Artes/cultura
21/07/2017 às 13:05•2 min de leitura
O idioma proto-elamita consiste em um dos mais antigos sistemas de escrita da História, e era usado há cerca de 5 mil anos em territórios que hoje correspondem ao Irã. A maioria dos exemplares que sobreviveram à passagem do tempo se encontra no Museu do Louvre, na França, e, há alguns anos, uma iniciativa focada em digitalizar os textos existentes foi colocada em ação para que linguistas de todo o mundo possam ter acesso ao material para tentar decifrar essa língua.
Desenvolvido pela civilização do Vale do Indo, que floresceu há cerca de 4 mil anos na região que hoje compreende o Paquistão, Índia, Irã e Afeganistão, o idioma harapano consiste em uma série de símbolos que, até hoje, não foram traduzidos. Milhares de objetos contendo caracteres dessa escrita já foram descobertos, no entanto, na falta de um exemplar redigido em dois idiomas — sendo um deles já conhecido pelos linguistas —, ela continua indecifrável.
O idioma meróitica foi desenvolvida pelos habitantes do Reino de Kush — cuja sede ficava na antiga cidade de Meroe, no Sudão —, e permaneceu em uso entre 300 a.C. e 350 d.C., mais ou menos. Segundo o que se sabe sobre esse idioma, ele era redigido na forma cursiva e em hieróglifos, ambos derivados do egípcio antigo, mas, apesar de os linguistas terem decifrado o que os símbolos desse idioma representam, eles não conseguem entender muito bem a estrutura dos textos, o que torna sua tradução bastante difícil.
Criado pela Civilização Minoica, que floresceu em Creta entre 2500 e 1450 a.C., o idioma conhecido como Linear A foi um sistema de escrita descoberto durante escavações na antiga cidade de Knossos há cerca de um século. Curiosamente, existe um idioma chamado Linear B que já foi decifrado e possivelmente derivou do A, mas, até o momento, o alfabeto utilizado no Linear A continua sendo um mistério para os linguistas.
Largamente usado em Chipre entre os séculos 16 e 11 a.C., o silabário cipro-minoico — também conhecido como Linear C — nunca foi decifrado pelos linguistas. Uma das razões disso é fato de apenas existirem cerca de 200 textos, boa parte deles bastante curta, o que dificulta os trabalhos de tradução. A não ser que um exemplar bilíngue seja descoberto, é possível que esse idioma jamais seja compreendido.