Pueblo Revolt: a luta que forçou os espanhóis a saírem do México

01/04/2023 às 12:002 min de leitura

A história humana é moldada por diversos conflitos armados pelos séculos, sendo alguns mais conhecidos que outros. No entanto, uma história bem curiosa e pouco falada dentro desse segmento é a Pueblo Revolt, ou a Revolta de Pueblo, a primeira revolução americana que viu os povos indígenas do Novo México expulsarem com sucesso os colonizadores espanhóis de suas terras.

A população de Pueblo foi dominada pelo regime opressivo espanhol por diversos anos, o que causou um desgaste muito grande entre os povos nativos. Os colonos católicos eram conhecidos por forçá-los a se converterem de suas religiões nativas e os puniam brutalmente se recusassem. Conheça mais sobre esse evento histórico nos próximos parágrafos!

Opressão espanhola

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Em 1598, os conquistadores espanhóis colocaram seus pés pela primeira vez no Novo México, que hoje é um dos 50 estados dos Estados Unidos da América (EUA). Não demorou muito para que eles descobrissem que o povo Pueblo já vivia na área, o que não impediu em nada as tentativas de assumir controle do território.

Segundo historiadores, os espanhóis passaram a escravizar homens e mulheres nativos e forçá-los a praticar o cristianismo. As práticas religiosas indígenas tradicionais foram completamente proibidas, com punição pública para quem resistisse. Foi assim que o povo Pueblo teve seus fossos cerimoniais queimados e objetos sagrados destruídos. 

Os colonizadores também foram responsáveis por levar inúmeras doenças para a região, como a varíola, sarampo e tifo, que mataram milhares de pessoas. A humilhação e opressão perdurou décadas, criando condições maduras para uma rebelião. Porém, a situação estourou de verdade quando um homem santo chamado Po'pay foi preso, em 1678.

A importância de Po'pay

(Fonte: Fred Kabotie/Museu de Arte e Cultura Indígena/Reprodução)(Fonte: Fred Kabotie/Museu de Arte e Cultura Indígena/Reprodução)

Em meados da década de 1670, 47 pessoas de Pueblo foram presos por praticar feitiçaria após se recusarem a se converter ao cristianismo. Três deles foram enforcados e o resto foi açoitado publicamente. Entre eles estava Po'pay, um curandeiro e capitão de guerra da tribo Ohkay Owingeh. 

Durante quatro anos, Po'pay conspirou em segredo na aldeia de Taos Pueblo, tendo até mesmo matado seu próprio genro quando suspeitou que ele falava da rebelião para outras pessoas. Ele também foi responsável por reunir líderes de diversas tribos, incluindo algumas que estavam localizadas a muitos quilômetros de distância.

No dia 10 de agosto de 1680, a batalha começou. O povo de Pueblo decidiu atacar os colonizadores em conjunto, fazendo de tudo que tinham em mãos para se livrar do domínio espanhol — roubar cavalos, saquear empresas, bloquear estradas e vandalizar igrejas.

Em 11 dias, mais de 400 espanhóis morreram, incluindo 21 padres. Outros 2 mil decidiram fugir da área, não retornando por 12 anos. A revolta foi vista como bem-sucedida e as comemorações envolveram a destruição de mais igrejas e anulação de todos os casamentos cristãos ocorridos durante o regime. A luta nativa norte-americana não só deu fim a anos de muita tortura, mas também criou condições para que a cultura de Pueblo pudesse continuar prosperando. 

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