5 mulheres que comandavam o mundo do crime na Era da Proibição dos EUA

23/09/2023 às 10:003 min de leitura

Durante o início do século XX, o álcool era um enorme problema social nos Estados Unidos. Estima-se que os adultos do país consumiam, em média, três vezes a mais do que consomem atualmente. Após grande pressão de setores sociais e políticos mais religiosos, a produção, o transporte e o comércio de bebidas alcoólicas no país foi banida. A medida, conhecida como Volstead Act, em menção ao deputado criador da lei, deu origem à Prohibition Era (Era da proibição). 

Apesar de inicialmente ter algum apoio popular, a medida caiu em descrédito, pois aumentou o número de contrabando e de estabelecimentos ilegais. Além disso, a economia piorou e muitos policiais e autoridades faziam vistas grossas para as lucrativas atividades criminosas. A era da “Lei Seca” durou de 1920 a 1933 e, mesmo assim, o comércio de bebidas movimentou bilhões por ano no período.

Muitos criminosos criaram verdadeiros impérios com os negócios e, mesmo em uma era dominada por homens, algumas mulheres se destacaram com histórias curiosas. Conheça algumas delas!

1. “Spanish Marie” Waite

spanishmarie.com/Key West Rum(Fonte: spanishmarie.com/Key West Legal Rum/Reprodução)

Marie Waite e seu marido, Charlie, coordenavam um império de bebidas durante os anos da Lei Seca. Contrabandeadas de Cuba, as "importações" eram feitas por barcos e lanchas de alta velocidade, capazes de fugir da Guarda Costeira Norte-Americana. Em certa ocasião, porém, a polícia conseguiu interceptar um desembarque de cargas e Charlie foi baleado e morto no Confronto.

Marie não deixou o império morrer. Assumiu a liderança e utilizou táticas inovadoras, como se comunicar por rádio mantido fora do país e só atualizar os comparsas em espanhol sobre as movimentações da Guarda Costeira. Apesar de ter sido pega pela polícia algumas vezes, Spanish Marie conseguiu evitar a prisão pagando multas. Quando a abolição da bebida caiu, ela ainda se tornou a primeira mulher mecânica dos EUA.

2. “Moonshine Mary” Wazeniak

Apreensão de equipamentos para produção de bebida alcollica durante a época da proibição. (Fonte: Wikimedia Commons)Apreensão de equipamentos para produção de bebida alcoólica durante a época da proibição. (Fonte: Wikimedia Commons)

Mary Wazeniak foi uma figura que ganhou notoriedade por ser a primeira condenada em um caso de venda de Moonshine no estado de Illinois. Quando os suplementos de álcool acabaram, muitos amadores começaram a produzir suas próprias bebidas, muitas vezes com equipamentos improvisados que poderiam causar intoxicações. Este tipo de procedimento fez estas bebidas, similares ao whiskey, receberem o apelido de Moonshine, supostamente, pelo fato de ser produzido a noite para evitar fiscalizações.

Quando bem-feito, o produto era bastante lucrativo. Porém, erros na destilação, contaminação por peças improvisadas e a adição de metanol em quantidade errada, poderiam produzir uma bebida extremamente tóxica. Um dos clientes do estabelecimento gerido por Mary Wazeniak faleceu enquanto bebia. Sua morte ganhou os tabloides e Mary ficou conhecida durante o julgamento como Moonshine Mary. Pouco se sabe de sua vida após a prisão.

3. Gertrude “Cleo” Lythgoe

(Fonte: Reprodução)(Fonte: Reprodução)

Gertrude Lythgoe já era uma bem-sucedida mulher de negócios quando a Lei Seca foi instaurada. Ela trabalhava distribuindo whisky escocês e de outras origens para os EUA. Quando o ato entrou em vigor, ela decidiu não parar seu negócio, e apenas o realocou para as Bahamas. De lá, multiplicou seu império contrabandeando bebida para os Estados Unidos. 

Estima-se que ela tenha se tornado uma multimilionária entre 1920 e 1925, quando sobreviveu a um naufrágio. Depois disso, parou de contrabandear, conseguiu evitar a prisão e viveu o resto de seus dias em hotéis de luxo.

4. Besha “Bessie” Starkman-Perri

Wikimedia Commons(Fonte: Wikimedia Commons)

Besha Starkman-Perri levava uma vida tradicional para a época: era casada e cuidava de seus dois filhos. Quando conheceu Rocco Perri, eles se tornaram amantes, fugiram e acabaram criando um negócio tão grande de contrabando de bebidas que chegou a rivalizar com Al Capone.

Juntos, Bessie e Perri faturavam mais de US$ 1 milhão por ano – cerca de US$ 13 milhões ajustados para os tempos atuais. Perri utilizava seu carisma e contatos políticos para burlar as barreiras dos países entre EUA e Canadá. Porém, a história acabou de maneira trágica em 1930, quando Bessie foi assassinada em uma emboscada. Aparentemente, o objetivo não foi assalto, já que mais de US$ 10 mil em joias foram deixados no corpo.

5. Elise Olmstead

Museum of History & Industry(Fonte: Museum of History & Industry Collection/Reprodução)

Elise Olmstead tem uma curiosa história com relação à lei. Nascida Elise Parché na Inglaterra, ela serviu a inteligência britânica na Primeira Guerra Mundial e mudou para os EUA após o confronto. Lá, ela se tornou agente do que viria a ser o FBI. Elise foi designada para espiar Roy Omstead, um dos maiores contrabandistas de rum do país, mas depois de algum tempo de missão, os dois se apaixonaram e casaram

Elise, então, deixou de testemunhar e de continuar qualquer investigação. Além disso, passou a auxiliar o negócio do marido utilizando até comunicações codificadas por rádio. Mais tarde, Roy chegou a ser preso e ficou na cadeia por 4 anos, Elise, porém, foi absolvida.

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