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23/09/2022 às 04:00•2 min de leitura
Responda à pergunta: como a gente chama aquele estudante super inteligente e dedicado? Se você respondeu nerd, saiba que este não é o único termo associado aos estudiosos espalhados pelo mundo.
Na verdade, há várias expressões que talvez você não conheça e que descrevem estas pessoas. Confira o mapeamento que foi feito pela Preply, uma plataforma de estudo de idiomas, e que investigou como os alunos inteligentes são identificados nas diferentes culturas.
(Fonte: Rolling Stone)
No Brasil, um termo que já foi muito popular, e ainda hoje é usado, é a sigla CDF. A abreviação quer dizer "cu de ferro", e faz referência à quantidade de horas que uma pessoa passaria sentada estudando.
Outro termo que também já foi bastante usado, "caxias", remete ao militarismo. É uma menção a Duque de Caxias, patrono do exército brasileiro, que teria sido uma referência como soldado. Quando o militar era muito dedicado, ele era apelidado de "caxias".
(Fonte: Momentum Saga)
Em vários países da América Latina, usa-se o termo "grande cérebro" ou "grande cabeça" para apelidar os estudantes brilhantes. Na Venezuela e República Dominicana, refere-se a essas pessoas como "cerebro" ou "cerebrito". No Uruguai e Paraguai, fala-se "bochos", que é um sinônimo para a palavra cabeça.
Mas há também outras referências mais intelectuais. Em Cuba, usa-se o termo "Abelardito" ou "Abelardita" para mencionar pessoas muito inteligentes. Trata-se de uma alusão ao filósofo francês Pierre Abélard, reconhecido como um dos grandes gênios da lógica. Contudo, o uso da palavra costuma ser pejorativo.
No Chile, fala-se "Mateo" ou "Matea". O termo deriva de Prometeu que, na mitologia grega, foi um titã que tentou usar sua inteligência para enganar Zeus e roubar o fogo para dá-lo aos mortais. Por isso, a expressão é usada para designar uma pessoa trapaceira ou aquele estudante que é o queridinho do professor.
(Fonte: Aventuras na História)
No México, os alunos inteligentes são chamados por um nome curioso: "ñoño". Sim, eles fazem referência ao filho do seu Barriga, personagem da famosa série Chaves. Ñoño era um estudante dedicado, mas muito ingênuo.
A palavra ñoño também é sinônimo de velho, mas, no México, ela foi ressignificada. Isso aparece até no Dicionário de Espanhol Mexicano: ñoño é descrito como um adjetivo dado a alguém “brega, bobo, antiquado ou muito apegado às suas funções”.
(Fonte: Tecla SAP)
Em outros países, os alunos inteligentes recebem nomes de animais. Na Espanha, os nerds são chamados de “Empollón", um termo que se refere ao ato da incubação das galinhas e do tempo que elas gestam seus ovos. Isso seria comparável ao tempo que um estudante passa mergulhado em seus livros.
Na Síria, fala-se "tays", que quer dizer cabras, quando se refere a estes alunos. Já os turcos podem usar o termo "Inek ögrenci”, que quer dizer vaca. Na Albânia, um nerd pode ser chamado de "budalla", que quer dizer ganso. A associação aqui é feita por serem animais que pastam ou ruminam, o que teria a ver com o tempo que os alunos passam envolvidos com seus deveres.
Na China, Indonésia e Vietnã, os nerds podem ser referidos como "shudaizi" e "Kutu Buku", expressões que querem dizer "rato de biblioteca" - ou seja, animais que literalmente devoram livros.
Na Itália, a palavra "secchione" ou "secchiona" faz menção a "gamela", um balde de alumínio resistente usado por soldados. Por isso, os nerds seriam identificados por conta de sua dedicação e resistência a grandes esforços, como estudar.