-escravidao-de-pessoas-negras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">africanos escravizados durante o período colonial</a>. Essa seria uma adaptação mais simples de um prato africano, que passou a utilizar produtos que eram encontrados aqui, como o milho e especiarias.<h2>5. Quentão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20204906318018.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Quentão tem origem em bebida consumida na Roma Antiga, feita à base de vinho. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para acompanhar os pratos típicos, toda festa junina costuma oferecer uma bebida para esquentar. O quentão foi introduzido no Brasil pelos portugueses, que criaram uma receita adaptada da bebida que consumiam no inverno europeu, chamada mulled wine, criada no Império Romano.Originalmente, era produzida com vinho quente misturado com especiarias e mel. Como o fermentado de uva não era comum no país, eles adaptaram usando especiarias trazidas da Índia, além de açúcar e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119734-a-cachaca-causou-uma-grande-revolta-no-brasil-colonia-de-1660.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cachaça</a>. Na região sul do Brasil utiliza-se vinho, tornando o quentão mais próximo da bebida que era consumida na Europa. Por essa razão, é comum que se refiram a ela como vinho quente.

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A origem de 5 comidas típicas de festa junina

Marcada pela riqueza de temperos e variedade de sabores, a gastronomia na América Latina possui alguns dos melhores restaurantes do mundo.

Quando se pensa em <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128449-4-cruzeiros-culinarios-perfeitos-para-os-amantes-da-gastronomia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gastronomia</a> na América Latina, logo vem à cabeça uma festa de cores, temperos e ingredientes. A culinária latina é, reconhecidamente, uma das mais plurais do mundo, o que garante aos restaurantes daqui – e aos chefs&nbsp;que preparam as refeições – alguns lugares de destaque em qualquer lista de melhores do mundo, como a da 50 Best.Elaborada anualmente por dezenas de especialistas da organização, em 2024, a premiação teve no primeiro lugar um restaurante espanhol. Para a nossa região, foram 11 lugares, três deles entre os dez primeiros. Na seleção, ainda é possível encontrar dois restaurantes brasileiros, entre eles o Oteque, conhecido como o "templo brasileiro dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118720-os-6-melhores-frutos-do-mar-para-quem-tem-diabetes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">frutos do mar</a>".<h2>6. A Casa do Porco – São Paulo (Brasil)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/12/12204904118043.jpg" alt="(Fonte: A Casa do Porco / Reprodução)"><figcaption>Localizado no Centro de São Paulo, restaurante é famoso pela culinária e pelas filas. (Fonte: A Casa do Porco / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os paulistanos podem se orgulhar de figurar na lista da 50 Best com A Casa do Porco, o já tradicional restaurante do centro da capital. Conhecido pelo excelente trabalho com <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128914-porcos-nao-transpiram-entao-de-onde-veio-a-expressao-suando-como-um-porco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carne de porco</a>, a casa comandada pelos chefs&nbsp;Jefferson Rueda e Janaína Torres também é famosa pelas longas fila da espera na porta do restaurante aos finais de semana.Quem visita o restaurante pode aproveitar o menu degustação, ou ir direto para o Porco San Zé, principal prato da casa, feito com porco cozido lentamente e servido com acompanhamentos típicos do Brasil.<h2>5. El Chato – Bogotá (Colômbia)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/18/18142722287218.jpg" alt="(Fonte: The World's 50 Best / Reprodução)"><figcaption>El Chato oferece cardápio que é resultado de muita pesquisa de ingredientes colombianos. (Fonte: The World's 50 Best / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Quem visita Bogotá, na Colômbia, pode aproveitar para experimentar o bistrô El Chato, do chef Álvaro Clavijo, especialista em culinária colombiana contemporânea. O chef é reconhecido por sua pesquisa profunda, que envolve viajar pelo país em busca de novos produtos para elaborar pratos sazonais.A partir daí surgiram pratos como coração de frango com <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122413-a-deliciosa-historia-da-batata-frita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">batata</a> nativa cristalizada e um condimento à base de leite fermentado, que integrou seu último cardápio à la carte e menu degustação. A 50 Best também reconheceu o valor de pratos como os mexilhões com arroz de coco e mandioca, além da lagosta com tamarindo e formiga culona.<h2>4. Kjolle – Lima (Peru)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/18/18142950621220.jpg" alt="(Fonte: The World's 50 Best / Reprodução)"><figcaption>Pía León exige que seu restaurante entregue boa comida com o mínimo de desperdício. &nbsp;(Fonte: The World's 50 Best / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Outro restaurante peruano, o Kjolle também fica em Lima e é comandado pela chef Pía León. A culinária do local é marcada pelo desenvolvimento de pratos feitos após extensa pesquisa, de modo a entregar sabores naturais com o mínimo de manipulação e de desperdício.O carro-chefe da casa é feito com torradas amarelas e vermelhas de uma raiz andina, bastante semelhante à batata. Elas são unidas utilizando uma pasta cremosa de oca, um tubérculo regional das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122588-vinicunca-a-montanha-das-sete-cores-que-encanta-turistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">montanhas peruanas</a>, e servido sobre uma torta de massa cañihua, cereal semelhante à quinoa.<h2>3. Don Julio – Buenos Aires (Argentina)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/18/18143243599223.jpeg" alt="(Fonte: Don Julio / Reprodução)"><figcaption>Clássico da capital Buenos Aires, Don Julio também é o melhor restaurante de carnes do mundo(Fonte: Don Julio / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Décimo lugar na lista do 50 Best, o Don Julio é um clássico portenho. Originalmente aberto como uma churrascaria de bairro, o restaurante localizado em Palermo, Buenos Aires, viu sua fama disparar em virtude do trabalho do chef Pablo Rivero.O que era um restaurante familiar passou a levar o nome do país para todo o mundo, especialmente pela opção de seu chef de utilizar agricultura orgânica e produtos locais. Dividem espaço com as concorridas mesas ao menos 14 mil <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121832-por-que-as-garrafas-de-vinho-tem-750-ml-e-nao-um-litro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">garrafas de vinho</a> argentino, que podem ser apreciadas com as carnes preparadas à moda argentina.Don Julio também recebeu outra distinção este ano: melhor restaurante de carnes do mundo na World's 101 Best Steak Restaurants – pelo segundo ano consecutivo.<h2>2. Quintonil – Cidade do México (México)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/18/18143539172226.jpg" alt="(Fonte: Quintonil / Reprodução)"><figcaption>O forte do Quintonil é a apresentação da gastronomia mexicana contemporânea. (Fonte: Quintonil / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/nutricao-e-saude/77386-comida-mexicana-sem-pesar-na-balanca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gastronomia mexicana</a> é rica, e influenciou não apenas os Estados Unidos, mas outros países na América Latina. Exemplo disso é o Quintonil, sétimo lugar no 50 Best, localizado no conceituado bairro de Polanco, na Cidade do México.Comandado pela dupla de&nbsp;chefs&nbsp;Jorge Vallejo e Alejandra Flores, o restaurante é bastante representativo da culinária mexicana contemporânea, privilegiando os ingredientes locais frescos e os sabores tradicionais da gastronomia do México.As apresentações dos pratos lembram verdadeiras obras de arte, com destaque para os tamales de pato pibil com creme de milho, além do panucho de rabo de boi, uma espécie de tortilha frita, tradicionalmente recheada com feijão preto frito e coberta com repolho picado, frango, tomate, cebola roxa, abacate e pimenta jalapeño.<h2>1. Maido – Lima (Peru)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/18/18144356118236.jpg" alt="(Fonte: Maido / Reprodução)"><figcaption>O Maido é o melhor restaurante da América Latina no 50 Best pelo segundo ano consecutivo. (Fonte: Maido / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Melhor restaurante da América Latina na lista da 50 Best, o Maido é um exemplo de como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128180-mumias-infantis-de-1-mil-anos-sao-desenterradas-no-peru.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Peru</a> tem investido bastante na alta gastronomia. Comandado pelo chef Mitsuharu Tsumura, o Maido fica no bairro de Miraflores, um dos mais famosos da capital, situado à beira-mar. Inaugurado em 2009, o local combina técnicas japonesas com ingredientes locais.Entre os pratos consagrados está o chamado "O Triplo", que une abacate, ovos, tomate, chashu (barriga de porco preparada à moda japonesa), caracóis com shoyu, frutos do mar e espuma de pimenta amarela. Tsumura ainda pode comemorar outro feito. Foi eleito pelos demais chefs como vencedor do Estrella Damm Chefs' Choice Award de 2024.

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