Que fim levou a fortuna de Adolf Hitler após o seu suicídio?

27/01/2019 às 09:003 min de leitura

Adolf Hitler cometeu suicídio no dia 30 de abril de 1945, em seu bunker, em Berlim, e, embora tivesse se casado com Eva Braun na véspera, mulher com quem manteve um longo relacionamento (ela cometeu suicídio também), o Führer não deixou herdeiros. Mas, e o que se sabe sobre o seu patrimônio – e que fim ele levou após a sua morte?

Imagem de líder modesto

Hitler não era esbanjador – ou pelo menos essa era a imagem que ele transmitia ao povo alemão, a de um líder frugal e contido, em acordo com a filosofia fascista seguida pelo Partido Nazista. No entanto, depois que o testamento do Führer foi parar nas mãos de agentes do Comitê de Inteligência dos Aliados, órgão responsável por investigar a morte do chanceler, e traduzido, ficou evidente que, de pobre, Hitler não tinha nada.

Hitler e seu coleguinha, Mussolini (Owlcation)

No documento, que trazia os últimos desejos de Hitler, o Führer expôs as motivações que o levaram a fazer tudo o que fez – manifestando o seu ódio pelo povo judeu –, deixou orientações sobre como seu governo devia ser sucedido, nomeou o novo gabinete e, sucintamente, expressou o que queria que fosse feito com suas posses, entre elas, um apartamento em Munique e uma residência nos Alpes Bávaros chamada Berghof.

De acordo com Dalia Ventura, da BBC, o chanceler não chegou a listar posses, contas e fortunas de forma muito detalhada, e simplesmente pediu que tudo o que possuía, a medida que tivesse algum valor, fosse destinado ao Partido Nazista. Caso este tivesse sido desmantelado, tudo devia ir ao Estado e, se este não existisse mais, então não era necessário que Hitler decidisse.

Momento de descontração com Eva Braun (Refinery 29)

O Führer especificou o que devia ser feito das obras de arte que foram pilhadas durante a guerra – itens que, segundo ele, não foram acumulados com fins privados, mas para compor um museu na cidade natal de Hitler –, e nomeou as pessoas que deveriam ficar com objetos de valor sentimental. Já sobre a grana mesmo e coisas que pudessem render algo, o chanceler não disse nada.

Podre de rico

Diversas investigações foram conduzidas ao longo dos anos para levantar o tamanho da fortuna acumulada pelo Führer durante seu governo, apontando que, quando se matou, Hitler provavelmente havia se tornado o homem mais rico da Europa. Os investigadores descobriram, por exemplo, que o chanceler tinha diferentes fontes de renda, incluindo doações realizadas por corporações e empresários, e o recebimento pelo direito de uso de sua imagem em selos de correio, por exemplo.

Além disso, os agentes responsáveis pelas investigações encontraram mais de US$ 350 milhões (mais de R$ 1,3 bilhão) em diversas contas na década de 40, e anos depois foram descobertas contas na Suíça associadas a Hitler cujos montantes já tinham sido recolhidos pelo Governo Suíço. Mas a maior fonte de renda mesmo do Führer vinha de seu livro “Mein Kampf” – “Minha Luta” –, manifesto que ele escreveu na década de 20, enquanto esteve preso pela tentativa de golpe de Estado em que os nazistas tentaram tomar o poder no sul da Alemanha.

Mina de ouro (Time Magazine)

A primeira edição do livro, lançada em 2 volumes, começou a ser comercializada entre 1925 e 1926, e o dinheiro das vendas tinha como objetivo ajudar a pagar as custas do processo de Hitler. No primeiro ano, apenas 9 mil unidades foram vendidas, mas, com o lançamento de uma edição popular em 1930, e a popularização do Partido Nazista, o número de exemplares adquiridos saltou para 50 mil nesse ano.

Com a ascensão dos nazistas ao poder, Mein Kampf se tornou leitura obrigatória nas escolas alemãs, e todos os casais que contraiam matrimônio ganhavam uma cópia de presente. Em 1933, as vendas já tinham ultrapassado o milhão de exemplares, e não demorou para que todos os cidadãos alemães começassem a ser pressionados a comprar uma unidade. O texto ainda ganhou traduções para 16 idiomas, aumentando mais as vendas e, por ser chanceler, Hitler não pagava impostos. Assim, toda a grana da comercialização e direitos de uso iam limpinhos para o seu bolso.

Que fim levou?

É muito difícil precisar quanto dinheiro Hitler acumulou, visto que, além da conversão de reischmarks – moeda em circulação na época – a euros, dólares ou reais, existe a questão da correção monetária. Contudo, no início dos anos 2000, um pesquisador chegou à conclusão de que o Führer possuía uma fortuna entre perto de 1,4 bilhão e 43,5 bilhões de euros (entre quase R$ 6 e perto de R$ 185 bilhões). Sim, caro leitor, apesar do intervalo entre valor máximo e mínimo, Hitler, que chegou a passar necessidade na juventude, se tornou podre de rico.

A propriedade nos Alpes (Die Welt)

Com a sua morte, os aliados se apossaram de sua fortuna e não respeitaram os últimos desejos do Führer, não! Uma comissão decidiu transferir os bens e os direitos de autor de Mein Kampf à Bavária, região onde Hitler era registrado como residente, a casa nos Alpes, que foi seriamente danificada durante bombardeios, foi demolida, em parte, para evitar que ela se tornasse uma atração, e o edifício em Munique onde o chanceler tinha um apartamento foi convertido em uma delegacia.

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