Fazer sexo no espaço está mais perto do que pensamos

26/09/2023 às 02:002 min de leitura

Quando falamos em turismo espacial, é possível que imaginemos apenas a experiência contemplativa de ver o Universo por um ângulo totalmente novo. A indústria aeroespacial está se desenvolvendo rapidamente e é provável que um dia possamos tirar férias fora da Terra.

Talvez até mesmo a sua viagem de lua-de-mel poderá ser feita na própria Lua ou em Marte. Você já pensou sobre isso? Isso levanta uma questão: será possível transar no espaço? Responder essa pergunta ainda não é tão simples.

Sexo no espaço pode ser muito desgastante

Fonte: Getty ImagesFonte: Getty Images

Vamos começar pelo básico: nosso corpo evoluiu para que pudéssemos transar aqui na Terra com as condições que o planeta oferece. De modo geral, nosso corpo tende a sofrer muito só de estar no espaço, sem que nenhum exercício físico adicional seja necessário para isso.

Perda de massa muscular, ganho de estatura, perda de massa óssea e mudanças no sistema circulatório são algumas das consequências já conhecidas de se viajar ao espaço. Tudo isso não ocorre do dia para noite, mas com o passar de semanas.

Ao mesmo tempo, o sexo é uma atividade física que exige muito do nosso organismo. Logo, as mudanças que o corpo sofre com essa viagem poderiam inviabilizar as atividades sexuais no médio ou longo prazo.

Além disso, o sexo sem gravidade seria um pouco complicado. Como você já sabe, os astronautas ficam flutuando em suas estações de trabalho — e transar assim pode não ser fácil. Logo, seria preciso criar mecanismo para estabilizar os movimentos e permitir que o ato aconteça.

Gravidez espacial ainda é uma incógnita

Outro ponto relacionado às atividades sexuais no espaço seria a possibilidade de uma gestação humana saudável existir. Até agora, os cientistas pouco sabem se um embrião humano seria capaz de se desenvolver adequadamente em condições tão diferentes das encontradas neste planeta — e descobrir isso é importante para a colonização espacial.

Um estudo feito com camundongos mostrou que a gestação das ratas foi comprometida nesse tipo de ambiente. “Anteriormente, ratas grávidas foram enviadas ao espaço para explorar se a ausência de peso afetava o desenvolvimento embrionário e o parto de mamíferos. Embora a exposição à órbita baixa da Terra durante o meio ao final da gestação não cause danos observáveis no desenvolvimento fetal, os ratos durante o início da gestação não conseguem produzir descendentes”, explica o estudo publicado na revista NSR.

Lacuna jurídica já é um desafio

Além das questões biológicas, há também as questões jurídicas. O sexo no espaço deve ser incentivado? Caso ele cause problemas na saúde dos participantes, a agência espacial poderia ser processada por negligência?

Essas perguntas já foram feitas pelos advogados das principais agências espaciais, como a NASA, e até existem orientações sobre o tema. A agência americana proíbe casais de astronautas de viajarem juntos e pede a eles para que eles mantenham “padrões profissionais de comportamento”, ainda que não proíba explicitamente o sexo.

Pesquisadores canadenses argumentaram que se a espécie humana pretende ter colônias fora do planeta, seria importante incentivar a prática, para entender todas as dinâmicas envolvidas, já que não há estudos sobre o sexo sem gravidade e desenvolvimento de vida humana fora da Terra.

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