
Ciência
29/01/2020 às 05:00•1 min de leitura
Em meio às turbulências vividas por cortes de gastos da União para pesquisas científicas no CNPq e Capes, o Governo Federal nomeou na sexta-feira, 24, o ex-reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Benedito Guimarães Aguiar Neto como presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), pertencente ao Ministério da Educação (MEC) e responsável pelo apoio e financiamento de bolsas de pesquisa científica, assim como formação e avaliação de professores de ensino fundamental e médio no Brasil.
Formado em Engenharia Elétrica, evangélico e membro honorário da Força Aérea Brasileira, Aguiar Neto apoiou a pesquisa sobre a Teoria do Design Inteligente — uma hipótese pseudocientífica — na Universidade Mackenzie enquanto era reitor. Em evento realizado em outubro de 2019, o novo presidente da Capes colocou o criacionismo como um contraponto à Teoria da Evolução, a ser explorado pela educação básica através de argumentos científicos, segundo ele.
Segundo a Sociedade Brasileira de Design Inteligente (TDI Brasil), esta teoria estuda padrões que possam identificar a presença ou a ausência da ação de uma mente inteligente nos fenômenos do universo. Dada a complexidade da vida terrestre, eles não creem que tudo possa ser fruto da evolução das espécies. No entanto, não é uma teoria obrigatoriamente vinculada à religião.
O ensino do criacionismo já foi defendido por outro membro do governo Bolsonaro. A ministra dos Direitos Humanos Damares Alves também se envolveu em polêmica, quando disse, em 2013, que as igrejas evangélicas perderam o controle do ensino e por isso a Teoria da Evolução ganhou tanto espaço na educação básica.
O Núcleo Charles Darwin, da USP, divulgou nota repudiando a nomeação de Aguiar Neto por ele ser a favor do criacionismo, reiterando que o chamado “criacionismo científico” não é reconhecido em associações científicas de nenhum país. Em 2014, a própria Sociedade Brasileira de Design Inteligente (TDI Brasil) demonstrou contrariedade ao ensino da teoria criacionista em escolas públicas ou privadas, já que não é uma ciência reconhecida.
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