Ciência
26/12/2024 às 06:00•2 min de leituraAtualizado em 26/12/2024 às 06:00
Sabe aquele ditado “é como andar de bicicleta, a gente nunca esquece”? Embora a gente diga isso sem pensar muito, a frase está dizendo simplesmente isso: tem coisas que a gente aprende que ficam tão intuitivas que a gente não esquece depois.
Mas o que você talvez não saiba é que a gente memoriza muito mais coisa do que andar para frente e virar à esquerda ou à direita. Elas funcionam de forma complexa, além de afetar profundamente o nosso organismo.
As bicicletas estão na nossa vida há muitas décadas, mas nós não entendemos o seu funcionamento há tanto tempo assim. A primeira análise matemática que buscou desvendar o seu movimento foi feita em 1910. Desde então, presumiu-se que eram os efeitos giroscópicos que mantinham uma bicicleta na posição vertical e explicavam por que as bicicletas podem continuar sua jornada por um período mesmo que o ciclista desça dela.
E foi apenas um século depois que uma equipe de pesquisadores resolveu criar uma bicicleta que neutralizasse o efeito, a fim de testá-lo. "A visão comum é que essa autodireção é causada pela precessão giroscópica da roda dianteira ou pelo contato da roda arrastando-se como um rodízio atrás do eixo da direção. Mostramos que nenhum dos efeitos é necessário para a autoestabilidade", explicaram os autores dessa pesquisa.
Outra dúvida recorrente é sobre o que acontece com nosso corpo quando estamos em cima de uma bike. A prática frequente do ciclismo impacta em nosso corpo de muitas maneiras – e a maior parte delas é bem positiva.
Para começar, o exercício é sentido inicialmente nos músculos da perna, que trabalham intensamente. Isso ativa biossensores que emitem uma mensagem ao nosso cérebro que avisa sobre o início da prática e "pede" por mais energia e mais oxigênio aos pulmões.
É por isso que costumamos ficar com a respiração acelerada quando andamos de bicicleta. A nossa frequência cardíaca aumenta devido à necessidade de bombear mais sangue para outros membros do corpo, o que intensifica o fluxo sanguíneo.
Todas essas ações provocam um fortalecimento respiratório: à medida que o corpo exige mais oxigênio dos pulmões, nós exercitamos a respiração e aos poucos o fôlego aumenta.
A longo prazo, tudo isso acarreta transformações mais visíveis em nosso físico, como o aumento de massa magra, a definição dos músculos e o emagrecimento, que chega como resultado da queima rápida de calorias.
O emagrecimento causado no corpo é generalizado, sem afetar mais nenhuma parte específica do corpo, já que nosso metabolismo se acelera por inteiro. Portanto, além de ativar princípios incríveis da física, a bicicleta também provoca ganhos incríveis no seu organismo.